Casos de uso de raio laser relatados ao CENIPA
aumentam
Aeroporto com maior número de ocorrências é o de Londrina, com 55
registros
06/06/2012 - 14h29
(Da assessoria da
FAB)
- O
que para alguns é uma brincadeira, apontar raios laser para a cabine de
aeronaves é um risco para a aviação: a luz intensa pode ofuscar a visão
dos pilotos e até contribuir para que ocorram acidentes. Em 2012, o
CENIPA (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos)
disponibilizou um formulário on-line para registro de ocorrências e, em
apenas cinco meses, o número de relatos dobrou em relação a 2011. Até o
dia 4 de junho, 670 casos já foram registrados, contra 250 do ano
anterior.
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Divulgação - FAB |
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Promoção vai até o dia 4 de julho.
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Os aeroportos com maior número de
ocorrências são os de Londrina (55 casos), Vitória (44), Brasília (42) e
Campinas (41). Mas os casos ocorrem em todas as regiões: até agora, o
único estado sem casos é Sergipe.
"O que se vê hoje é a facilidade de aquisição deste artefato. Por isso,
no Brasil, nos últimos três anos, houve aumento do número de relatos",
afirma o major-aviador Márcio Vieira de Mattos, da Divisão de Aviação
Civil do CENIPA.
"A probabilidade de se derrubar um avião com equipamento de emissão de
laser é baixa, mas não pode ser descartada, uma vez que nós temos na
frota nacional aeronaves que voam com apenas um piloto. Quando atingido
diretamente nos olhos, o comandante do avião pode ter dificuldade de
interpretar os instrumentos, cegueira momentânea e a formação de imagens
falsas, que numa situação de decolagem ou pouso pode ser crítica. Nós
temos que trabalhar em termos de prevenção", afirma o oficial do CENIPA.
Os relatos de ocorrências com laser não são recentes e tampouco
exclusividade nos céus brasileiros. Há reportes de casos no Canadá,
Reino Unido, Espanha e Estados Unidos. O primeiro caso relatado ocorreu
em Los Angeles, no ano de 1993. O comandante de um Boeing 737 foi
atingido e obrigado a passar o controle dos comandos da aeronave para o
co-piloto. Ele ficou quatro minutos sem conseguir interpretar os
instrumentos.
Além de perigoso, apontar laser para aviões e helicópteros também é
crime. O artigo 261 do Código Penal Brasileiro prevê sanções para quem
expor a perigo ou praticar qualquer ato que possa impedir ou dificultar
navegação aérea. Já existe, também, um projeto de lei (PL 3151/12) para
punir quem usar de forma indevida as canetas de raio laser.
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