FAB restringirá operações no Rio de
Janeiro durante a Rio+20
DECEA já emitiu o NOTAM sobre as medidas
12/06/2012 - 23h04
(Da assessoria da
FAB)
- Como
parte do esquema de segurança para a Conferência das Nações Unidas sobre
o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), a FAB (Força Aérea Brasileira)
restringirá e até proibirá o sobrevoo de aeronaves sobre algumas áreas
da cidade do Rio de Janeiro (RJ). O Departamento de Controle do Espaço
Aéreo (DECEA) já emitiu as informações aeronáuticas, conhecidas como
NOTAM (Notice to Airmen), sobre as medidas. O objetivo é maximizar a
segurança do evento e das delegações com o menor impacto possível sobre
o tráfego aéreo civil.
Até o dia 16 de junho estará ativada uma
área sobre o Riocentro, com altitude ilimitada e raio de 1 km, na qual
estarão autorizados apenas o sobrevoo de aeronaves militares, de
segurança pública e de serviços médicos, previamente coordenadas pelo
Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA).
Entre 16 e 23 de junho não deverá haver impacto para os aviões que se
destinarem ou decolarem dos aeroportos do Galeão e Santos Dumont durante
todo o período da Conferência Rio+20, mas serão proibidos voos
turísticos, de instrução ou de reboque de faixas, além de planadores,
asas-delta e balões. As aeronaves que se destinem a outras localidades
serão desviadas pelo controle, a fim de não sobrevoarem o Rio de
Janeiro. A partir do dia 18 de junho, algumas rotas visuais de aviões e
helicópteros também ficarão suspensas em toda essa área.
Nesse período, o espaço aéreo permanecerá restrito em um raio de 100 km
e a uma altitude de até 6.000 metros em torno da cidade. Nesta área,
somente serão autorizados voos regulares partindo ou chegando aos
aeroportos do Rio de Janeiro e que cumpram os requisitos estabelecidos
pelo COMDABRA, como, por exemplo, a prévia apresentação de um plano de
voo.
Especificamente sobre o Riocentro, local de realização da Conferência
Rio+20, a área já ativada anteriormente, de 1 km de raio, terá seus
limites expandidos para 4 km, onde será proibido voar a qualquer
altitude, com exceção dos voos que partirem ou se destinarem ao
aeroporto de Jacarepaguá, na zona oeste da cidade.
A partir do dia 20 de junho, quando ocorrerá o Segmento de Alto Nível da
Conferência, para o qual é esperada a presença de diversos Chefes de
Estado e de Governo dos países-membros das Nações Unidas, as regras para
o espaço aéreo serão mais rígidas. Permanecem as restrições anteriores,
mas nesse período somente aeronaves militares, de segurança pública e de
serviços médicos poderão operar a partir do aeroporto de Jacarepaguá.
Também sobre o Riocentro, haverá outra área de voo proibido de 14 km de
raio e até 6.000 metros de altitude, na qual só poderá haver sobrevoo de
aeronaves militares, de segurança pública e de serviços médicos, além de
voos de transporte de Chefes de Estado.
Local de hospedagem das delegações que participam da Rio+20, a zona sul
do Rio de Janeiro também terá regras específicas de controle do espaço
aéreo. Da noite do dia 18 até a manhã do dia 23, a área que vai desde a
Barra da Tijuca até o aeroporto Santos Dumont deverá permanecer com o
espaço aéreo fechado para voos abaixo dos 6 mil metros de altitude. As
únicas exceções, mais uma vez, são as aeronaves militares, de segurança
pública e de serviços médicos, além dos voos de transporte de Chefes de
Estado. Também estarão liberados os voos que partirem ou se destinarem
aos aeroportos Santos Dumont e Galeão, desde que cumpram os requisitos
estabelecidos pelos NOTAM.
Caças F-5EM e A-29 Super Tucano, além de helicópteros H-60 Blackhawk e
AH-2 Sabre, permanecerão de prontidão para a defesa do espaço aéreo.
Estas aeronaves estão preparadas para interceptarem e até forçarem o
pouso de qualquer voo que descumpra as determinações do Controle do
Espaço Aéreo. O COMDABRA também contará com aviões-radar E-99 e baterias
de artilharia antiaérea, posicionadas em locais estratégicos.
|