Azul realiza voo
com biocombustível de cana-de-açúcar
Batizado de Azul+Verde, projeto é pioneiro no desenvolvimento de
bioquerosene a partir da cana-de-açúcar na aviação mundial
19/06/2012 - 20h38
(Da assessoria da
Embraer)
- A
Azul, em parceria com a Amyris Inc., Embraer e GE (General Eletric),
realizou hoje, dia 19 de junho, um voo experimental utilizando um
combustível renovável inovador, produzido a partir da cana-de-açúcar.
Com destino ao Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, um jato
Embraer 195 da companhia partiu do Aeroporto de Viracopos, em Campinas,
e fez uma passagem sobre a Cidade Maravilhosa, que recebe nesta semana a
Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a
Rio+20.
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Divulgação - Embraer |
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A Azul, em parceria com a Amyris Inc.,
Embraer e GE (General Eletric), realizou hoje um voo experimental
utilizando um combustível renovável, produzido a partir da
cana-de-açúcar.
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Batizado de Azul+Verde, o projeto teve
início em novembro de 2009 com o objetivo de testar um novo conceito de
desenvolvimento de combustível renovável para jatos potencialmente capaz
de reduzir as emissões de gases que contribuem para o efeito estufa.
Além de oferecer uma alternativa para combustíveis derivados do
petróleo, a iniciativa representa mais um grande passo em direção a uma
indústria de transporte aéreo sustentável.
"O compromisso da Azul em reduzir a utilização de produtos petrolíferos
voláteis vai além de diminuir nossos custos. O principal objetivo é
inovar na prestação de serviços, empregando as melhores tecnologias para
evitar a emissão excessiva de carbono e conscientizar nossos clientes
que eles estão optando por uma companhia aérea que, não só se preocupa
com o meio ambiente, mas que está agindo para preservá-lo", disse Flávio
Costa, vice-presidente Técnico-Operacional da Azul.
O estudo realizado pelo Icone (Instituto de Estudos do Comércio e
Negociações Internacionais), sobre o ciclo de vida dos gases de efeito
estufa do bioquerosene da Amyris mostra que este combustível pode
reduzir em até 82% a emissão de dióxido de carbono em comparação ao
querosene de origem fóssil.
"O biocombustível da Amyris foi desenvolvido para ser compatível com o
querosene de aviação (A/A-1) para jatos. Desta maneira, foram feitos uma
série de testes que mensuraram seu desempenho", disse John Melo,
presidente & CEO da Amyrs. "O voo de demonstração é um marco importante
no nosso programa de combustível para jatos e nos permitirá prosseguir
nos objetivos de aprovação internacional e de comercialização", conclui
Melo.
Esse combustível, chamado de AMJ 700, é feito com o uso de
microorganismos modificados que trabalham como fábricas vivas,
convertendo o açúcar em puro hidrocarboneto. Tal método resulta em um
querosene renovável que, após certificado, atenderá aos padrões mais
rigorosos da aviação e da ASTM (American Society for Testing and
Materials).
Para o voo experimental, foi utilizada uma mistura equivalente de
querosene de aviação comum com querosene renovável obtido a partir da
fermentação da cana-de-açúcar (4,5 mil litros), o que torna esse um voo
inédito na aviação brasileira.
"Durante os testes realizados no início deste ano, em Ohio, nos Estados
Unidos, o biocombustível da Amyris atingiu os requisitos técnicos
desejáveis. Em conjunto com as novas tecnologias constantemente
empregadas no desenvolvimento e certificação de motores, este
bioquerosene certamente ajudará a cumprir as metas ambientais da
indústria de aviação", disse Steve Csonka, diretor da Estratégia
Ambiental e de Ecomagination da GE Aviation.
"Durante os testes realizados no início deste ano, em Ohio, nos Estados
Unidos, o biocombustível da Amyris atingiu os requisitos técnicos
desejáveis. Em conjunto com as novas tecnologias constantemente
empregadas no desenvolvimento e certificação de motores, este
bioquerosene certamente ajudará a cumprir as metas ambientais da
indústria de aviação", disse Steve Csonka, diretor da Estratégia
Ambiental e de Ecomagination da GE Aviation.
"Desenvolvido a partir do conceito drop-in, não foi necessário
implementar qualquer modificação ou adaptação à aeronave antes deste voo
demo", disse Mauro Kern, vice-presidente-executivo de Engenharia e
Tecnologia da Embraer. "Os testes realizados pela Embraer com o
biocombustível da Amyris no Brasil foram um sucesso. Isto confirma o
potencial de desempenho deste combustível renovável, seja em termos
técnicos, seja em termos ambientais. Ficamos felizes com o sucesso
técnico deste programa e continuaremos comprometidos com o
desenvolvimento de tecnologias de ponta capazes de contribuir com a
sustentabilidade da aviação, dentre elas, os biocombustíveis", concluiu.
"A Azul acredita muito na tecnologia apresentada pela Amyris. O Brasil
conta com uma abundância de terra produtiva, o que faz com que o cultivo
da cana-de-açúcar não compita com os demais cultivos, como por exemplo,
o de alimentos", afirma Adalberto Febeliano, diretor de Relações
Institucionais da Azul. "Esperamos que seja possível adotar esse
combustível em voos comerciais no médio prazo, com uma produção em larga
escala, sendo economicamente viável", completou.
Este projeto conta com o apoio institucional do Banco Pine, BR Aviation,
Total e Banco Interamericano de Desenvolvimento, o BID.
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