Lufthansa teve prejuízo de € 397 mi no
primeiro trimestre
Preço do combustível e gastos com impostos impactaram os resultados da
companhia
08/05/2012 - 14h39
(Da assessoria da
Lufthansa no Brasil)
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A Deutsche Lufthansa AG registrou faturamento de 6,6 bilhões de euros no
primeiro trimestre de 2012, 5,6% a mais do que no mesmo trimestre do ano
anterior. O aumento se deve principalmente às receitas de tráfego
maiores, obtidas na área de negócios passageiros por meio de maior
volume de vendas e aumentos de preço. O aumento dos custos de
combustível, o imposto sobre o tráfego aéreo na Alemanha e na Áustria
assim como os custos válidos para o comércio de emissões na Alemanha
desde janeiro de 2012, porém, tiveram impacto negativo sobre o resultado
operacional do grupo. No final do primeiro trimestre, ele foi de menos
381 milhões de euros, uma diminuição de 212 milhões de euros em relação
ao resultado do trimestre do ano anterior. O resultado do grupo ficou em
menos 397 milhões de euros.
A melhora de 110 milhões de euros deve-se
principalmente às variações do valor temporal das opções de garantia. O
fluxo de caixa operacional aumentou para 833 milhões de euros,
permitindo chegar a um fluxo de caixa livre no valor de 540 milhões de
euros.
Christoph Franz, presidente da Deutsche Lufthansa AG, disse que o
"resultado trimestral foi massivamente prejudicado por impostos e taxas
mais altas, ficando bem aquém do ano anterior, apesar do faturamento
recorde. Não podemos esperar até que a política também reconheça o
quanto impostos e recolhimentos que distorcem a concorrência prejudicam
o tráfego aéreo e a Europa como base econômica. Reagimos a esses
encargos adicionais por meio do nosso programa SCORE a fim de
garantirmos a posição da Lufthansa como número um na Europa e de nos
mantermos na concorrência global a longo prazo."
O grupo quer melhorar o resultado operacional de 2011 em no mínimo 1,5
bilhão de euros até o final de 2014 por meio do programa SCORE,
inaugurado no início de 2012. Entre as medidas consta o fortalecimento
da colaboração entre Lufthansa e Germanwings que, depois da harmonização
dos programas de milhas e das reservas, agora também fazem conjuntamente
o planejamento da capacidade para o tráfego descentralizado a partir de
Dusseldorf, Berlim, Hamburgo, Stuttgart e Colônia. Entre Austrian
Airlines e Germanwings também existe um acordo de codeshare desde março
de 2012.
Além disso, a Lufthansa pretende, só nesse ano em curso, economizar 200
milhões de euros de forma sustentável por meio de um projeto de compras
de alcance global para o grupo. A otimização do tráfego vizinho entre as
empresas aéreas do grupo também deverá resultar numa economia no valor
de milhões de euros de dois dígitos. Além disso, está prevista uma
redução de custos de 25% nas áreas administrativas. Um terço do volume
total do SCORE deverá ser obtido pela redução dos custos de pessoal, o
que deverá ser realizado por meio da fusão de funções duplas e da
suspensão de atividades que não agregam valor para o cliente, assim como
pela terceirização de atividades par a unidades de serviços
compartilhados. Devido a essas medidas, nos próximos anos provavelmente
serão eliminadas 3.500 vagas de trabalho integrais nas áreas
administrativas em todo o mundo.
"Somente se reestruturarmos agora as funções administrativas e levarmos
em conta uma redução de empregos, poderemos manter vagas de trabalho no
longo prazo e criar novas vagas", diz Christoph Franz. O objetivo será
dar preferência a medidas de ordem social na redução de empregos.
Em relação à área de negócios Grupo Passage Airline, Franz afirmou que
"o crescimento nos negócios com passageiros foi e é necessário para a
manutenção da posição do grupo Lufthansa no mercado. Que num próximo
passo tenhamos que reduzir a complexidade surgida no grupo em
decorrência do crescimento é uma consequência lógica e previsível."
Sendo a maior empresa individual do grupo, a Lufthansa Passage contribui
com mais de 900 milhões de euros para o programa SCORE, dos quais 600
milhões são custos e 300 milhões de euros são receitas. Isto deverá ser
realizado, entre outros, pela suspensão de rotas que dão prejuízo e pelo
crescimento restritivo da capacidade, que prevê crescimento nenhum para
2012 e de no máximo 4% para cada um dos anos de 2013 e 2014.
Consequentemente, a frota da empresa não deverá aumentar até 2014, e
aviões mais velhos serão substituídos por outros mais novos. Dessa
forma, até 2020 a Lufthansa Passage deverá operar apenas quatro famílias
diferentes de frotas no tráfego continental. "Vamos fazer mudanças onde
não fará diferença ou onde até seja uma vantagem para o cliente", diz
Franz. A empresa aumentou o faturamento da First e Business Class nas
rotas de longa distância de 53,6% no mesmo período do ano anterior para
54,9% no primeiro trimestre de 2012. A Lufthansa também continuará
sendo, de longe, a empresa aérea com maior número de assentos First
Class na Europa. Nunca antes na história da empresa a Lufthansa investiu
tanto em seu produto, diz Franz. Atualmente, todos os aviões Lufthansa
estão sendo equipados com novos assentos, os voos de longa distância
oferecem novas classes First, Business e Economy, nunca houve maior
número de lounges Lufthansa, e também o novo aeroporto em Berlim assim
como os novos terminais nos aeroportos de Frankfurt e Munique trouxeram
vantagens aos passageiros Lufthansa.
No primeiro trimestre de 2012, a Lufthansa Passage, inclusive
Germanwings, registrou prejuízo operacional no valor de 384 milhões de
euros. A área total de negócios Grupo Passage Airline registrou um
prejuízo de 445 milhões de euros neste período. A SWISS contribuiu com
um prejuízo operacional de 6 milhões de euros para este resultado, a
Austrian Airlines registrou um prejuízo operacional de 67 milhões de
euros. A empresa determinou um programa de trabalho que deverá
economizar no mínimo 220 milhões de euros, entre outros por meio da
redução dos custos de pessoal. Neste sentido, a Lufthansa decidiu há
poucos dias a transferência das operações de voo da Austrian Airlines
para a Tyrolean Airways, que entrará em vigor em 1º de julho de 2012,
depois de uma solução acordada para a reestruturação das operações de
voo não ter sido bem sucedida.
A Lufthansa Cargo registrou um lucro operacional no valor de 19 milhões
de euros no final do primeiro trimestre de 2012. A diminuição de 45
milhões de euros em comparação ao forte trimestre do ano anterior é
resultante do forte aumento dos preços de combustível. Juntas, as
empresas prestadoras de serviços também registraram um lucro operacional
no primeiro trimestre de 2012, no valor de 60 milhões de euros. Este se
compõe do lucro operacional de 62 milhões de euros da Lufthansa Technik,
lucro operacional de três milhões de euros da Lufthansa Systems e do
prejuízo operacional da LSG SkyChefs de cinco milhões de euros.
O grupo continua prevendo crescimento do faturamento para o ano inteiro
de 2012 em comparação ao ano anterior. O lucro operacional esperado está
na casa do valor médio de milhões de euros de três dígitos. Depois de um
difícil começo, as previsões atuais para o resto do ano confirmam a
continuidade da pressão dos custos, principalmente do combustível. As
inseguranças conjunturais existentes levam a um prognóstico difícil do
desenvolvimento da demanda. De forma geral, porém, as premissas
melhoraram e permitem às empresas aéreas uma gestão ativa de preços e
receitas, acompanhada pela gestão disciplinada da capacidade. Tanto uma
como a outra marcarão a evolução do resultado do exercício de 2012,
assim como o sucesso das medidas de redução de custos. Mais uma vez
espera-se das empresas prestadoras de serviços um efeito estabilizador
sobre a evolução do resultado. Eventuais custos de reestruturação em
relação à redução de empregos de acordo com o SCORE não estão contidos
nessa previsão de resultados e podem vir a ter efeito negativo sobre o
resultado do exercício em curso. Eles serão concretizados conforme o
progresso do pacote de medidas.
O faturamento do grupo Lufthansa no primeiro trimestre de 2012 foi de
6,6 bilhões de euros, 5,6% a mais do que no ano anterior. As receitas do
tráfego aumentaram 5,6%, para 5,3 bilhões de euros. Ao todo, os
rendimentos empresariais do grupo aumentaram para 7,2 bilhões de euros
no período analisado, um aumento de 2,5%.
Os custos empresariais aumentaram 6,1% no primeiro trimestre, chegando a
7,6 bilhões de euros. Um fator importante para tal foram os custos
totais de combustível de 1,6 bilhão de euros, 304 milhões de euros
maiores, o que corresponde a um aumento de 23%. Este valor já contém o
resultado positivo da garantia de preços no valor de 114 milhões de
euros. As taxas ficaram 4,9% acima do valor do ano anterior. No primeiro
trimestre, o grupo Lufthansa obteve um resultado operacional de menos
381 milhões de euros, uma diminuição de 212 milhões de euros em
comparação ao ano anterior. O resultado do grupo é de menos 397 milhões
de euros. No ano anterior, o mesmo foi de menos 507 milhões de euros,
essencialmente devido a um efeito de avaliação negativo, resultante das
variações dos valores temporais dos hedges oriundos do IAS 39. O
resultado do grupo contém, ainda, o resultado da desistência da área de
negócios bmi no valor de dois milhões de euros. Consequentemente, o
resultado por ação é de menos 0,87 euros. No período analisado, a
Lufthansa investiu 592 milhões de euros. Destes, 527 milhões de euros
foram destinados à ampliação e modernização da frota. O fluxo de caixa
operacional foi de 833 milhões de euros, o fluxo de caixa livre (fluxo
de caixa operacional menos investimentos líquidos) de 540 milhões de
euros. No final do primeiro trimestre, o grupo registrou um
endividamento de crédito líquido de 2,1 bilhões de euros. A quota de
capital próprio foi de 26,3%.
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