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CENIPA lançará ficha para notificar ocorrências com balão
Problemas aumentam durante o período de festas juninas

31/05/2012 - 20h33
(Da assessoria da FAB) -
 Para a obtenção e análise do maior volume de dados, o que permitirá a identificação de regiões de maior risco, o CENIPA lançará, ainda no primeiro semestre, a ficha de notificação de ocorrência envolvendo balão de ar quente não tripulado. A ficha será disponibilizada no site do CENIPA (www.cenipa.aer.mil.br) e poderá ser usada por qualquer pessoa que tenha avistado balões perto de aeronaves em procedimento de pouso, decolagem ou em voo de cruzeiro.

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Valdemar Júnior - 01/04/2012

 

AVIAÇÃOPAULISTA.COM

Balões sobrevoando o aeroporto de Viracopos, em Campinas.
 
  

O espaço aéreo de São Paulo e do Rio de Janeiro é o mais afetado pela presença de balões de ar quente não tripulados, principalmente no período de festas juninas. Lançados por grupos de baloeiros (pessoas que confeccionam, soltam e promovem campeonatos de balões), estes objetos voadores significam risco para a navegação aérea civil e militar, porque nem as aeronaves nem os radares são capazes de detectá-los.

Além disso, a tecnologia empregada para conferir maior autonomia de voo aos balões, como botijão de gás e baterias de carro, agrava o perigo.

De acordo com relatos voluntários obtidos de tripulantes, controladores de tráfego aéreo e pessoal aeroportuário, o ano de 2011 registrou aumento de 16% no número de avistamentos de balões em relação a 2010.

Dos 135 casos que chegaram ao conhecimento do CENIPA (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) no ano passado, um deles tratou-se de incidente aeronáutico envolvendo um avião de grande porte. Ao colidir com um balão após a decolagem no aeroporto de Santos Dumont (RJ), a aeronave sofreu danos em sistemas e equipamentos. Em situação de emergência, o pouso foi realizado no aeroporto de Confins, em Belo Horizonte (MG). O caso está sendo investigado pelo CENIPA.

"Dependendo do peso do balão e da velocidade da aeronave, a força decorrente do impacto entre os dois pode chegar a mais de 100 toneladas, o que representa um esforço que a estrutura de uma aeronave não é capaz de suportar", explica o tenente-coronel-aviador Carlos Antônio Motta de Souza, oficial do CENIPA responsável pelo Programa de Controle do Risco Baloeiro.

Soltar balões é ilegal, segundo a Lei de Crimes Ambientais. As ações de repressão e combate cabem às autoridades de segurança pública. "Já as ações de conscientização e educação têm papel fundamental para coibir a soltura de balões e devem ser realizadas por todos os envolvidos com o problema, desde ambientalistas até oficiais e agentes de segurança de voo", afirma Souza.
       

 
 
 
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