LAN realiza voo comercial com
biocombustível
O voo, entre as cidades chilenas
de Santiago e Concepción, foi operado em um Airbus da família A320, com
motores CFM56-5B
08/03/2012
- 20h20
(Da
assessoria da LAN no Brasil)
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Buscando uma operação cada vez mais sustentável, a LAN Airlines e a Air
BP Copec realizaram ontem, dia 7 de março, o primeiro voo comercial com
biocombustível de segunda geração na América do Sul. O voo, entre as
cidades chilenas de Santiago e Concepción, foi operado em um Airbus da
família A320, com motores CFM56-5B. O combustível utilizado deriva de
resíduos de azeite vegetal refinado, e cumpre com os mais estritos
padrões técnicos requeridos para voar.
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Divulgação - LAN |
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Airbus A320-200 da LAN utilizado no voo entre Santiago e Concepicón.
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A operação foi comemorada com evento,
realizado em Concepción, que contou com a presença de autoridades
locais, entre elas a ministra de Meio Ambiente, María Ignacia Benítez,
além de executivos da LAN e de representantes da imprensa.
Segundo Ignacio Cueto, gerente geral da LAN, este voo representa um
passo essencial para o futuro da indústria. "Na LAN, consideramos que a
produção do biocombustível sustentável para a aviação comercial tem
grande potencial na América do Sul. Atualmente, estas fontes de energia
renovável têm papel relevante na aviação mundial e sinalizam, cada vez
mais, a tomada de decisões do setor e da nossa companhia. A LAN quer ser
pioneira na utilização dos combustíveis renováveis na América do Sul",
afirmou Cueto.
Lorenzo Gazmuri, gerente geral da AirBP Copec destacou a relevância que
este voo tem para as indústrias aérea e energética regionais. "Trata-se
do fruto de um intenso trabalho de mais de um ano, uma materialização do
compromisso permanente da nossa companhia com o desenvolvimento e o
fomento de novas e inovadoras soluções energéticas. Confiamos que a
América do Sul seguirá somando esforços para impulsionar esta
alternativa e situá-la de modo competitivo no mercado dos combustíveis
de aviação, para atender a uma sociedade cada vez mais exigente no que
diz respeito à sustentabilidade", afirmou.
Os biocombustíveis utilizados neste tipo de voos podem ser obtidos de
plantas como algas, jatropha, halófitos e camelina, ou resíduos
orgânicos como os azeites vegetais, que podem ser processados, queimados
diretamente ou serem convertidos por processos químicos para fazer um
combustível de alta qualidade. Estes são conhecidos como biocombustíveis
de segunda geração. Derivam principalmente de matérias primas
sustentáveis, que em sua produção não competem com as fontes de
alimentação nem com recursos básicos (recursos escassos de primeira
necessidade), o que é fundamental para o cuidado do nosso planeta.
Para a aviação, o biocombustível cumpre com os estritos padrões técnicos
requeridos para voar, e tem as mesmas características que o combustível
regularmente utilizado nos voos. Além disso, esta fonte já foi aprovada
com êxito por outras companhias, demonstrando a mesma confiabilidade que
o querosene de aviação, tanto nos voos de prova como nos comerciais.
Ao utilizar biocombustível de segunda geração no voo, as emissões de
gases de efeito estufa foram reduzidas significativamente, uma vez que
não se emite C02 adicional à atmosfera.
Segundo o gerente de Meio Ambiente da LAN, Enrique Guzmán, "o
combustível tradicional para a aviação provém do petróleo e, ao
utilizá-lo se libera CO2. Com o uso do biocombustível, o CO2
liberado é quase o mesmo que foi capturado por um cultivo vegetal
durante seu crescimento, ou seja, não há emissão adicional de CO2
na atmosfera".
A indústria aérea se impôs ambiciosos objetivos ambientais com relação
ao impacto de suas operações, entre outros, atingir um crescimento
neutro de suas emissões até o ano 2020 e reduzir em 50%, em 2050. Para
alcançar estes resultados, os biocombustíveis são um pilar estratégico,
por isso companhias como a LAN estão trabalhando em nível mundial para
incentivar o desenvolvimento desta crescente indústria. O setor de
aviação já reduziu suas emissões de gases de efeito estufa (CO2
por tonelada transportada), em 50%, nos últimos 40 anos. Mesmo assim,
companhias como a LAN têm ido mais além, implementado iniciativas que
minimizem ao máximo o impacto ambiental de suas operações.
Esta aliança entre LAN e AirBP Copec busca incentivar o desenvolvimento
de energias alternativas e, desta forma, colaborar com o crescimento
econômico, ambiental e social da região.
Em nível mundial, segundo a IATA, o objetivo é chegar a 1% de
biocombustíveis em 2015 e 5% em 2020. É uma meta difícil, pois necessita
da coordenação de todos os atores da cadeia produtiva, desde o produtor
de biomassa até o distribuidor final, incluindo políticas públicas que
apóiem esta iniciativa.
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