Lufthansa teve prejuízo de € 13 milhões em 2011
Resultado foi impactado pelo alto preço
do combustível e pelo imposto sobre o tráfego aéreo
16/03/2012
- 21h33
(Da
assessoria da Lufthansa no Brasil)
-
No exercício de 2011, a Deutsche Lufthansa AG obteve um lucro
operacional de 820 milhões de euros, acompanhando faturamento 8,6%
maior, de 28,7 bilhões de euros. Isso corresponde a uma queda de 200
milhões de euros no lucro operacional em comparação ao do ano anterior.
"Registrar um lucro desse porte em meio a
circunstâncias tão turbulentas e marcadas por choques exógenos e
encargos regulatórios, não deixa de ser um feito notável e, mais uma
vez, faz do grupo Lufthansa o Número Um da Europa", disse Christoph
Franz, presidente da Deutsche Lufthansa AG.
O resultado do grupo no final do ano contém 285 milhões de euros
negativos resultantes da desistência das áreas de negócios constituídas
pelo resultado em curso da British Midland (bmi), empresa aérea do grupo
a ser vendida para o International Airlines Group, e dos efeitos de
avaliação condicionados à venda. O prejuízo líquido do grupo calculado
dessa forma foi de 13 milhões de euros. O resultado das áreas de
negócios mantidas, porém, foi de 289 milhões de euros.
Excepcionalmente, a Lufthansa mudou sua política de dividendos e propôs
à Assembleia Geral de 8 de maio pagar um dividendo no valor de 25
centavos de euros por ação por meio de acordo único conforme o Código
Comercial, apesar do resultado negativo.
"A confiança na ação da Lufthansa e no desenvolvimento positivo da nossa
empresa vale a pena. Por isso, queremos que nossos acionistas participem
do lucro operacional também neste ano", disse Christoph Franz.
A área de negócios das empresas aéreas do grupo Passage Airlines
contribuiu com 349 milhões de euros para o lucro operacional anual do
grupo Lufthansa, acompanhado por um aumento no faturamento, que chegou a
22,3 bilhões de euros. A retração de 44,5% em relação ao valor do ano
anterior, de 629 milhões de euros, deve-se principalmente aos custos
maiores de combustível. Além disso, o grupo recolheu 361 milhões de
euros de imposto sobre o tráfego aéreo para as autoridades da Alemanha e
da Áustria.
Depois de o crescimento previsto para essa área de negócios em 2012 ter
sido reduzido de nove para três por cento já no terceiro trimestre de
2011, a previsão do atual crescimento dos assentos-quilômetro oferecidos
é de dois por cento para o ano em curso. A Lufthansa Passage, porém,
está examinando a possibilidade de crescimento zero em comparação ao ano
anterior. Ela teve uma participação de 168 milhões de euros no resultado
operacional do grupo Passage Airlines, o que corresponde a uma retração
de 214 milhões de euros em relação ao ano anterior. A participação nas
receitas Premium nas rotas de longa distância da empresa, porém,
aumentaram 1,7 ponto percentual para mais de 50%, e isso apesar de a
participação dos assentos Economy Class ter aumentado
desproporcionalmente em decorrência da modernização da frota.
Além disso, a Lufthansa Passage conseguiu diminuir seus custos
unitários, por correção dos custos de combustível, em 2,5% (quatro por
cento nas rotas de curta distância) por meio do programa de garantia do
resultado Climb 2011, que terminou no final do ano. A SWISS obteve a
melhor compensação de custos altos de combustível e conjuntura fraca,
chegando a um lucro operacional de 259 milhões de euros, mas ainda 39
milhões de euros inferior ao do ano anterior.
A Austrian Airlines melhorou seu resultado operacional em 6,1%, mas
registrou um prejuízo operacional de 62 milhões de euros. Por isso, o
saneamento da empresa continua tendo prioridade máxima e foi
intensificado.
O resultado operacional da Germanwings, de 52 milhões de euros negativos
no final do ano, foi fortemente prejudicado pelo imposto sobre o tráfego
aéreo. Com uma participação de 5,4% do faturamento no imposto sobre o
tráfego aéreo, a Germanwings foi a empresa aérea mais atingida.
Como nos anos passados, o grupo se beneficiou de sua estrutura: as
demais áreas de negócios contribuíram com lucro operacional para o
resultado total do grupo. Na área de negócios Logística, a Lufthansa
Cargo obteve o segundo melhor resultado da história da empresa: 249
milhões de euros. A diminuição do crescimento do setor no segundo
semestre de 2011 e o aumento dos custos de combustível foram decisivos
para que o resultado recorde de 2010 não tenha sido alcançado. Por
enquanto, a Lufthansa Cargo também não conta com um crescimento da
capacidade para o ano em curso em relação ao ano anterior.
A Lufthansa Technik teve bom desenvolvimento operacional, bem próximo ao
do ano anterior, registrando um lucro operacional de 257 milhões de
euros, condicionado às provisões para contratos de longo prazo. Devido à
nova orientação da Lufthansa Systems, a área de negócios Serviços de TI
dobrou o lucro operacional para quase 19 milhões de euros e estabilizou
o faturamento. Na área de negócios Catering, a LSG Sky Chefs aumentou
tanto o faturamento como o lucro operacional, de 85 milhões de euros em
2011.
Para o exercício em curso, o grupo Lufthansa conta com um lucro
operacional em euros na casa dos milhões de três dígitos médios. De
acordo com Franz, todas as áreas de negócios deverão contribuir com
lucros operacionais para este resultado. O valor do lucro operacional do
grupo no final do ano, porém, será determinado pela evolução das
condições externas, principalmente pelos preços do combustível.
"Estamos determinados a nos manter em posição de liderança perante as
concorrentes e poderemos fazê-lo com nossas próprias forças. Preparamos
as respectivas medidas e já obtivemos os primeiros resultados. A
presidência está determinada a continuar seguindo o caminho rumo ao
sucesso de forma coerente", afirmou Christoph Franz.
O faturamento do grupo Lufthansa em 2011 foi de 28,7 bilhões de euros,
8,6% a mais do que no ano anterior. As receitas do tráfego aumentaram
10,8%, chegando a 23,8 bilhões de euros. Ao todo, as receitas
operacionais do grupo subiram para 31,2 bilhões de euros no período
analisado, um aumento de 6,7%.
Os custos operacionais aumentaram 9,3% em 2011, chegando a 30,4 bilhões
de euros. Um dos principais motivos para tanto são os custos de
combustível 1,3 bilhão de euros maiores, num total de 6,3 bilhões de
euros, o que corresponde a um aumento decorrente de preços e quantidade
de 26,4%. Este valor já contém o resultado positivo do seguro de
proteção de preços, de 694 milhões de euros. As taxas ficaram 15,8%
acima do valor do ano anterior.
O grupo Lufthansa obteve um lucro operacional de 820 milhões de euros em
2011, uma retração de 200 milhões de euros em comparação ao ano
anterior. O resultado do grupo foi de 13 milhões de euros negativos. No
ano passado, esse resultado foi de 1,1 bilhão de euros. Ele contém um
efeito negativo de avaliação, resultante da mudança de datas pré-fixadas
de negócios de proteção de preços do IAS 39, assim como o resultado da
desistência da área de negócios bmi. O respectivo resultado por ação é
de menos 0,03 euros.
No período analisado, a Lufthansa investiu 2,6 bilhões de euros. Destes,
dois bilhões de euros foram destinados à ampliação e modernização da
frota. O fluxo de caixa operacional foi de 2,4 bilhões de euros, o fluxo
de caixa livre (fluxo de caixa operacional menos investimentos líquidos)
de 713 milhões de euros. No final de 2011, o grupo registrou
endividamento de crédito líquido de 2,3 bilhões de euros. A quota de
capital próprio foi de 28,6%.
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