Lufthansa tem resultado positivo
testando biocombustível
Durante o período de testes,
um Airbus A321 voou oito vezes diárias entre Hamburgo e Frankfurt
19/03/2012
- 14h45
(Da
assessoria da Lufthansa no Brasil)
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Depois de 1.187 voos realizados com combustível biossintético, Joachim
Buse, vice-presidente do departamento de biocombustível de aviação da
Deutsche Lufthansa AG, apresentou na semana passada, em Berlim, os
primeiros resultados das análises técnicas detalhadas.
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Divulgação -
Lufthansa |
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Airbus A321-231, prefixo D-AIDG, da
Lufthansa, utilizado nos testes com biocombustível.
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"Como esperávamos, o bioquerosene pode ser
utilizado sem problemas nas operações de voo. Todos os testes foram
positivos e pudemos provar que o bioquerosene não tem emissões poluentes
maiores que as do querosene de mercado", explicou Buse. Manfred Aigner,
diretor do Instituto de Tecnologia da Combustão do DLR. "Nossas medições
mostraram que na comparação das emissões poluentes com o querosene de
mercado, o bioquerosene é, no mínimo, equivalente", complementou o
executivo.
No âmbito do projeto de pesquisas burnFAIR, um Airbus A321 da Lufthansa
voou oito vezes diárias entre Hamburgo e Frankfurt no período de 15 de
julho a 27 de dezembro de 2011. Para tanto, uma turbina foi operada com
50% de biocombustível. De acordo com os primeiros cálculos, a redução
das emissões de CO2 foi de aproximadamente 1.500 toneladas só
nos seis meses de testes.
Confira o resumo dos principais resultados dos testes:
Durante o teste de longo prazo, pesquisadores do Instituto de Tecnologia
da Combustão do DLR analisaram as emissões contidas nos gases de escape
das turbinas. Para tanto, posicionaram uma sonda na parte posterior das
turbinas do Airbus A321 Lufthansa de prefixo D-AIDG, direcionando os
gases de escape até os equipamentos de análise por meio de uma
mangueira.
"Os gases de escape de ambas as turbinas continham quantidades
semelhantes de óxido de nitrogênio e monóxido de carbono", resumiu o
diretor Aigner do DLR.
Depois do término do voo, o respectivo Airbus foi submetido a uma
inspeção boroscópica. A análise detalhada de ambos os tanques quanto a
resíduos e alterações das vedações foi positiva. Não foi registrada
nenhuma anomalia no funcionamento com bioquerosene.
A fim de retornar o avião o mais rápido possível para as operações, os
componentes condutores de combustível essenciais entre tanque e turbina
foram trocados. Nas semanas seguintes, essas peças e sensores foram
analisados quanto a resíduos e funcionalidade. Os equipamentos mostraram
funcionamento normal em relação à função e vedação. Como esperado, os
equipamentos estão, portanto, em ótimo estado. A inspeção feita nos dois
tanques de combustível quanto a eventuais resíduos foi negativa.
Durante a fase de testes, os principais parâmetros das turbinas colhidos
rotineiramente foram aumentados e avaliações adicionais realizadas.
Resultado: a taxa de fluxo do combustível é cerca de um por cento menor
na turbina operada com bioquerosene do que na turbina operada com
combustível convencional. Isso se deve ao fato de a densidade energética
da mistura de bioquerosene ter ficado, em média, um por cento acima da
do querosene convencional.
A Lufthansa contou com o apoio de fortes parceiras no teste de longo
prazo burnFAIR. O Ministério de Economia e Tecnologia alemão (BMWI)
apoiou os testes com cerca de 2,5 milhões de euros por meio de seu
programa de pesquisa aeroespacial (LuFo). Pesquisadores do Centro
Aeroespacial Alemão (DLR) foram responsáveis, entre outros, pelas
medições das emissões diretamente na turbina e analisaram todos os
resultados juntamente com especialistas da Lufthansa.
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