Boeing, Airbus e Embraer desenvolverão
biocombustíveis
Fabricantes buscarão
oportunidades para colaboração e diálogo conjunto entre governo,
produtores de biocombustíveis e outras partes interessadas
22/03/2012 - 13h45
(Da
assessoria da Boeing no Brasil)
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A Boeing, a Airbus e a Embraer assinaram hoje, dia 22 de março, um
memorando de entendimento para trabalharem juntas no desenvolvimento de
biocombustíveis de aviação acessíveis. As três principais fabricantes na
indústria aeroespacial concordaram em buscar oportunidades para
colaboração e diálogo conjunto entre governo, produtores de
biocombustíveis e outras partes interessadas em apoiar, promover e
acelerar a disponibilidade de fontes sustentáveis de novos combustíveis
para aviação.
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Divulgação - Embraer |
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A partir da esquerda, o presidente e CEO
da Boeing Commercial Airplanes, Jim Albaugh, o presidente da Embraer
Aviação Comercial, Paulo César Silva, e o presidente e CEO da Airbus,
Tom Enders, comemoram a assinatura do acordo.
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O presidente e CEO da Boeing Commercial
Airplanes, Jim Albaugh, o presidente e CEO da Airbus, Tom Enders, e o
presidente da Embraer Aviação Comercial, Paulo César Silva, assinaram o
acordo na cúpula de Aviação e Meio Ambiente da ATAG (Air Transport
Action Group), em Genebra.
"Há momentos para competir e há momentos para cooperar", afirma Jim
Albaugh. "Duas das maiores ameaças à nossa indústria são o preço do
petróleo e o impacto da aviação comercial no nosso ambiente. Ao
trabalhar com a Airbus e Embraer na questão dos biocombustíveis
sustentáveis, podemos acelerar a sua disponibilidade e reduzir os
impactos da nossa indústria sobre o planeta que partilhamos", completou
Albaugh.
"Nós conseguimos muito nos últimos dez anos ao reduzir a emissão de CO2
da nossa indústria, um crescimento no tráfego de 45%, mas com o consumo
de combustível subindo apenas 3%", afirma Tom Enders. "A produção e
utilização de quantidades sustentáveis de biocombustíveis de aviação são
essenciais para o cumprimento das metas ambiciosas de redução na emissão
de CO2 da nossa indústria. Nossa contribuição para isso se dá
por meio de pesquisa e tecnologia, da expansão de nossa rede mundial de
cadeia de valor e do suporte ao objetivo da comissão europeia que é de
ter 4% de biocombustíveis na aviação até 2020", conclui Enders.
"Estamos todos empenhados em assumir um papel de liderança no
desenvolvimento de programas de tecnologia que irão facilitar o
desenvolvimento e a real aplicação dos biocombustíveis na aviação de
forma mais rápida do que se estivéssemos fazendo isso de forma
separada", afirma o representante da indústria brasileira, Paulo César
Silva. "Poucas pessoas sabem que o programa brasileiro de
biocombustíveis automotivo começou dentro da nossa comunidade de
pesquisa aeronáutica, durante a década de 70, e vamos continuar a fazer
história", continuou Silva.
O acordo de colaboração apoia a abordagem da indústria multifacetada
continuamente reduzir as emissões de carbono da indústria. A inovação
contínua, estimulada pela dinâmica do mercado competitivo que impulsiona
cada fabricante para melhorar continuamente o desempenho do produto e do
ar, pela modernização do tráfego, são outros elementos essenciais para a
obtenção de carbono neutro, o crescimento para além de 2020 e reduzir
pela metade as emissões da indústria em 2050 com base em níveis de 2005.
"Ver estes três líderes da aviação deixando de lado suas diferenças
competitivas e trabalhando juntos em prol do desenvolvimento dos
biocombustíveis, ressalta a importância e foco que a indústria está
colocando em práticas sustentáveis", disse o diretor executivo da ATAG,
Paul Steele. "Através desses tipos de acordos de colaboração da
indústria, a aviação está fazendo todo o possível para conduzir reduções
mensuráveis nas emissões de carbono, enquanto continua a fornecer forte
valor econômico e social globalmente", completou Steele.
As três empresas são membros associados do Grupo de Usuários de
Combustíveis Sustentáveis na Aviação (www.safug.org), que inclui 23
companhias aéreas responsáveis por aproximadamente 25% do consumo anual
de combustível para a aviação. A Boeing e a Embraer já estão colaborando
para estabelecer uma indústria de biocombustíveis sustentáveis de
aviação no Brasil e explorando novos caminhos tecnológicos para ampliar
seu fornecimento e disponibilidade. A Boeing e a Airbus também agem de
forma ativa em todo o mundo para ajudar a estabelecer cadeias de
suprimento regionais, enquanto os três fabricantes disponibilizam voos
com biocombustíveis, desde que órgãos regulatórios globais os aprovaram
para uso comercial em 2011.
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