Lucro operacional da Lufthansa diminui
em 2012
Companhia reforça medidas para melhorar o resultado
05/11/2012 - 23h38
(Da assessoria da
Lufthansa no Brasil)
-
Nos primeiros nove meses do ano, o grupo Lufthansa registrou um
resultado operacional no valor de 628 milhões de euros, 96 milhões de
euros menos do que nos primeiros nove meses do ano anterior. O resultado
foi afetado principalmente pelos altos preços de combustível, que
bateram recordes. A constante pressão sobre os preços assim como o
imposto sobre o tráfego aéreo e os custos dos certificados de comércio
de emissões da União Europeia também prejudicaram o resultado.
Christoph Franz, presidente da Deutsche
Lufthansa AG, afirmou que "apesar do forte vento contrário, o grupo
Lufthansa obteve um resultado respeitável, principalmente na comparação
com o setor. O que mais nos ajudou nisso foram as contribuições das
nossas áreas de negócios de serviços. Sem contar que as primeiras
medidas do nosso programa Score também foram eficazes. Estamos fazendo
progressos nos custos controláveis por nós, o que, porém, não é
suficiente para obter margens suficientes."
O grupo aumentou o faturamento em 6,1%, chegando a 22,8 bilhões de
euros; o resultado do grupo, de 474 milhões de euros, superou o
resultado do ano anterior, marcado por efeitos especiais, em 64,6%.
Todas as áreas de negócios de serviços registraram lucro no final do
terceiro trimestre e foram melhores do que no ano anterior. Como nos
demais trimestres, deram suporte ao resultado do grupo. A Lufthansa
Technik aumentou o lucro operacional para 227 milhões de euros. As áreas
de catering e serviços de TI também registraram lucro operacional no
valor de 73 milhões de euros e 13 milhões de euros, respectivamente.
No transporte de passageiros, a área de negócios de maior faturamento do
grupo, as empresas aéreas Lufthansa, SWISS e Austrian Airlines
registraram lucro operacional de 345 milhões de euros nos primeiros nove
meses, menos 2,5% em relação ao ano anterior. A venda da bmi, que no ano
anterior ainda dava prejuízo, teve efeito positivo, assim como a
reestruturação da Austrian Airlines. A decisão pela fusão dos tráfegos
descentralizados da Lufthansa Passage fora dos centros de distribuição
Frankfurt e Munique sob a marca Germanwings trouxe os primeiros sinais
de retorno à lucratividade deste segmento.
Os preços de combustível constantemente altos, no entanto, foram um
grande ônus para as empresas aéreas, o que ficou evidente principalmente
no resultado operacional dos primeiros nove meses da Lufthansa Passage:
o lucro operacional no final do terceiro trimestre foi de 64 milhões de
euros, um recuo de mais da metade em relação ao ano anterior. O alto
preço do petróleo em combinação com o euro fraco e a contínua pressão
exercida pela concorrência por meio das empresas aéreas de baixo custo e
das empresas aéreas do Oriente Próximo prejudicam o resultado.
"Enfrentamos os desafios decorrentes das mudanças no nosso setor.
Estamos modernizando e tornando ainda mais eficiente nossa organização e
a maneira de cooperarmos entre nós", disse Franz. "Ao mesmo tempo,
estamos oferecendo aos nossos passageiros a melhor Lufthansa de todos os
tempos. Atualmente, investimos mais do que nunca na nossa frota e no
nosso produto a bordo e em terra", completou o executivo.
O resultado operacional da Austrian Airlines, de 73 milhões de euros,
foi 107 milhões de euros melhor do que o do mesmo período do ano
anterior, principalmente devido à transferência das operações para a
plataforma de custos mais vantajosa da Tyrolean Airlines. "A Austrian
Airlines está fazendo bons progressos em um difícil processo de
reestruturação", enfatizou Franz. A SWISS registrou um lucro de 163
milhões de euros, que, porém, foi 33,2% inferior ao do ano anterior.
Ao mesmo tempo em que a demanda aumentou na área de negócios Passage nos
primeiros nove anos do ano, ela diminuiu na área de negócios Logística.
Mas, graças à redução objetiva da capacidade, o aproveitamento de espaço
dos aviões manteve-se estável. Apesar disso, o resultado operacional
retrocedeu 61,8%, para 66 milhões de euros.
Diante do retrocesso do resultado e da queda da demanda, normalmente um
sinal de piora iminente da situação geral da economia, Christoph Franz
anunciou o reforço das medidas de melhora do resultado. "O entorno em
que temos que nos posicionar está cada vez mais exigente, e ainda não
conseguimos fortalecer nossos rendimentos de forma a fazer os
investimentos necessários. Por isso, temos que intensificar nossos
esforços. Isso vale principalmente para as empresas aéreas, atingidas de
imediato por influências extremas, mas também para nossas empresas de
prestação de serviços. Somente para 2012, o grupo prevê custos de
combustível 1,1 bilhão maiores do que ainda em 2011. Além disso, a
garantia dos preços de combustíveis, que faz com que os custos do
querosene sejam mais previsíveis para a empresa, está perdendo efeito
devido à constante alta de preços", completou Franz.
Franz afirma: "Temos que crescer sensivelmente para conseguirmos manter
nossa posição internacional perante a concorrência e continuar atendendo
às expectativas dos nossos proprietários, nossos clientes e nossos
funcionários: com sucesso sustentável e econômico, produtos excelentes e
vagas de trabalho seguras a longo prazo."
Principalmente devido ao efeito estabilizador sobre o resultado oriundo
das áreas de negócios de serviços, o grupo continua contando com um
aumento do faturamento e um lucro operacional para o ano em curso no
valor de milhões de euros de três dígitos. Essa previsão ainda não
contém futuros custos de reestruturação relacionados à redução de vagas
de trabalho que integra o programa Score. A parte relevante quanto ao
resultado, porém, atualmente está sendo estipulada em no máximo 100
milhões de euros. Nosso objetivo é claro, diz Franz. "Queremos estar
entre os líderes mundiais dos grupos de empresas aéreas também no
futuro", completa o executivo.
O faturamento do grupo Lufthansa nos primeiros três trimestres de 2012
foi de 22,8 bilhões de euros, 6,1% a mais do que no mesmo período do ano
anterior. As receitas do tráfego aumentaram 5,4%, chegando a 18,8
bilhões de euros. Ao todo, os rendimentos empresariais do grupo no
período analisado aumentaram para 24,4 bilhões de euros, um acréscimo de
4,7%.
Os custos empresariais aumentaram 5,6% nos primeiros nove meses,
chegando a 23,7 bilhões de euros. Um dos principais motivos para tanto
foram os custos de combustível (972 milhões de euros maiores) no total
de 5,6 bilhões de euros. O resultado do grupo foi de 474 milhões de
euros, um aumento de 64,6%. Ele contém o resultado de áreas de negócios
alienadas no valor de 36 milhões de euros, resultante da venda da
British Midland Ltd. neste ano. Além disso, a melhora também se deve às
mudanças dos períodos de avaliação negativas das opções de garantia
registradas no mesmo período do ano anterior. O resultado por ação
melhorou para 1,04 euro.
No período analisado, a Lufthansa investiu 1,9 bilhão de euros. Destes,
1,6 bilhão de euros foram destinados à ampliação e modernização da
frota. O fluxo de caixa operacional foi de 2,4 bilhões de euros, o fluxo
de caixa livre (fluxo de caixa operacional menos investimentos líquidos)
de 975 milhões de euros. No final dos primeiros três trimestres, o grupo
registrou endividamento de crédito líquido de dois bilhões de euros. A
quota de capital próprio foi de 28,8%.
|