Grupo LATAM lucrou US$ 21 milhões no
terceiro trimestre
Receita total foi de US$ 3.344,9 milhões
13/11/2012 -
14h29
(Da
assessoria da TAM)
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O LATAM Airlines Group anunciou hoje, dia 13 de novembro, que registrou
no terceiro trimestre de 2012 lucro líquido de US$ 21,3 milhões, em
relação ao prejuízo consolidado de US$ 454,6 milhões no terceiro
trimestre de 2011, excluindo itens não recorrentes.
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Divulgação - LATAM |
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Receitas da LATAM diminuíram
3,8% em relação ao mesmo período do ano anterior.
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Despesas não recorrentes no terceiro trimestre de 2012 incluem US$ 19,5
milhões em despesas de transação relacionadas à combinação de negócios
entre a LAN e a TAM concluída em 22 de junho de 2012, além de despesas
contábeis extraordinárias de US$ 70,4 milhões relacionadas ao aumento da
alíquota de imposto de renda chilena de 17% para 20%. Os resultados
operacionais da TAM no terceiro trimestre de 2011 incluem créditos
fiscais no valor de US$ 258 milhões, como resultado de alterações no
regime fiscal brasileiro (PIS e COFINS). Deste total, US$ 14,7 milhões
são recorrentes, enquanto que os demais US$ 243,3 milhões correspondem a
ganhos extraordinários. Excluindo itens não recorrentes, o lucro
operacional no terceiro trimestre de 2012 foi de US$ 104,6 milhões,
redução de 51,9% em relação ao lucro operacional de US$ 217,6 milhões no
mesmo período de 2011, com margem operacional de 3,1% no período, contra
6,3% no terceiro trimestre de 2011.
No terceiro trimestre de 2012, as receitas consolidadas da LATAM tiveram
redução de 3,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. As receitas
de passageiros diminuíram 2,4% no trimestre, uma vez que o aumento de
2,2% na oferta medida em assento-quilômetro oferecido (ASK) foi
compensado por uma queda de 4,6% nas receitas por ASK (RASK). A queda é
resultado, parcialmente, do impacto cambial de US$ 195,6 milhões,
influenciado pelo efeito da depreciação do Real sobre as receitas da TAM
contabilizadas em tal moeda. Os mercados regionais continuam
apresentando uma tendência sólida de aumento de demanda. O aumento da
oferta se concentrou principalmente em regionais na América do Sul e
rotas locais no Chile. O aumento foi parcialmente compensado pela menor
oferta de voos locais no Brasil, assim como pela menor oferta em voos de
longa-distância para a Europa. O número de passageiros transportados
cresceu 7,2% no trimestre. A taxa de ocupação foi de 80,0%, aumento de
3,7% em relação a 2011. No entanto, os yields tiveram redução de 9,0% em
relação ao terceiro trimestre de 2011, impactada principalmente por
operações locais no Brasil, compensada por aumentos em outros mercados
internos e em operações regionais.
As receitas de carga diminuíram 14,4% no terceiro trimestre de 2012,
como resultado do ambiente desafiador no mercado de cargas na América
Latina, fruto da menor demanda para destinos na América Latina,
especialmente o Brasil, assim como o aumento da concorrência de
transportadoras de carga regionais e internacionais. A oferta de carga
(incluindo capacidade de carga das aeronaves de passageiros da TAM) caiu
3,2%, devido a ajustes de capacidade na frota de aviões de carga e da
redução de arrendamentos ACMI, parcialmente compensada pela incorporação
da nova aeronave de carga Boeing 777 no final do trimestre. Como
resultado da redução de 5,6% no tráfego de cargas, as taxas de ocupação
caíram de 58,7% para 57,2%. Os yields apresentaram redução de 9,2%
enquanto a receita por ATK diminuiu 11,6%, ambos em relação ao terceiro
trimestre de 2011.
Ouras receitas apresentaram aumento de 19,6%, totalizando US$ 79,7
milhões no terceiro trimestre de 2012. O aumento refletiu parcialmente
os ganhos com vendas de ativos, entre eles uma aeronave Boeing 767-200 e
um imóvel, compensados por uma queda nas receitas da Multiplus, de US$
19,6 milhões no terceiro trimestre de 2011 para US$ 7,2 milhões no
terceiro trimestre de 2012.
Ao final do terceiro trimestre de 2012, a LATAM registou US$ 1.013,6
milhões em disponibilidades, que incluem determinados investimentos de
alta liquidez contabilizados como "outros ativos financeiros de curto
prazo". Além disso, em 30 de setembro de 2012, a companhia registrou
depósitos com fabricantes de aeronaves (pré-pagamentos) no valor de US$
1.482,8 milhões, dos quais US$ 863,4 milhões foram financiados
diretamente pela LATAM. Em 18 de julho deste ano, a TAM desembolsou
cerca de US$ 163,3 milhões (R$ 339,5 milhões) com o squeeze out de ações
da TAM que não participaram da oferta de troca.
Durante o terceiro trimestre de 2012, a LATAM emitiu com sucesso títulos
garantidos pelo Exim Bank no valor de US$ 664,9 milhões, em substituição
parcial à dívida garantida pela mesma instituição e visando levantar
recursos para determinadas entregas de aeronaves em 2012. Além disso, em
novembro de 2012, a LATAM emitiu títulos no valor de US$ 639,9 milhões
garantidos pelo Exim Bank com os mesmos fins mencionados acima. A taxa
da emissão foi fixada em 1,5% em dólares norte-americanos. Tais
financiamentos estão relacionados às entregas de 40 aeronaves em 2012,
no valor total aproximado de US$ 2,7 bilhões.
Como consequência da conclusão bem sucedida da combinação de negócios
com a TAM, as entregas futuras de frota para a LAN e TAM serão
incorporadas ao Grupo LATAM Airlines. O financiamento ocorrerá através
de uma combinação entre o apoio de Agências de Crédito à Exportação,
incluindo emissões no mercado de capitais, operações de sale &
lease-back e financiamentos comerciais, incluindo dívidas principais e
subordinadas. O prazo médio de tais financiamentos é de 12 anos.
Um dos objetivos do Grupo LATAM Airlines é reduzir a volatilidade dos
resultados financeiros da TAM causada por fatores externos, tais como
flutuações da taxa de câmbio e de preços de combustíveis. Visando
minimizar o impacto de variações cambiais advindas da descompensação do
balanço patrimonial da TAM entre ativos denominados em Reais e passivos
denominados em dólares norte-americanos, a LATAM avalia alternativas
para transferir as aeronaves da TAM para o balanço patrimonial da LATAM,
cuja moeda funcional é o dólar. Adicionalmente, todas as aeronaves
entregues após 22 de junho de 2012, inclusive as aeronaves a serem
operadas pela TAM, serão financiadas, principalmente, pelo Grupo LATAM
Airlines. A volatilidade causada pelas variações cambiais sobre os
fluxos de caixa da TAM devem ser parcialmente minimizadas ao longo do
tempo como resultado da proteção natural fornecida pela natureza
diversificada dos fluxos de caixa do Grupo LATAM Airlines.
Visando minimizar os efeitos de marcação a mercado de contratos de hedge
de combustível que não passavam por contabilização (hedge accounting) na
TAM, a partir do terceiro trimestre de 2012 a LATAM passou a
contabilizar tais contratos derivativos através de hedge accounting e,
portanto, a marcação a mercado não tem mais impacto na demonstração dos
resultados consolidados. Além disso, toda a proteção (hedging) é
realizada pelo Grupo LATAM Airlines. A companhia procura compensar o
impacto das variações nos preços de combustíveis através de repasses
tanto nas operações de passageiros quanto de carga A LATAM possua
proteção para cerca de 47% de seu consumo estimado de combustível para o
quarto trimestre de 2012 e de 13% de seu consumo estimado de combustível
para 2013. A estratégia de hedge de combustíveis da companhia consiste
em uma combinação de collar, swaps e opções de compra (call options)
para WTI e Brent.
Em setembro de 2012, o Grupo LATAM recebeu seu primeiro 787-8 Dreamliner,
tornando-se a primeira companhia aérea nas Américas (e uma das primeiras
no mundo) a operar esta moderna e eficiente aeronave. A LATAM opera
atualmente dois 787 nas rotas entre Santiago e Buenos Aires e entre
Santiago e Lima. Adicionalmente, no terceiro trimestre do ano a
companhia recebeu 6 Airbus A320, 4 Boeing 767-300, e 2 Boeing 777-300ER
de passageiros, além de 1 Boeing 777 cargueiro.
Para o quarto trimestre de 2012, a LATAM espera receber ainda mais 6
aeronaves da família Airbus A320 para operar rotas locais e regionais,
além de 4 Boeing 767-300, 3 Boeing 777-300ER e 2 Boeing 787-8 Dreamliner
para voos de longa-distância. Com relação à frota de carga, no quarto
trimestre de 2012 a companhia espera ainda a entrega de uma aeronave de
carga Boeing 777. O plano de frota da LATAM inclui ainda o retorno de 8
aeronaves durante o restante de 2012.
Para o ano de 2012, a companhia espera crescimento de ASK para o Grupo
LATAM Airlines entre 3% e 4%, devido principalmente à entrega de 40
aeronaves de passageiros. O ASK de passageiros domésticos da TAM no
mercado brasileiro deve ter queda de aproximadamente 2% em 2012.
Considerando as condições atuais de mercado, a companhia espera
crescimento de ASK em 2013 para o Grupo LATAM Airlines entre 4% e 6%,
devido principalmente à entrega de 38 aeronaves de passageiros. O ASK de
passageiros domésticos da TAM no mercado brasileiro deve ter redução de
aproximadamente 7% durante o primeiro semestre de 2013.
Com relação a operações de carga, a LATAM espera crescimento de ATK de
operações de carga entre 0% e 2% para o ano de 2012, incluindo a
capacidade de carga da TAM. Para 2013, a companhia espera crescimento da
oferta de carga entre 6% e 8%, influenciado principalmente pela
incorporação de duas novas aeronaves de carga Boeing 777 em setembro e
outubro de 2012, assim como capacidade adicional de carga em rotas
internacionais.
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