Empresas de táxi aéreo farão encontro
em São Paulo
Evento será realizado para discutir transporte aéreo clandestino,
exigência de treinamento em simulador e taxas aeroportuárias
29/11/2012 - 22h42
(Da assessoria da
ABTAer)
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No próximo dia 8 de dezembro, sábado, as empresas de táxi aéreo de todo
o território nacional estarão reunidas no Campo de Marte (Hangar
Helimarte), em São Paulo, para discutir futuro do segmento no país.
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Rodrigo Zanette - 13/08/2010 |
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Bombardier Learjet 60, prefixo PP-LRR, da
Colt Aviation, exposto durante a
LABACE, no
aeroporto de Congonhas, em São
Paulo.
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O
encontro está sendo organizado pela ABTAer (Associação Brasileira de
Táxis Aéreos) e vai colocar em pauta as elevadas taxas aeroportuárias, a
concorrência desleal com o transporte aéreo pirata, a exigência de
treinamento da tripulação em simuladores e os atuais tempo de resposta
da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) para os pedidos de pilotos e
empresas protocolados. São esperados pelo menos 50 empresários. O
encontro começará às 9h e vai até as 17h.
Mesmo com a crise econômica mundial, percebe-se que nos outros países o
táxi aéreo vive um momento especial. No Brasil, apesar de uma economia
mais robusta e dos inúmeros problemas de mobilidade, o cenário é bem
menos otimista para o segmento.
Muitos empresários do setor reclamam do aumento abusivo de taxas nos
aeroportos e das exigências inviáveis para pequenos operadores. Segundo
eles, tanto a legislação quanto as taxações são voltadas para linhas
aéreas, deixando o serviço de táxi aéreo sufocado.
Com as atuais demissões em massa de pilotos pelas linhas aéreas, os
táxis aéreos, que normalmente absorveriam tais mãos de obra, não poderão
contratar devido ao impacto econômico das medidas tomadas pelas
autoridades aeronáuticas.
"Ao contrário, temos visto muitas empresas de táxis aéreos sendo
fechadas ou com seus certificados suspensos devido aos altos encargos e
requerimentos. O colapso da aviação brasileira está sendo sinalizado
pelos movimentos do mercado", disse o comandante Milton Arantes,
presidente da ABTaer.
Além de todas estas questões, o Encontro Nacional das Empresas de Táxi
Aéreo vai debater também a exigência de treinamento da tripulação em
simuladores, o que muitas vezes só pode ser feito no exterior.
"Sem contar que vivemos no segmento uma concorrência desleal, por um
lado uma forte exigência das autoridades sobre as empresas
regularizadas, de outro o transporte clandestino", lembra o comandante
Arantes. Segundo ele, na da Fórmula 1, durante o Grande Prêmio do
Brasil, realizado no último fim de semana em São Paulo, por exemplo, 90%
dos helicópteros eram "piratas", ou seja, não autorizados para serviço
remunerado.
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