LAN faz voo comercial com
biocombustível na Colômbia
Companhia espera incentivar o
desenvolvimento de uma indústria sustentável dessa fonte de energia na
América do Sul
22/08/2013 - 22h21
(Da
assessoria do Grupo LATAM Airlines)
-
A LAN Colômbia estabeleceu mais um marco na história da aviação da
Colômbia ao operar, ontem, dia 21 de agosto, o primeiro voo comercial
com biocombustível de segunda geração no país.
Produzido a partir da camelina, o combustível foi utilizado em conjunto
com o JET A1 (querosene convencional de aviação) na proporção de 30% e
70%, respectivamente. Esse tipo de biocombustível reduz a emissão de
gases do efeito estufa, já que não emite gás carbônico (CO2)
adicional na atmosfera, além de não concorrer com fontes de alimento
humano ou animal.
O voo, realizado com o apoio da Terpel (empresa colombiana do setor de
petróleo e gás natural), foi operado por um Airbus A320, que decolou às
10h (hora local) do Aeroporto Internacional de El Dorado de Bogotá em
direção a Cali.
Estavam a bordo 174 passageiros, convidados especialmente para a
ocasião. Para celebrar esse feito, também foi realizado um evento que
contou com a presença de Hernán Pasman, diretor executivo da LAN
Colômbia, e outros executivos da companhia aérea e da Terpel.
O Grupo LATAM Airlines, do qual LAN e TAM fazem parte, é pioneiro na
incorporação do biocombustível na América do Sul. Em novembro de 2010, a
empresa brasileira realizou um voo de teste com combustível produzido a
partir do óleo de pinhão manso misturado com o querosene convencional de
aviação.
Em março de 2012, a LAN realizou seu primeiro voo comercial desse tipo
no Chile, na rota Santiago-Concepción, com combustível proveniente de
resíduos de óleo vegetal refinado e, agora, a LAN se torna também a
primeira a realizar esse tipo de voo na Colômbia.
O país foi escolhido por se encontrar em uma posição privilegiada para
produção de biocombustíveis, devido ao seu clima, disponibilidade de
áreas para o cultivo e localização geográfica favorável. Adicionalmente,
conta com um marco regulatório que estimula a produção e a
comercialização de biocombustíveis.
Já a rota para este voo foi eleita porque Cali é uma das cidades
estratégicas para a consolidação da LAN na Colômbia. Além disso, o Valle
del Cauca, cuja capital é Cali, foi pioneiro no país na produção de
bicombustível.
"Essa foi a segunda grande iniciativa da LAN nessa área. Nós apoiamos o
desenvolvimento de combustíveis sustentáveis que tenham alto potencial
produtivo na América do Sul. As fontes de energia renovável desempenham
um papel importante na aviação mundial e serão cada vez mais relevantes
no processo de tomada de decisões do setor e da nossa companhia",
destacou Ignacio Cueto, CEO da LAN.
"É uma proposta importante que não só contribui para o desenvolvimento
da indústria aeronáutica do país e da região, mas também causa um
impacto positivo no setor agrícola, além de trazer importantes avanços
para a proposta exportadora da Colômbia", diz Sylvia Escovar, presidente
da Terpel.
O CO2 resultante da queima de biocombustíveis utilizados no
voo é praticamente o mesmo capturado pelo vegetal durante seu ciclo de
vida, anulando assim emissões adicionais desse gás na atmosfera.
Além disso, os biocombustíveis de segunda geração, como o utilizado
nesse voo, são obtidos a partir de matérias-primas que não concorrem com
fontes de alimento ou recursos básicos utilizados por seres humanos. As
plantações não utilizam superfícies cultiváveis pelo homem, o que é
essencial para o desenvolvimento desse recurso em escala e para
preservação do planeta.
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