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ABTAer aponta falta de fiscalização do transporte clandestino
Segundo a entidade, há menos exigências para a operacionalização de aeronaves particulares do que é exigido para o taxi aéreo

09/01/2013 - 22h06
(
Da assessoria da ABTAer) - De acordo com a ABTAer (Associação Brasileira das Empresas de Táxi Aéreo), dois problemas podem ser apontados como diretamente relacionados ao aumento de acidentes aéreos em 2012, ambos ligados ao transporte aéreo clandestino (aeronaves particulares não homologadas para transporte remunerado de pessoas e cargas).

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Junior JUMBO - 24/06/2008

 

AVIAÇÃOPAULISTA.COM

 

Cesnna 208 Caravan, PT-OGH, da Two Táxi Aéreo, um dos membros da ABTaer, taxiando no aeroporto de Rio Claro durante a 66ª Festa Aviatória.
   

O primeiro seria as deficiências nos órgãos reguladores, tais como regras imprecisas, inadequadas e genéricas para a aviação particular. Segundo a entidade, há menos exigências para a operacionalização de aeronaves particulares do que é exigido para o taxi aéreo. A segunda seria a ausência de fiscalização por parte da ANAC para combater esse tipo de transporte aéreo clandestino.

Por conta dessas duas situações, a entidade destaca a grande quantidade de aeronaves particulares sendo usadas clandestinamente como táxi aéreo por todo Brasil e também em eventos de projeção internacional como na etapa da Fórmula 1 realizada em São Paulo em novembro do ano passado.

De acordo com o levantamento oficial, a aviação civil brasileira registrou em 2012 um total de 168 acidentes, o que representa o maior número de acidentes em sua história e supera em 5,6% os casos ocorridos em 2011. Apesar desse aumento no número de acidentes, as tragédias que ocorreram durante o ano passado causaram 71 mortes, frente às 90 registradas em 2011.

Os dados são do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) que revelou também que 146 dos acidentes registrados em 2012 envolveram aviões, enquanto outros 22, helicópteros.

"Estamos cobrando maior fiscalização das autoridades, mas temos visto muitas aeronaves particulares sendo usadas por pilotos nas horas vagas para serviços de táxi aéreo", disse o Comandante Milton Arantes, presidente da ABTAer. Segundo ele, estas aeronaves não são tão rigorosamente fiscalizadas como são os táxis aéreos e ninguém sabe quem é o piloto, se tem habilitação para voar aquele tipo de aeronave, por exemplo.

"Os transportadores clandestinos pousam onde nós, táxis aéreos regulamentados, sabemos que não é permitido e não é seguro e ainda fazem o serviço por preço menor, ludibriando o consumidor que muitas vezes nem sabe o risco que corre", completa.

Em relação às regras impostas à aviação geral, Arantes afirmou que a entidade vem trabalhando junto à ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) para ajustar aquilo que é incoerente e compreender o que é impreciso, mas ainda há muito a ser feito.

Atualmente, existem 183 empresas de táxi aéreo no Brasil, gerando 250 mil empregos diretos e uma arrecadação de impostos federais superior a R$ 1 bilhão. Com uma frota de 1536 aeronaves (tanto as chamadas asa fixa quanto rotativa, helicópteros), estas empresas transportaram 1,3 milhão de pessoas em 2010, realizando 211.984 voos por todo país
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