Honeywell e Safran terminam teste de
taxiamento elétrico
Sistema pode trazer economia de até 4% de combustível por voo até 2016
04/07/2013
- 22h49
(Da assessoria da
Honeywell no Brasil)
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A Honeywell e a Safran concluíram a primeira grande fase de testes do
seu sistema de taxiamento verde elétrico (EGTS). Desenvolvido pela EGTS
International, uma joint venture entre a Honeywell e a Safran lançada em
2011, a tecnologia EGTS trará propulsão "força híbrida" para taxiamento
de aeronaves, permitindo-lhes taxiar com a sua própria energia elétrica.
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Divulgação -
Honeywell |
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Aviões dotados de EGTS poderiam economizar
cerca de 600 quilos de combustível.
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Semelhante a um carro híbrido, utilizando
a energia elétrica em velocidades lentas, a EGTS irá reduzir
significativamente o uso dos motores principais durante as operações de
taxiamento e melhorar a eficiência operacional das companhias aéreas,
reduzindo o consumo de combustível em até 4% por voo, com base em
estimativas da Safran e da Honeywell.
A EGTS também proporcionará benefícios ambientais, reduzindo o ruído e
as emissões de carbono e óxido de nitrogênio (NOx) durante as operações
de taxiamento e irá reduzir o congestionamento tanto no portão quanto no
asfalto, além de melhorar a pontualidade da partida e permitir que os
passageiros desembarquem mais rápido como resultado de operações de
assistência em escala mais velozes.
A EGTS continua ganhando o interesse de aeroportos e companhias aéreas
antes de seu lançamento esperado para o mercado, em 2016. Como os
principais motores de uma aeronave são otimizados para voar ao invés de
taxiar, eles queimam uma quantidade desproporcional de combustível
durante as operações terrestres.
Um avião de curto ou médio alcance pode gastar até 2,5 horas de seu
tempo em taxiamento a cada dia, e queima até 1270 kg (1,4 toneladas) de
combustível em solo. Os aviões dotados de EGTS poderiam economizar cerca
de 600 quilos de consumo deste combustível, de acordo com estimativas da
Honeywell e a Safran.
O sistema EGTS permite que aeronaves deem ré sem solavancos e depois
podem taxiar entre o portão e pista sem envolver os principais motores
usando a APU (Unidade de Potência Auxiliar), gerando energia de motores
elétricos no trem de pouso principal.
Cada uma das rodas motoras da aeronave com EGTS vem equipada com um
atuador eletromecânico, enquanto a eletrônica de potência e
controladores de sistemas únicos promovem total controle de velocidade e
direção da aeronave durante as operações de taxiamento.
Além da redução da queima de combustível, o sistema também vai gerar
mais economia, reduzindo o desgaste do motor e do freio e minimizando o
risco de danos às turbinas de motores de objetos estranhos na pista.
O desenvolvimento inicial de EGTS até o momento já mobilizou mais de 200
engenheiros da Safran e Honeywell trabalhando em 13 instalações ao redor
do mundo. O sistema do componente e programa de testes de aeronaves já
acumulou mais de 3.000 horas de testes em sete bancos de testes sob
medida e equipamentos, incluindo manobras no solo em Toulouse, França,
em um A320 adquirido pela joint venture para o programa de
desenvolvimento do EGTS.
Quando a primeira etapa de testes desta aeronave foi concluída em abril
deste ano, os sistemas EGTS registram cerca de 160 quilômetros (100
milhas) de testes de rolamento. Os testes avaliaram o sistema em várias
configurações de carga e condições de pista, através de uma série de
manobras complexas, tais como pushback, curvas apertadas e inversões de
marcha, de acordo com diferentes especificações de aceleração e
velocidade. O próximo grande marco do programa de testes será a
realização dessas mesmas manobras em velocidades de até 20 nós, o
desempenho completo e com a aeronave no máximo de decolagem de peso (MTOW).
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