Grupo Lufthansa teve prejuízo no
primeiro trimestre
Perdas no período foram de 359 milhões de euros
15/05/2013 -
21h48
(Da assessoria da
Lufthansa no Brasil)
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No tradicionalmente fraco primeiro trimestre, a Deutsche Lufthansa AG
obteve um resultado operacional equivalente ao do ano anterior, de menos
359 milhões de euros. O resultado operacional contém custos de
reestruturação no valor de 64 milhões de euros oriundos do programa de
planejamento Score.
O grupo Lufthansa conseguiu compensar o
encargo adicional com resultados melhorados nas diferentes áreas de
negócios. O resultado do grupo recuou 16,5% para menos 459 milhões de
euros devido a depreciações imprevistas e efeitos de avaliação da
data-base do balanço. Com 6,6 bilhões de euros, o faturamento do Grupo
Lufthansa manteve-se estável no primeiro trimestre.
"Conseguimos nos aproximar mais uma vez do nosso objetivo de melhora
sustentável do resultado no primeiro trimestre. Quase todas as empresas
do grupo melhoraram seu resultado", declarou Simone Menne, diretora
financeira e de serviços de aviação da Deutsche Lufthansa AG. "Estamos
no caminho certo com nosso programa de planejamento Score", completa
Simone.
Nas áreas de negócios Grupo Passage Airline, Logística, Técnica,
Catering e Serviços de TI, o grupo obteve uma melhora do resultado
operacional no total de 95 milhões de euros. Com um acréscimo de 77
milhões de euros, a Lufthansa Passage obteve o maior aumento do
resultado operacional. Por meio de nítida redução de voos e gestão
otimizada de capacidade, a empresa aumentou o aproveitamento de espaço
em seus aviões em 75,5% no primeiro trimestre, ao mesmo tempo em que
aumentou a média de receitas.
A greve dos funcionários em terra da Lufthansa em 21 de março
comprometeu o resultado operacional tanto quanto os altos custos do
combustível e o longo inverno que também prejudicaram as demais empresas
aéreas do Grupo Lufthansa. No final do primeiro trimestre de 2013, a
Lufthansa Passage registrou um prejuízo operacional no valor de menos
292 milhões de euros. A SWISS obteve um resultado operacional de menos
16 milhões de euros no primeiro trimestre em comparação a menos 3
milhões de euros no mesmo trimestre do ano anterior. E a Austrian
Airlines melhorou o resultado operacional em 11 milhões de euros para
menos 56 milhões de euros. Ao todo, o prejuízo operacional na área de
negócios Grupo Passage Airlines recuou para menos 363 milhões de euros.
O Grupo Lufthansa também obteve uma melhora do resultado operacional na
área de negócios Logística. Entre outros, a Lufthansa Cargo aumentou o
lucro operacional por meio de gestão dirigida da capacidade e
depreciações menores. No final do primeiro trimestre, o lucro
operacional foi de 27 milhões de euros, um acréscimo de sete milhões de
euros para a área de negócios.
Na área de negócios Técnica, o lucro operacional melhorou 16 milhões de
euros, chegando a 81 milhões de euros. No âmbito do Score, no primeiro
trimestre a Lufthansa Technik determinou cerca de 200 medidas
individuais, por meio das quais a administração deverá estar organizada
de forma mais eficiente e melhor ajustada às necessidades dos clientes
até 2015.
A LSG SkyChefs aumentou o resultado operacional em nove milhões de euros
e registrou um lucro operacional no valor de três milhões de euros no
período de janeiro a março. Na área de negócios Serviços de TI, a
Lufthansa Systems obteve lucro operacional de três milhões de euros em
comparação aos quatro milhões de euros no mesmo trimestre do ano
anterior.
Em face da melhora do resultado operacional das empresas do grupo no
primeiro trimestre, das contribuições positivas do Score e da evolução
estável da demanda nos negócios de passageiros, o grupo confirmou sua
previsão de lucro para o ano de 2013, de acordo com a qual o lucro
operacional do Grupo Lufthansa em 2013 deverá superar o resultado de 524
milhões de euros do ano passado. As contribuições positivas do Score, no
entanto, não devem deixar dúvidas quanto à necessidade de outras
mudanças, enfatizou Simone.
"Na concorrência com competidores de capital sólido, principalmente do
Oriente Próximo e Extremo, e empresas aéreas de baixo custo na Europa,
precisamos de novas estruturas que nos permitam voltar a aumentar os
lucros. Colocar as medidas tomadas em prática continua sendo um desafio,
mas seguiremos neste caminho com determinação, construindo novas
perspectivas", afirmou Simone.
O faturamento do Grupo Lufthansa no primeiro trimestre de 2013 foi de
6,6 bilhões de euros, 0,1% a mais do que no ano anterior. As receitas do
tráfego diminuíram 0,2% para 5,3 bilhões de euros. Ao todo, os
rendimentos operacionais do grupo aumentaram para 7,2 bilhões de euros
no período analisado, um acréscimo de 0,3%. Os custos operacionais
aumentaram 1,7% no primeiro trimestre, chegando a 7,7 bilhões de euros.
Os custos de combustível subiram 36 milhões de euros para 1,7 bilhão de
euros, o que corresponde a um aumento de 2,2%. Este valor contém um
resultado negativo de garantia de preços no valor de 25 milhões de
euros.
Devido ao menor número de voos, as taxas caíram 2,2% em relação ao valor
do ano passado. No primeiro trimestre, o Grupo Lufthansa obteve um
resultado operacional equivalente ao do ano anterior, de menos 359
milhões de euros. O resultado operacional do mesmo trimestre do ano
anterior foi ajustado em 22 milhões de euros, ajuste correspondente à
alteração das normas de balanço do IAS19 para fins de comparação.
O resultado do primeiro trimestre de 2012 calculado nesta base também
foi de menos 359 milhões de euros. O resultado do grupo ficou em menos
459 milhões de euros, um recuo de 16,5%. Além dos custos de rescisão e
compensação decorrentes da redução de vagas de trabalho por meio do
Score, o resultado do grupo no primeiro trimestre foi prejudicado
principalmente por depreciações imprevistas e efeitos de avaliações.
O resultado por ação recuou para menos um euro. No período analisado, a
Lufthansa investiu 718 milhões de euros. Destes, 657 milhões de euros
foram destinados à modernização e manutenção da frota. O fluxo de caixa
operacional foi de 976 milhões de euros, o fluxo de caixa livre (fluxo
de caixa operacional menos investimentos líquidos) de 463 milhões de
euros.
No primeiro trimestre, o grupo registrou endividamento de crédito
líquido de 1,7 bilhão de euros. Após aplicação das novas normas de
balanço (IAS 19), a quota de capital próprio passou a ser de 15,4%.
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