Empresas de handling criam associação
para representá-los
Entidade nasce com cinco sócios fundadores e busca a representatividade
01/11/2013 - 22h04
(Da
assessoria da Abesata)
-
Foi oficialmente lançada esta semana, em São Paulo, a Abesata
(Associação das Empresas de Serviços Auxiliares de Transporte Aéreo). A
entidade nasce com cinco sócios fundadores e busca a representatividade
de um segmento que é essencial para a aviação no país, mas nem sempre é
visto desta forma pelas autoridades do setor e pela iniciativa privada.
Os cinco sócios fundadores são Orbital, ProAir, RM, Swissport e Vit
Solo. Essas empresas detêm juntas 85% do mercado de ground handling
service.
Novos associados firmaram compromisso na
noite de terça-feira, dia 29 de outubro, durante a apresentação oficial
da entidade, entre outras, a TriStar, a InSolo, a ALM, a Aviation Ramp e
a RP AATA. A Associação será presidida por Ricardo Aparecido Miguel.
Especialista em regulação aeronáutica e ex-piloto de companhias aéreas,
Miguel foi escolhido pela longa experiência na aviação civil. Bacharel
em Ciências Aeronáuticas e Ciências Jurídicas, trabalhou no antigo DAC
(Departamento de Aviação Civil) e na ANAC (Agência Nacional de Aviação
Civil).
O projeto de criação da Abesata surgiu há alguns meses, diante da
necessidade de ter uma entidade representativa das chamadas Esatas, as
empresas auxiliares ao transporte aéreo, junto ao Poder Público e à
iniciativa privada. São consideradas empresas auxiliares as que prestam
serviço de handling, movimentação, limpeza, atendimento aos passageiros,
entre outros. A ata da fundação e o registro da ata aconteceram em
agosto e ontem a nova entidade foi apresentada ao mercado, incluindo
outras empresas do setor que quiseram conhecer a proposta para se
associar ou não.
Entre os principais desafios da nova entidade está elaborar um raio x do
setor, que não existe no país, brigar pela desoneração da folha de
pagamento que reduz a competitividade das empresas de serviços
auxiliares com as companhias aéreas, que adotam, por exemplo, handling
próprio. Ao todo, existem no Brasil mais de 230 empresas de serviços
auxiliares ao transporte aéreo registradas, sendo que, destas, pouco
mais de 20 são atuantes, gerando algo em torno de 30 mil empregos
diretos. Todas foram convidadas para o lançamento da Abesata.
"Este era um projeto antigo que nunca decolava, até que vimos que a
falta de representatividade estava criando dificuldades para todas as
empresas", disse Ricardo Morrison, da RM. Para Mario Baptista, da ProAir,
a Abesata vai permitir que o segmento de serviços auxiliares ao
transporte aéreo saia do silêncio em um momento crucial da aviação
brasileira, com a privatização dos aeroportos e os grandes eventos que
estão por vir.
Paralelamente, a Abesata terá, entre outras atribuições, realizar
seminários, cursos, elaborar estudos e trabalhar institucionalmente a
importância e a prática dos serviços auxiliares ao transporte aéreo.
Buscando inclusive parcerias e acordos que beneficiem todos os
associados.
|