Aeroportos do Galeão e de Confins são
privatizados
Governo vai receber R$ 20,8 bilhões das empresas vencedoras dos leilões
22/11/2013 -
14h18
(Valdemar
Júnior)
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Os aeroportos do Galeão, no Rio de Janeiro, e de Confins, em Minas
Gerais, foram privatizados na manhã de hoje, dia 22 de novembro, por R$
20.838.888.000, com ágio de 251,74% em relação ao valor mínimo
determinado pelo Governo Federal, de R$ 5,9 bilhões.
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Divulgação - Infraero |
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Aeroporto do Galeão.
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Divulgação - Infraero |
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Aeroporto de Confins.
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Os leilões foram feitos na BM&FBovespa, em
São Paulo.
O consórcio Aeroportos do Futuro ficou com o aeroporto do Galeão ao
oferecer R$ 19 bilhões (ágio de 293,91% em relação ao lance mínimo de R$
4,828 bilhões).
Fazem parte do consórcio Aeroportos do Futuro a Odebrecht TransPort
Aeroportos S.A., com 60% de participação, e a Excelente B.V. (operadora
do aeroporto de Changi, em Cingapura), com os 40% restantes.
Já o aeroporto de Confins foi arrematado pelo consórcio AeroBrasil por
R$ 1,82 bilhão (ágio de 66% em relação ao lance mínimo de 1,096 bilhão).
Este grupo é formado pela CPC (Companhia de Participações em
Concessões), controlada pela CCR, que detém 75%, pela Zurich Airport
International AG, com 24%, e pela Munich Airport International
Beteiligungs GMBH, com apenas 1%.
Cinco consórcios participaram dos leilões, sendo recebidas cinco
propostas para o aeroporto do Galeão e três para Confins. Os contratos
de concessão serão assinados no dia 17 de março de 2014 e o pagamento da
primeira outorga será feito 12 meses depois (os demais serão feitos
anualmente). Apenas 120 dias depois de assinado o contrato de concessão
os consórcios terão o controle dos aeroportos. Nos três primeiros meses,
a Infraero administrará os aeroportos em parceria com as empresas (o
prazo pode ser prorrogável por mais três meses), portanto, apenas após a
Copa do Mundo de 2014 os aeroportos estarão sob responsabilidade dos
consórcios.
Apesar do leilão, a Infraero, empresa estatal, ficou com 49% do controle
dos aeroportos do Galeão e de Confins. Os prazos das concessões são de
25 anos para o galeão e 30 para Confins. Os aeroportos foram
obrigatoriamente leiloados para consórcios diferentes.
Segundo estimativas do Governo Federal, o Galeão terá receita de R$ 12,9
bilhões em 25 anos e Confins de R$ 5,1 bilhões em 30 anos. As
concessionárias dos aeroportos de Guarulhos, Viracopos (Campinas) e
Brasília já investiram mais de 63% do previsto no contrato.
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