Sistema de contramedidas do EC725 passa
por testes em voo
Projeto inédito é o mais complexo já
realizado pela Helibras no âmbito do Projeto H-XBR das Forças Armadas
brasileiras
12/09/2013 -
22h58
(Da
assessoria da Helibras)
-
A Helibras realizou com sucesso a campanha de ensaios em voo do sistema
lançador de contramedidas Chaff & Flare do helicóptero EC725. O projeto
de integração do sistema, inédito no Brasil para esse modelo de
aeronave, representa o cumprimento pela Helibras de mais uma importante
etapa do Projeto H-XBR, que até 2017 dotará as Forças Armadas
brasileiras de 50 novos helicópteros EC725, com um índice de conteúdo
agregado nacional superior a 50%.
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Divulgação - Helibras
(Anthony Pecchi) |
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EC725 durante
campanha de ensaios em voo do sistema
lançador de contramedidas Chaff & Flare.
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Desenvolvido pelo Centro de Engenharia da Helibras, sob direção do
engenheiro Walter Filho, esse sistema de autoproteção de aplicação
militar é utilizado para detectar e identificar ameaças contra a
aeronave e são capazes de enganar mísseis guiados por calor ou radar.
Os ensaios executados, que também são inéditos no país, fazem parte da
campanha de certificação militar das versões operacionais do Projeto
H-XBR junto ao
DCTA
(Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial) através de seu
Instituto de Fomento e Coordenação Industrial.
Foram realizados seis voos no helicóptero protótipo BRA05 para execução
de uma ampla variedade de testes dos sistemas integrados, que
comprovaram a separação segura dos cartuchos de pirotécnicos em todo o
envelope de operação do helicóptero.
Os voos do EC725 foram comandados por uma tripulação brasileira da
Helibras, composta pelo piloto de provas Patrik Correa e pelo engenheiro
de ensaios em voo Dreyfus Silva. Os voos de ensaio ocorreram na área de
ensaios SBR 309 (Área Restinga) da Base Aérea de Santa Cruz, no Rio de
Janeiro, no início do mês de agosto, graças à coordenação do GAC-HB/COPAC,
por meio de sua Gerência Técnica, com as colaborações da FAB (Força
Aérea Brasileira), que cedeu as instalações da Base Aérea para a
campanha, e da Marinha do Brasil, que forneceu um helicóptero Super Puma
AS332 L1 como "aeronave paquera" na função de acompanhamento e
verificação da segurança dos testes.
A campanha de ensaios contou ainda com a participação de representantes
do DCTA através de seu Instituto de Fomento e Coordenação Industrial e
Instituto de Pesquisa em Voo.
O Projeto H-XBR teve origem com a assinatura de um contrato entre o
consórcio Helibras/Eurocopter e o Comando da Aeronáutica, em 2008, no
valor de € 1,9 bilhão, que pela primeira vez contemplou uma aquisição
conjunta pelas três Forças Armadas de 50 helicópteros multimissão de
grande porte EC725, com o comprometimento da empresa em fabricar essas
aeronaves no país e com recursos nacionais, que envolvem um ambicioso
programa de transferência de tecnologia integrado por 22 projetos de
cooperação industrial e sete de offset.
O investimento total do projeto pela Helibras/Eurocopter é de R$ 420
milhões, valor que contempla as instalações físicas, os programas de
treinamento, e todas as obras e inovações necessárias ao projeto de
produção dos helicópteros.
Por meio desse acordo, as aeronaves que a Helibras passou a produzir em
sua fábrica em Itajubá (MG), terão um conteúdo nacional agregado
superior a 50%, capacitando assim órgãos e empresas de defesa
brasileiras no domínio das tecnologias envolvidas e oferecendo
incentivos para o desenvolvimento da indústria nacional.
No que diz respeito à cadeia de fornecedores, a Helibras já contratou 37
empresas brasileiras que vêm realizando a fabricação de partes, peças e
serviços, com o acompanhamento de representantes das três Forças
Armadas, garantindo a efetiva transferência de tecnologia exigida pelo
governo brasileiro para o programa.
Até este ano, já foram entregues 7 unidades dos EC725, produzidos
inicialmente na França para cumprir com as datas do contrato. Os
próximos helicópteros já se encontram em Itajubá, alguns em fase de
testes finais e que devem ser entregues no início de 2014. Dentre eles
está a unidade que serve de modelo para o desenvolvimento e a integração
de sistemas, a primeira a passar por todos os estágios da linha de
produção da empresa em Minas Gerais.
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