Aumenta respeito por empresas de ground handling
Novos gestores de aeroportos já
revelam um olhar diferenciado para o segmento, na visão da maior
entidade do setor
04/12/2014 - 18h45
(Da assessoria da Abesata)
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Com o amadurecimento da gestão dos aeroportos brasileiros, a cadeia de
atenção que sempre se fixou em apenas dois pontos, passageiros e
autoridades públicas, deve ser ampliada e incluir, entre outros, as
empresas de ground handling.
A opinião é do presidente da Abesata
(Associação Brasileira das Empresas de Serviços Auxiliares de Transporte
Aéreo), Ricardo Aparecido Miguel, que começa a perceber nos novos
gestores de aeroportos um olhar diferenciado para o segmento de ground
handling service.
"Os gestores já percebem, por exemplo, que também as Esatas, como são
chamadas as Empresas de Serviços Auxiliares de Transporte Aéreo, fazem
parte da necessidade global do aeroporto", diz Miguel.
Na visão do executivo, há toda uma cultura sendo mudada e se fala hoje
não apenas em colocar o foco no cliente, que seria simplista até, mas em
rever quem são os clientes dentro do sistema aeroportuário.
"Não se pode deixar de considerar que a evolução precisa ser permanente,
de todos os envolvidos (companhias aéreas, prestadores de serviços
auxiliares, autoridades, agente regulador, entre outros). O foco no
cliente parece algo óbvio, mas se torna complexo quando pensamos que o
aeroporto é multidisciplinar", afirma o presidente da Abesata, no
sentido de que todos os elos do sistema de aviação se preocupam no
atendimento ao passageiro, mas a gestão de um aeroporto tem que
conciliar esforços para que eles alcancem seus objetivos.
A Abesata está buscando mobilizar os administradores dos aeroportos,
quer seja público ou privado, mas com olhares no futuro: "O Programa de
Investimentos em Logística de Aeroportos do governo federal tem que
decolar. Se do montante de 270 planejado em 2012 estivermos focados em
27, a aviação regional já terá um bom início. E gostaríamos que a
infraestrutura lembrasse das necessidades das operações das Esatas e das
empresas aéreas desde o planejamento do projeto", complementa Miguel.
As chamadas Esatas estão presentes em 70% das operações da aviação
comercial, seja na realização de serviços operacionais (abastecimento de
água, catering, carregamento de bagagem, transporte de passageiros e
tripulantes, etc), serviços de proteção, serviços de emergência e
serviços comerciais. Os dados fazem parte do levantamento do 1° Anuário
Brasileiro de Serviços Auxiliares de Transportes Aéreos, lançado este
ano.
Ao todo existem hoje 211 empresas de ground handling no Brasil, sendo
que a maior parte está em São Paulo, 70 companhias, seguido de Minas
Gerais, com 45, Rio de Janeiro, 36, e Rio Grande do Sul, com 31 empresas
do setor. A maioria se concentra na prestação de serviços operacionais
para as companhias aéreas, 147 empresas, mas muitas estão envolvidas com
outros serviços, tais como atendimento de aeronaves (60), limpeza de
aeronaves (50), movimentação de carga (50), atendimento e controle de
embarque de passageiros (38), entre outros.
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