Empresas de handling investirão R$ 10
mi para Copa
Já foi iniciado o processo
de pré-seleção de candidatos para as novas vagas de trabalho que serão
abertas
23/01/2014 - 23h14
(Da
assessoria da ABESATA)
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Para atender o grande número de voos extras previstos para o período da
Copa, as empresas de handling, ou Esatas (Empresas de Serviços
Auxiliares de Transporte Aéreo), vão investir R$ 10 milhões em
equipamentos e já começaram o processo de pré-seleção de candidatos para
as novas vagas de trabalho que serão abertas. Os dados são da Abesata
(Associação Brasileira das Empresas de Serviços Auxiliares de Transporte
Aéreo), entidade criada no ano passado e que reúne as maiores empresas
do setor.
"São 2 mil voos extras autorizados, mas
precisamos da definição da malha aérea para organizarmos a operação, sem
isso não é possível saber as rotas e nem os horários para ampliarmos a
equipe e remanejarmos a operação", disse Ricardo Aparecido Miguel,
diretor-presidente da ABESATA.
A expectativa é de que a malha seja definida nos próximos dias. Em
termos de vagas a serem abertas, a associação ainda não tem um número
certo. Mas só em uma das empresas associadas pesquisada, serão 300 novos
postos de trabalho para 2014. Os investimentos, no entanto, já começaram
a ser feitos e incluem uma novidade: modernos tratores elétricos, não
poluentes, ainda não usados no mercado brasileiro.
"Estamos apostando na desoneração da folha de pagamento para o restante
da cadeia do setor de transporte aéreo regular. O Governo havia incluído
as Esatas em Medida Provisória de 2013, a vigorar em 1º de janeiro deste
ano, mas por motivo desconhecido o Congresso não transformou em Lei.
Entretanto, para manter o planejamento de investimentos para 2014, esse
equívoco tem que ser corrigido rapidamente", disse o presidente da
entidade.
Com a mudança na lei pleiteada pelo setor, a redução de impostos será de
R$ 49,5 milhões ao ano, valor que será reinvestido em modernização dos
serviços. Um dos projetos é substituir os equipamentos movidos a diesel
por elétricos, reduzindo a emissão de gases poluentes. Outro está
relacionado à implantação de sistemas modernos (softwares) para o
efetivo controle de bagagens e cargas aéreas.
Desde janeiro de 2013, as companhias aéreas podem optar entre recolher
20% sobre o valor da folha de pagamento ou 1% do faturamento. Mas o
benefício não foi estendido às Esatas. São consideradas empresas
auxiliares as que prestam serviço de ground handling, movimentação e
limpeza de aeronaves, atendimento aos passageiros, bagagens e cargas,
entre outros. "Sentimos uma resposta muito positiva do governo para o
nosso pedido e agora aguardamos que a medida seja tomada o quanto
antes", resumiu Miguel.
A Abesata possui nove sócios e busca a representatividade de um segmento
que é essencial para a aviação no país. "O modelo criado por lei no
Brasil destaca o Sistema de Serviços Auxiliares como integrante da
infraestrutura aeronáutica, na mesma importância e coordenado com o
controle de tráfego aéreo, a indústria aeronáutica, o sistema
aeroportuário, a segurança de voo e o sistema de formação de pessoal",
argumenta o presidente da associação, em alusão ao artigo 25 do Código
Brasileiro de Aeronáutica. As empresas associadas são Orbital, ProAir,
RM, Swissport, Vit Solo, CrossRace, InSolo, RP AATA e TriStar. Elas
detêm juntas 85% do mercado de ground handling service.
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