Viracopos faz campanha contra
exploração sexual infantil
Concessionária divulga telefone
para dar qualquer informação que ajude a identificar e prevenir casos de
abuso e exploração sexual infantil de maneira anônima
01/07/2014 -
19h04
(Da
assessoria da Aeroportos Brasil Viracopos)
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A concessionária Aeroportos Brasil Viracopos, o Ministério Público do
Trabalho e o Ministério Público do Estado de São Paulo iniciaram uma
campanha, em parceria, para combater a exploração sexual infantil. O
trabalho consiste na ampla divulgação do Ligue 100, telefone usado para
qualquer informação que ajude a identificar e prevenir casos de abuso e
exploração sexual infantil de maneira anônima.
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Divulgação - Aeroportos Brasil
Viracopos |
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Terminal de Passageiros do
aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP).
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Foram espalhados cartazes pelo Terminal de
Passageiros de Viracopos, funcionários usam camisetas da campanha e um
folder é distribuído com informações bilíngues (português e inglês)
sobre como fazer as denúncias.
O material está espalhado por toda área de circulação de passageiros,
com foco nos embarques e desembarques nacionais e internacionais.
"Viracopos é um importante ponto de circulação nacional e internacional
de pessoas. Portanto, o aeroporto é um local estratégico para a
divulgação desta campanha, que se torna nacional a partir do momento que
pessoas de todo o país passam pelo terminal", diz o diretor-presidente
da Aeroportos Brasil Viracopos, Luiz Alberto Küster.
Segundo dados da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da
República, em 2013, a central do Ligue 100 recebeu 124 mil denúncias de
violações contra os direitos das crianças e adolescentes. As
estatísticas mostram que a maioria das vítimas é do sexo feminino
(65,84%), com idades entre 12 e 14 anos (34,75%). Já os suspeitos, na
maior parte do sexo masculino, têm idades entre 36 e 40.
"O advento da Copa do Mundo é um motivo a mais para alertar as pessoas
da importância de denunciar os casos de exploração sexual de pessoas
menores de 18 anos, haja vista o aumento do turismo sexual. O trabalho
conjunto propicia a emissão da mensagem ao público doméstico e também
àqueles que vêm de outros países para acompanhar o evento", afirma a
procuradora chefe do Ministério Público do Trabalho de Campinas,
Catarina von Zuben.
Para reforçar a ideia, um levantamento divulgado pela ONG sueca
Childhood indica que países que organizaram as Copas anteriores
registraram aumento no número de denúncias de abuso sexual de crianças e
adolescentes no período dos jogos (na África do Sul, em 2010, o
crescimento foi de 66%).
Desde maio de 2014, a exploração sexual comercial de crianças e
adolescentes é crime hediondo e inafiançável no Brasil. A pena prevista
para o crime é de 4 a 10 anos de reclusão. Além disso, os condenados
cumprirão inicialmente a punição em regime fechado. Para progressão de
pena, o réu primário terá que cumprir no mínimo 2/5 e, os que forem
reincidentes terão que cumprir 3/5.
"A mudança da legislação nestes termos representa um avanço
significativo no combate à exploração sexual de menores. Mas o trabalho
de conscientização da sociedade é uma forma imprescindível de prevenir
novos casos", finaliza a procuradora e representante da Coordinfância
(Coordenadoria Nacional de Combate ao Trabalho Infantil), Regina Duarte
da Silva.
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