Cumbica ganha terminal de nível europeu
Após privatização, Brasil tem o maior e
melhor terminal de passageiros da América Latina
11/05/2014 - 11h08
(Da
assessoria da GRU Airport)
-
A GRU Airport, concessionária que administra o aeroporto de Cumbica, em
Guarulhos (SP), inaugurou hoje, dia 11 de maio, o Terminal 3, maior e
melhor terminal de passageiros da América Latina. Neste primeiro
momento, apenas Lufthansa, SWISS e TAP operam no local. Os primeiros
passageiros a passarem pelo novo terminal chegaram às 4h30, provenientes
de Frankfurt, na Alemanha, a bordo de um Boeing 747-8.
O projeto foi inspirado em terminais
europeus, conta com grandes paredes de vidro para aproveitar a
luminosidade natural e aproveita a água da chuva.
O espaço tem capacidade inicial para receber 12 milhões de pessoas por
ano, na primeira fase.
Voltado para voos internacionais, o Terminal 3 tem uma área de 192 mil m2
e conta com tecnologias e equipamentos comparáveis aos dos melhores
aeroportos do mundo.
"O Terminal 3 representa uma mudança de paradigma na infraestrutura
aeroportuária do país. A partir de agora, a experiência do passageiro
com o aeroporto será outra, principalmente em relação à eficiência
operacional, qualidade dos serviços, conforto e segurança", destaca o
presidente do GRU Airport, Antonio Miguel Marques.
Com a entrega do TPS3, a concessionária finaliza a primeira fase de
grandes obras, eliminando os principais gargalos do aeroporto. "Desde
que assumimos a gestão, em fevereiro de 2013, praticamente duplicamos a
oferta em áreas antes críticas", explica o presidente da GRU Airport.
O número de vagas de estacionamento passou de 3,9 mil do período
pré-concessão para 8 mil atuais; os pátios, que antes tinham capacidade
para 61 aeronaves, agora contam com 108 posições; e, com a abertura do
novo terminal e as obras de expansão no TPS2, a área de terminais mais
que dobrou desde o início da concessão, de 191 mil m2 para
387 mil m2.
Inspirado na estrutura dos aeroportos mais modernos da Ásia e da Europa,
o TPS3 é dividido em dois blocos de edifícios, com cinco níveis. O
primeiro é reservado à recepção e processamento de passageiros, onde
estão as áreas de check-in, raios-X, controle de passaporte, alfândega e
restituição de bagagem, enquanto o segundo é um píer de acesso às
aeronaves, com 20 pontes de embarque.
Já a ligação com o Terminal 2 e o edifício-garagem é feita por
passarelas elevadas envidraçadas, equipadas com esteiras rolantes que
permitirão a conexão direta de passageiros em trânsito.
Os dois pátios que atendem ao Terminal 3 têm capacidade para 34
aeronaves. O projeto valoriza a iluminação natural e espaços amplos, que
facilitam a circulação de pessoas em áreas-chave, como saguão de
embarque (check-in), área de restituição de bagagem, controle de
passaporte e alfândega.
As tecnologias instaladas também permitirão agilizar o fluxo de
passageiros. Os totens de autoatendimento para check-in, por exemplo,
permitem imprimir o bilhete de embarque e as etiquetas de bagagem. Os
balcões de check-in estão dispostos em três ilhas, com 30 posições em
cada, totalizando 90. Para passageiros em conexão, há outros 18 balcões.
Outra novidade é o controle de acesso à área restrita, que agora será
feito por meio de portões com leitura ótica do bilhete de embarque. A
área de restituição de bagagem conta com sete grandes carrosséis com
esteiras inclinadas, distribuídos num amplo salão.
Para este ano, também devem entrar em funcionamento o despacho
automático de bagagem e os portões eletrônicos (e-gates) de controle de
passaporte brasileiro e o sistema automático de distribuição de
bagagens, o que deve facilitar ainda mais o fluxo de passageiros no
terminal, além do ganho operacional.
A estrutura do Terminal 3 conta com um espaço maior na área restrita
(após a inspeção de raios-X) do que na área pública, ao contrário dos
Terminais 1 e 2. "A ideia é que o passageiro realize todos os
procedimentos de embarque por conta própria e fique livre para aguardar
o seu voo com tranquilidade e conforto", explica o presidente da GRU
Airport.
Desta forma, a maior parte das lojas está localizada na área restrita,
após os raios-X de inspeção de segurança. São cerca de 100
estabelecimentos comerciais, entre lojas, bares, lanchonetes,
restaurantes, livrarias e serviços gerais, com opções para os diferentes
perfis de público. Haverá, ainda, uma área com 15 lojas de grife, a GRU
Avenue, em referência à 5ª Avenida, em Nova York. No lounge, piso mais
alto do novo terminal, estarão as salas VIP das companhias aéreas e a do
próprio aeroporto, a First Class Lounge.
Para garantir a segurança operacional, a concessionária, em conjunto com
as companhias aéreas e suas prestadoras de serviços (esatas/ground
handlers), e orientada por consultorias internacionais especializadas em
abertura de terminais, decidiu realizar a transferência das empresas
aéreas em fases.
O processo tem início em maio, com a entrada de Lufthansa, SWISS e TAP,
e segue até setembro, quando 21 companhias estarão em operação no
Terminal 3. Até a Copa do Mundo, oito empresas já terão se transferido,
o que representa 25% dos voos internacionais de Guarulhos. Com a
conclusão da transição, 80% das operações internacionais serão atendidas
pelo novo terminal.
Desenvolvido pelo Grupo Typsa/Engecorps, uma das maiores empresas de
engenharia consultiva do mundo, o projeto arquitetônico do Terminal 3
conta diversas soluções sustentáveis.
A arquitetura prioriza a iluminação natural por meio das paredes
envidraçadas, sem o peso das esquadrias. A estrutura permite melhor
economia de energia e ampla visão da área externa do pátio de aeronaves,
além de valorizar os espaços internos, proporcionando maior sensação de
conforto ao usuário.
O passageiro também encontrará jardins internos com vegetação nativa e
paisagem na fachada de traços únicos no mundo. Além disso, a cobertura
do Terminal 3 foi projetada para captar as águas da chuva, que, junto
com as "águas cinzas" de uso leve nos sanitários (lavagem), são
direcionadas a um sistema de tratamento químico. A partir daí, a água é
reutilizada nas descargas de bacias e outros usos que não têm contato
humano direto.
O emprego das águas cinzas e não potáveis proporciona uma economia que
impacta não somente no custo de operação, mas principalmente na
preservação dos recursos hídricos demandados pelo aeroporto.
Em outubro deste ano, a concessionária inicia o projeto de modernização
(retrofit) dos Terminais 1 e 2, em linha com a estrutura adotada no
TPS3. A obra deve durar cerca de 18 meses, com prazo de entrega para o
primeiro semestre de 2016, e proporcionará mais conforto aos passageiros
dos antigos terminais.
O plano diretor do aeroporto prevê, ainda, uma série de obras para os
próximos 10 anos, como novos edifícios-garagens e investimentos em
desenvolvimento imobiliário, com a construção de torres empresariais,
hotéis, centro de convenções, entre outros empreendimentos.
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