ANAC vai punir companhias e pilotos por
atrasos na Copa
Em entrevista à "Folha de S. Paulo",
presidente da agência diz que punição continuará sendo aplicada após o
evento
12/05/2014 - 10h21
(Valdemar
Júnior)
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O presidente da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), Marcelo
Pacheco dos Guaranys, disse em entrevista publicada hoje, dia 12 de
maio, no jornal "Folha de S. Paulo" que as companhias aéreas e pilotos
serão punidos por atrasos de voos durante a Copa do Mundo.
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Rodrigo Zanette - 21/04/2013 |
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Caudas de aeronaves estacionadas no
aeroporto
de Cumbica, em Guarulhos.
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As multas variam de R$ 12 mil a R$ 90 mil
para empresa ou comandante que não utilizar o slot no horário agendado
ou cancelar a operação sem justificativa.
A multa por pouso ou decolagem fora do horário ou pelo seu cancelamento
será de R$ 30 mil por operação. Caso o slot não seja utilizado
intencionalmente, a multa varia entre R$ 24 mil e R$ 60 mil e, caso haja
operação sem pedido de slot a pena variará de R$ 36 mil a R$ 90 mil.
Guaranys afirmou também que, dependendo da gravidade da infração, o
piloto poderá perder o direito de operar em outros aeroportos. A ANAC
também pode suspender o brevê de comandantes de aeronaves particulares
que não utilizarem o slot pedido por até 180 dias.
Análise
Investimento em infraestrutura nos aeroportos e sistemas de navegação
aérea, além da contratação de pessoal técnico da área de aviação por
parte da agência resolveriam os problemas enfrentados pela aviação
brasileira, não apenas durante a Copa do Mundo (a aviação geral é a mais
prejudicada, inclusive com a falta de slots nos principais aeroportos
brasileiros, como Congonhas, em São Paulo, e ainda querem fechar o Campo
de Marte!), pois a punição apenas transfere a culpa pelo futuro caos
aéreo da Copa para usuários (companhias, pilotos e passageiros), que são
obrigados a conviver diariamente com o descaso das autoridades, que
deveriam resolver o problema e não transferir a culpa pelos problemas
causados por pura incompetência do poder público. O Brasil teve 7 anos
para se preparar para a Copa do Mundo e, mesmo assim, não teremos
infraestrutura suficiente para o evento.
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