LATAM teve prejuízo de US$ 41,3 mi no
primeiro trimestre
Resultado foi impactado
pelos custos relacionados à reestruturação da frota
14/05/2014 - 18h45
(Da assessoria da
LATAM)
-
O Grupo LATAM Airlines, que reúne TAM e LAN, registrou prejuízo de US$
41,3 milhões no primeiro trimestre desse ano. A companhia havia
registrado lucro de US$ 42,7 milhões no mesmo período de 2013.
__ |
Divulgação - LATAM |
|
|
|
LATAM continua reduzindo a frota e
adquirindo aeronaves modernas e econômicas para aumentar a
eficiência.
|
Os
números seriam diferentes se fossem retirados os custos relacionados ao
investimento na frota. Nesse caso, a empresa apresentaria lucro de US$
80,7 milhões.
A LATAM registrou lucro operacional de US$ 146,7 milhões (R$ 347
milhões) no primeiro trimestre de 2014, excluindo itens não recorrentes
relacionados à reestruturação da sua frota.
O aumento de 28,5% na comparação com o primeiro trimestre de 2013 foi
provocado por melhorias nos resultados das operações de passageiros do
grupo, em especial no mercado doméstico brasileiro, compensado pela
desvalorização de 16,5% do Real no período e pelo menor resultado do
negócio de cargas.
A margem operacional excluindo os custos não recorrentes chegou a 4,6%,
um aumento de 1,2 ponto percentual em relação aos 3,4% registrados no
mesmo período do ano passado. O lucro líquido no trimestre, excluindo as
despesas não recorrentes de reestruturação, foi de US$ 80,7 milhões (R$
190,8 milhões), enquanto no primeiro trimestre de 2013 o valor foi de
US$ 42,7 milhões (R$ 101,1 milhões).
O Grupo fez uma revisão completa de sua frota e está realizando um amplo
plano de reestruturação, com o objetivo de reduzir o número de modelos
em operação, retirando gradualmente alguns deles e alocando aeronaves
mais eficientes e adequadas para cada mercado.
Como parte desse processo, durante o primeiro trimestre de 2014, a LATAM
reconheceu despesas não recorrentes de US$ 147 milhões (R$ 346 milhões)
referentes à devolução de aeronaves, o que afetou diretamente seu
resultado líquido. Desse total, US$ 34 milhões (R$ 81 milhões) estão
registrados como despesas operacionais com manutenção de aeronaves. Os
demais US$ 112 milhões (R$ 266 milhões) foram provisionados para multas
estimadas com a devolução antecipada de aeronaves e registrados como
"outras despesas não operacionais".
Incluindo essas despesas não recorrentes, o lucro operacional do Grupo
LATAM no primeiro trimestre foi de US$ 112,6 milhões, com uma margem
operacional de 3,5%. O prejuízo líquido no período foi de US$ 41,3
milhões.
Durante o primeiro trimestre do ano, o Grupo LATAM deu sequência ao
movimento de racionalização da oferta nas operações de passageiros e
carga. Como resultado, a receita total do grupo no período foi de US$
3,177 bilhões (R$ 7,514 bilhões) ante US$ 3,409 bilhões (R$ 8,061
bilhões) do primeiro trimestre de 2013. A diminuição de 6,8% é resultado
da queda de 6,4% nas receitas de passageiros e uma redução de 12,5% nas
receitas de carga, parcialmente compensado por um aumento de 11,6% em
outras receitas. Essas variações incluem o impacto negativo da
depreciação média de 18,5% do Real no primeiro trimestre de 2014 em
relação ao primeiro trimestre de 2013 nas receitas denominadas nessa
moeda. As receitas de passageiros e de carga representaram,
respectivamente, 84,6% e 12,7% da receita total no primeiro trimestre do
ano.
A receita de passageiros diminuiu 6,4% durante o trimestre como
resultado de uma queda de 4,3% na oferta (ASK), bem como uma diminuição
de 6,2% no yield (preço médio pago por passageiro em cada quilômetro
voado). O tráfego de passageiros continuou crescendo em todos os
mercados, e atingiram o índice de 82,7%, 3,4 pontos percentuais acima do
mesmo período de 2013. No geral, o RASK (receita por assento por
quilômetro) diminuiu 2,2% em relação ao primeiro trimestre de 2013.
No mercado doméstico brasileiro, a TAM continua reduzindo sua oferta,
porém, em um ritmo mais lento do que em trimestres anteriores, com uma
redução de 3,5% no período em relação ao primeiro trimestre de 2013.
Apesar de racionalização da oferta, a companhia foi capaz de estimular o
tráfego de passageiros em 0,7%, atingindo uma taxa de ocupação de 81,6%,
uma das mais altas do mercado interno brasileiro e que representa um
aumento de 3,4 pontos percentuais em comparação com o primeiro trimestre
do ano anterior. As práticas de segmentação do mercado e gestão da
receita permitiram um aumento significativo de 16,6% do RASK no
trimestre quando medido em Real.
O mercado brasileiro ainda foi beneficiado pela participação da TAM no
segmento corporativo. Dados da Abracorp (Associação Brasileira de
Agência de Viagens Corporativas) apontam que a companhia do Grupo LATAM
liderou as vendas para viajantes a negócio no mercado doméstico durante
o primeiro trimestre de 2014, com 34,2% de participação.
As operações nos países de língua espanhola onde o Grupo opera (Chile,
Peru, Argentina, Colômbia e Equador) também continuam a crescendo, com o
aumento do tráfego de passageiros em 6,6%, e a ampliação da oferta em
5,2%. Isso gerou uma taxa de ocupação de 81,8%, 1,1 ponto percentual
maior que no mesmo período de 2013. No entanto, o yield segue
pressionado nos mercados domésticos pela depreciação das moedas locais,
o que resultou em uma queda de 4,4% na receita por ASK na comparação com
o primeiro trimestre de 2013.
A racionalização das operações internacionais do grupo segue em curso,
em resposta ao mercado europeu ainda fraco e ao aumento da concorrência
nesse mercado. No primeiro trimestre de 2014, a oferta nas operações
internacionais diminuiu 7,5%, enquanto o tráfego diminuiu apenas 2,8%,
resultando em uma taxa de ocupação de 83,7%, um aumento de 4,1 pontos
percentuais em comparação com o primeiro trimestre de 2013. O yield
permaneceu estável, mesmo com o aumento da competição e a diminuição das
vendas na Argentina.
O grupo segue confiante em sua estratégia de diminuir a oferta nos voos
internacionais, tanto no Brasil quanto nos países de língua espanhola, e
de consolidar o aeroporto de Cumbica como principal hub para o tráfego
internacional na América do Sul. Essas mudanças serão fundamentais para
a melhoria dos resultados nas operações internacionais da LATAM.
O Grupo LATAM também está racionalizando sua oferta de carga para
enfrentar o cenário desafiador e competitivo no mercado
latino-americano, enquanto continua a maximizar a utilização do espaço
de carga da frota de aeronaves de passageiros. A capacidade de carga
teve uma queda de 6,6% no primeiro trimestre de 2014 em relação ao mesmo
período de 2013. Isso resultou em um aumento de 2,5 pontos percentuais
na taxa de ocupação de cargas, que chegou a 58,7% no primeiro trimestre
de 2014.
As receitas de carga diminuíram 12,5% no período como resultado do
declínio de 2,4% no tráfego de carga e uma queda de 10,4% no yield. A
diminuição é reflexo do impacto negativo da desvalorização de 18,5% do
Real durante o primeiro trimestre de 2014 na receita de cargas no
mercado interno brasileiro.
|