Mecânicas aeronáuticas conquistam
espaço na Helibras
Procura feminina por atividades de
manutenção tem aumentado na fabricante de helicópteros
07/03/2014 - 22h51
(Da assessoria da
Helibras)
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Em um ambiente prioritariamente masculino, uma mulher se destaca no
hangar de manutenção da Helibras, única fabricante de helicópteros na
América Latina. Desde 2009, Tamires Cristina Ramos Francisco, paulista
de 24 anos, deixou a mecânica de automóveis para lidar com asas
rotativas e tornar-se a primeira mulher mecânica aeronáutica a trabalhar
no hangar de manutenção da empresa, em Itajubá (MG).
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Divulgação - Helibras |
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Tamires Cristina Ramos Francisco,
a
primeira mulher mecânica aeronáutica a trabalhar no hangar de manutenção
da empresa, em Itajubá (MG).
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Natural de Taubaté (SP), o primeiro
contato da jovem foi com a mecânica automobilística, no SENAI de sua
cidade. Depois, iniciou o curso técnico em aeronáutica especializado em
motores e célula pela Escola Municipal de Ciências Aeronáuticas (EMCA).
Foi a partir da experiência de trabalho na Aviação do Exército (AvEx),
em 2009, que Tamires adquiriu experiência para ingressar na Helibras.
"Em 2012, mudei-me para Itajubá para trabalhar na empresa e transferi o
curso técnico para a graduação de Engenharia Mecânica numa faculdade
local. Era a oportunidade de investir em minha carreira e crescer
profissionalmente", ela conta.
Na empresa, desde o ingresso de Tamires até hoje é crescente a procura
feminina por profissões predominantemente masculinas na área da
aeronáutica. "Percebemos especialmente um aumento no interesse pelos
cursos de especialização, por parte de pilotos e mecânicas já formadas
ou jovens que querem fazer carreira nesse mercado de trabalho. Temos uma
turma do curso Mecânico de Manutenção Aeronáutica na qual há duas alunas
em formação", diz Cintia Trentini, gerente do Centro de Treinamento da
Helibras.
Nos demais cursos oferecidos ao longo deste ano pelo CT, apesar do
volume pequeno, 23 mulheres já se formaram entre um total de 840 alunos.
Esse caminho foi aberto em 1994, ano em que a Helibras formou a primeira
mecânica, após 16 anos de instalação da fábrica no Brasil. A
possibilidade de atuar no setor e consolidar uma carreira bastante
promissora é uma das motivações das candidatas.
A equipe de mecânicos de manutenção da Helibras conta apenas com a
presença feminina de Tamires. Mas as mulheres já ocupam outros
departamentos fabris, como a linha de produção e a cablagem, área
responsável pela montagem dos sistemas de transmissão das aeronaves.
O cargo de mecânico de manutenção aeronáutica exige dedicação e cuidado
extremos. Esse profissional terá como responsabilidade a segurança
operacional dos helicópteros da marca e quaisquer erros durante a
atividade podem acarretar graves acidentes. Na Helibras, além de
trabalhar em reparos e revisões periódicas de aeronaves no hangar da
empresa, o técnico pode prestar seus serviços na base do cliente, para
mais de um modelo de aeronave.
Tamires sabe que ser pioneira na área é uma responsabilidade e tanto.
"Sinto que, se eu falhar, será como se estivesse fechando as portas para
as próximas garotas que quiserem trabalhar com isso", ela diz. Mas, em
meio à pressão de ser a primeira, a funcionária já se habituou ao
ambiente e ao trabalho exercido. "Não é fácil, mas também não é
impossível. É tudo uma questão de se adaptar e, claro, amar o que faz",
garante Tamires.
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