Lufthansa confirma resultado
operacional previsto para 2014
Empresa espera por lucro de um bilhão de euros, apesar de greves
03/11/2014 - 19h27
(Da assessoria da Lufthansa no Brasil)
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O Grupo Lufthansa mantém a meta de lucro para 2014, apesar das
dificuldades do terceiro trimestre e dos prejuízos no valor de 170
milhões de euros decorrentes de greves.
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Divulgação - Boeing |
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Boeing 747-830, prefixo D-ABYA, da Lufthansa.
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O grupo pretende obter lucro operacional de um bilhão de euros no
exercício de 2014.
A previsão não inclui prejuízos decorrentes de eventuais outras greves
até o final do ano.
A previsão tem por base o bom resultado do final do terceiro trimestre.
O grupo obteve lucro operacional de 849 milhões de euros no período de
janeiro a setembro, 186 milhões de euros a mais do que no mesmo período
do ano anterior.
Ajustado pelos custos de reestruturação e projetos, isto corresponde a
um lucro de aproximadamente um bilhão de euros nos primeiros nove meses
do ano. No terceiro trimestre, o lucro foi de 735 milhões de euros, um
aumento de 145 milhões de euros em relação ao terceiro trimestre de
2013.
"A fim de assegurarmos nossa competitividade no longo prazo, estamos nos
empenhando inteiramente na implementação do nosso programa de trabalho
com sete campos de atuação, onde qualidade, inovação e eficiência são os
principais focos", disse Carsten Spohr, presidente da Deutsche Lufthansa
AG.
"Investimos massivamente em qualidade e serviços para os nossos clientes
e desenvolvemos novos grupos de clientes e possibilidades de crescimento
com novas estruturas e modelos de negócios inovadores. Além disso,
continuamos desenvolvendo as áreas de negócios existentes, aumentando
continuamente sua eficiência. Estou muito confiante quanto ao sucesso
dessa estratégia, pois a Lufthansa tem provado ao longo dos anos que a
empresa reage com flexibilidade às mudanças dinâmicas dos mercados e
sempre sai fortalecida dos desafios enfrentados", continua Spohr.
O programa de trabalho apresentado pelo chefe do grupo em meados de
julho prevê que os faturamentos das empresas prestadoras de serviços e
dos novos modelos de negócios deverão aumentar em até 40%. Para tanto
deverá contribuir, entre outros, o conceito de plataformas múltiplas
Wings, no qual os serviços ponto-a-ponto das empresas aéreas de
passageiros deverão ser harmonizados e novas oportunidades de
crescimento desenvolvidas.
Dentro do grupo de empresas aéreas Lufthansa com as marcas de qualidade
Lufthansa, SWISS, Austrian Airlines e Brussels Airlines, as estruturas
de vendas deverão ser harmonizadas, e a responsabilidade pelos clientes
corporativos globais, centralizada. Ao mesmo tempo, as estruturas
tarifárias e classes de preços das empresas aéreas nas rotas de curta e
média distância deverão ser ajustadas entre si.
Dessa forma, o Grupo Lufthansa poderá fazer melhores ofertas de vendas
aos seus clientes, incluindo os serviços aéreos de todas as empresas
aéreas, o que reduzirá os custos internos de coordenação. Além disso,
uma estratégia conjunta e abrangente deverá fortalecer a posição do
grupo de empresas aéreas perante a concorrência.
Os passageiros perceberão as primeiras vantagens já no próximo ano por
meio da combinação sensivelmente melhorada de ofertas das empresas
aéreas.
As empresas de prestação de serviços e a Lufthansa Cargo obtiveram bons
resultados nos primeiros três trimestres do ano em curso. Quatro das
cinco áreas de negócios registraram lucro maior em relação ao ano
anterior. O resultado dos primeiros nove meses dos negócios de
passageiros foi prejudicado principalmente pelos custos e perdas de
rendimentos decorrentes das greves de pilotos.
"É do interesse de todos os funcionários, clientes e acionistas que
encontremos soluções que garantam a viabilidade sustentável da nossa
empresa nas próximas décadas. Também não podemos ignorar este assunto
nas discussões salariais em curso", comentou Carsten Spohr.
Além dos prejuízos decorrentes das greves, o resultado dos negócios de
passageiros nos primeiros nove meses do ano também foi afetado pela
forte pressão da concorrência e concomitante redução das receitas médias
das empresas aéreas. Apesar disso, as receitas de tráfego no terceiro
trimestre voltaram a aumentar graças à forte demanda e à gestão de
espaço flexível e orientada pela demanda.
O aproveitamento de espaço nas empresas aéreas de passageiros bateu novo
recorde no trimestre. Os menores custos de reestruturação e a
amortização de aviões também beneficiaram o resultado em relação ao ano
anterior. Apesar dos 2,2% de voos a menos, o Grupo Lufthansa conseguiu
manter praticamente estável o faturamento, que chegou a 22,6 bilhões de
euros. O resultado do grupo nos primeiros nove meses do ano ficou em 482
milhões de euros, 235 milhões de euros a mais do que no ano anterior.
"Em meio às dificuldades do mercado e concorrência acirrada, chegamos ao
final do terceiro trimestre com um resultado sólido, de forma que
podemos confirmar nossa previsão para o exercício em curso", diz Simone
Menne, diretora financeira e de serviços de aviação da Deutsche
Lufthansa AG.
"Mas a previsível desaceleração econômica e a redução das receitas
médias nos negócios de passageiro deverão redimensionar nossos
parâmetros no próximo ano. Por isso, tivemos que ajustar nossa previsão
para 2015, apesar de contarmos com um resultado nitidamente maior que o
deste ano. A médio prazo, deveremos conseguir melhorar nosso resultado
operacional, apesar das enormes somas que teremos que investir. Essa
necessidade e o endividamento em alta representam indicadores nítidos de
que teremos que nos redirecionar com as mudanças estruturais que estamos
iniciando agora", disse Simone.
Por isso, as empresas aéreas do Grupo Lufthansa estão fazendo frente à
pressão sobre as receitas médias reduzindo o crescimento de capacidade
planejado em quilômetros-assento para 2015 de 5% para 3%.
Na área de negócios de transporte de passageiros, o grupo obteve lucro
de 473 milhões de euros (-41 milhões de euros) de janeiro a setembro. A
Lufthansa Passage contribuiu com 260 milhões de euros (-56 milhões de
euros), resultado também devido ao lucrativo tráfego da empresa dentro
da Europa. A Germanwings, que deverá assumir o último serviço
ponto-a-ponto europeu em 8 de janeiro na rota Dusseldorf-Zurique, também
continua contando com lucro operacional em 2015.
O recuo das receitas médias e o prejuízo decorrente das greves de
pilotos deram origem ao lucro menor em relação ao ano anterior. A fim de
fortalecer a lucratividade, a modernização da frota prevê que o número
de aeronaves do Grupo Lufthansa se mantenha estável também em 2015.
A SWISS obteve 217 milhões de euros de lucro (+35 milhões de euros). O
resultado operacional da Austrian Airlines foi de menos sete milhões de
euros (-26 milhões de euros). O recuo em relação ao ano anterior também
está relacionado aos custos decorrentes do novo acordo coletivo previsto
para aeronautas e aeroviários, cuja perspectiva, porém, é de efeito
positivo para a empresa.
A mudança no método de amortização beneficiou todas as empresas aéreas
do grupo, contribuindo com um total de 260 milhões de euros para o
resultado dos primeiros nove meses.
A Lufthansa Technik obteve um lucro alto de 335 milhões de euros (+3
milhões de euros), a LSG-SkyChefs lucro de 66 milhões de euros (+3
milhões de euros) e a Lufthansa Systems lucro de 21 milhões de euros (+4
milhões de euros). Na área de negócios logística, o lucro operacional
aumentou seis milhões de euros, para 51 milhões de euros, beneficiado
também pelos efeitos sobre o resultado do ano anterior.
O faturamento do grupo nos primeiros nove meses foi de 22,6 bilhões de
euros, 0,6% a menos do que no mesmo período do ano anterior. Os
rendimentos empresariais do grupo diminuíram 0,6%, para 24,2 bilhões de
euros. Paralelamente, porém, foi possível reduzir desproporcionalmente
os custos empresariais de janeiro a setembro em 1,9%, recuando para 23,3
bilhões de euros.
Os custos de combustível diminuíram 269 milhões de euros, ou seja, 4,9%,
para 5,2 bilhões de euros. O valor inclui o resultado do programa de
proteção de preços de menos 53 milhões de euros. As taxas ficaram 1,4%
acima do valor do ano anterior.
Nos primeiros nove meses de 2014, o Grupo Lufthansa obteve um resultado
operacional no valor de 849 milhões de euros. O resultado do grupo foi
de 482 milhões de euros, um aumento de 235 milhões de euros. O resultado
por ação aumentou para 1,05 euro (ano anterior: 0,54 euro) nos primeiros
nove meses.
No período analisado, o Grupo Lufthansa aumentou os investimentos em
modernização e manutenção da frota para 1,9 bilhão de euros. Ao todo, o
grupo investiu 2,2 bilhões de euros, 339 milhões de euros a mais do que
no mesmo período do ano anterior. O fluxo de caixa operacional foi de
2,1 bilhões de euros, o fluxo de caixa livre (fluxo de caixa operacional
menos investimentos líquidos) de 229 milhões de euros.
No final do terceiro trimestre de 2014, o grupo registrou um aumento de
567 milhões de euros no endividamento de crédito líquido, de 2,3 bilhões
de euros, em comparação ao exercício de 2013. A quota de capital próprio
foi de 15,2%, 5,8 pontos percentuais a menos do que no fechamento do
exercício de 2013.
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