Governo estimula investimentos para a aviação executiva
FI-FGTS é um agente facilitador
de políticas de investimentos em infraestrutura
22/09/2014 - 18h53
(Da assessoria da Secretaria de Aviação Civil)
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O governo federal colocará dois fundos à disposição dos investidores com
o objetivo de fomentar projetos para os novos aeroportos privados da
aviação executiva. Trata-se do Fundo de Investimento do Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS) e do Caixa FIP Integração
Logística.
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Divulgação - Aerovale |
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Obras no Aerovale.
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O
FI-FGTS é um agente facilitador de políticas de investimentos em
infraestrutura. E o Caixa FIP é um novo fundo de investimento do banco
estatal, com capital de R$ 1,04 bilhão.
Para conhecê-los, um grupo de 16 investidores participou, hoje, dia 22
de setembro, do seminário "A aviação geral no Brasil: desafios para o
desenvolvimento", no escritório da Presidência da República em São
Paulo. O seminário contou com executivos da Vice-Presidência de Gestão
de Ativos de Terceiros da Caixa e técnicos da Secretaria de Aviação
Civil (SAC).
Os eventuais aportes se darão em troca de participação acionária nos
empreendimentos e visam suprir a carência de financiamento atrativo a
esses aeroportos. "São investimentos de maturação de longo prazo e risco
muito baixo. Uma área adequada para quem pretende investir com retorno
alto", afirmou o ministro da Aviação Civil, Moreira Franco, durante o
encontro. "O negócio tem futuro. A Caixa percebe que o negócio tem
futuro", completou.
Segundo o diretor do Departamento de Outorgas da SAC, Ronei Saggioro, o
banco tem disponibilidade de recursos para investimentos em
infraestrutura. Esses investimentos permitem que os empreendedores se
capitalizem no momento mais crucial do projeto, que é o início.
Ele conta que o principal objetivo dos fundos de investimentos é
permitir disponibilidade maior de capital para que o empreendedor dê
início à obra, construa o aeroporto e o opere nos primeiros anos até que
o empreendimento se viabilize como negócio. "Quaisquer negócios em
infraestrutura e transporte não são viabilizados nos primeiros dias. É
por isso que os fundos de investimento são fundamentais para os
empreendimentos. E eles não são gestores. Quem vai gerir o
empreendimento é o sócio privado", explicou.
A aviação executiva é um ramo novo de negócios aeroportuários no Brasil.
A possibilidade de investir no setor foi aberta em dezembro de 2012, com
um decreto que criou a modalidade de outorga por autorização. Por ela,
aeroportos privados podem operar como aeródromos civis públicos,
mediante cobrança de tarifa.
O Brasil tem a segunda maior frota de aviação geral do mundo, atrás
apenas dos Estados Unidos. A frota tem quase 14 mil unidades entre
jatinhos, turboélices, helicópteros e aviões agrícolas. Segundo o
ministro Moreira Franco, essa frota precisa de aeroportos modernos e bem
estruturados, mas esse tipo de empreendimento encontra-se numa espécie
de hiato de apoio.
"Temos no Brasil uma instituição que cuida dos micro e pequenos
empreendedores, que ajuda, que instrui, que dá cursos, que ensina. Para
os grandes, nós temos o BNDES. Para os médios empreendedores, não temos
quem faça esse tipo de trabalho", afirmou.
Segundo o ministro, o sistema bancário privado precisa emular a Caixa e
também investir em aeroportos executivos. "Está na hora de o sistema
bancário privado olhar esses empreendimentos como sistema alternativo de
negócios. Existe uma série de fundos e possibilidade de financiamentos
que são adequados para esse investimento, de baixo risco", disse.
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