Airbus prevê mais 31 mil aviões nos
próximos 20 anos
Valor das aeronaves poderá chegar a US$ 4,6 trilhões
25/09/2014 - 18h45
(Da assessoria da Airbus no Brasil)
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Já faz 100 anos desde que o primeiro passageiro pagante em 1914. Hoje,
32 milhões de voos transportam três bilhões de passageiros e 50 milhões
de toneladas de frete por ano. Globalmente, o impacto econômico do setor
de aviação está estimado em US$ 2,4 trilhões anualmente. A aviação atual
é parte integrante de empregos, do comércio nacional e internacional e
tornou-se uma necessidade.
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Divulgação - Airbus |
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Airbus A320-271N, prefixo F-WNEO, decola
pela primeira vez. Airbus estima que serão necessárias 22 mil aeronaves
de fuselagem estreita, como o A320neo, nos próximos 20 anos.
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Nos próximos 20 anos (2014-2033), de
acordo com a Previsão de Mercado Global da Airbus, o tráfego de
passageiros crescerá anualmente 4,7%, demandando, aproximadamente,
31.400 novas aeronaves de passageiros e carga (acima de 100 assentos) no
valor de US$ 4,6 trilhões.
A frota para passageiros e carga aumentará dos atuais 18.500 para 37.500
aviões até 2033, um aumento de quase 19 mil unidades, segundo a Airbus.
Cerca de 12.400 aviões de passageiros e carga com menos eficiência de
combustível serão aposentados.
As taxas de crescimento econômico em mercados emergentes como Ásia,
América Latina, África e Oriente Médio superam as de regiões mais
economicamente desenvolvidas. Um efeito considerável é que as classes
médias na Ásia devem quadruplicar de tamanho até 2033, enquanto
globalmente passarão de 33% para 63% da população mundial.
Como resultado da maior urbanização e concentração de riqueza, o número
de megacidades de aviação no mundo inteiro dobrará para 91. Essas
cidades concentrarão 35% do PIB (Produto Interno Bruto) mundial e mais
de 95% de todo o tráfego de longa distância partindo de ou passando por
elas.
Para a Airbus, em economias avançadas, os fluxos de tráfego
internacional serão os de crescimento mais rápido. Nas economias
emergentes da América Latina, África e Ásia-Pacífico, fluxos
intrarregionais e domésticos crescerão mais rapidamente. Por exemplo, a
simulação de novo tráfego aliada a maior acessibilidade de todas as
viagens aéreas verá a Índia registrar os fluxos domésticos de
crescimento mais rápido e se tornar um dos 10 maiores mercados até 2033.
"A aviação está crescendo de forma impressionante e nossa última
previsão confirma o crescimento de longo prazo. Enquanto regiões mais
maduras como Europa e América do Norte continuarão crescendo, a Ásia se
destacará junto com mercados emergentes pelo desenvolvimento dinâmico",
afirma John Leahy, COO para clientes da Airbus. "Essa tendência de
crescimento é confirmada pelo fato de que o tráfego doméstico chinês se
tornará o maior mercado de aviação do mundo nos próximos 10 anos",
completa Leahy.
No mercado de fuselagem larga, a Airbus prevê uma tendência contínua em
direção a modelos maiores, com aeronaves voando em rotas de longo
alcance e também em uma gama crescente de setores regionais e
domésticos. Como resultado, a Airbus prevê uma necessidade de,
aproximadamente, 9.300 aeronaves de passageiros e carga de fuselagem
larga nos próximos 20 anos, no valor aproximado de US$ 2,5 trilhões.
Isso representa 30% de todas as novas entregas de aviões no período da
previsão e 55% por valor.
"Vemos um crescimento especialmente forte em aviões largos de dois
corredores como nossos A350 XWB e A330neo. A demanda supera a oferta
para essas aeronaves de nova geração, especialmente no período entre
2017 e 2022 e além, então, naturalmente, estamos estudando aumentos de
produção nos dois modelos", diz John Leahy.
O primeiro A350 XWB será entregue ainda neste ano, e o primeiro A330neo,
em 2017. A demanda por fuselagem larga incluirá, aproximadamente, 7.800
aviões de dois corredores com 250 a 400 assentos e, aproximadamente,
1.500 aeronaves supergrandes com mais de 400 assentos para operação em
rotas mais movimentadas.
Refletindo um crescimento acima da média e concentração de populações em
torno das cidades, quase metade dos novos aviões de fuselagem larga para
passageiros será entregue a operadoras sediadas na região da
Ásia-Pacífico, seguido pelo Oriente Médio (16%), Europa (15%) e América
do Norte (9%).
A Airbus espera estar bem posicionada para conquistar a liderança no
mercado de aeronaves widebody, com o A330, o A350 e o A380 representando
a linha de produtos de 200 a mais de 500 assentos mais moderna
disponível hoje. No mercado de aeronaves widebody, onde a família A320 e
a última geração da família A320neo estão firmemente estabelecidas como
líderes de mercado globais, a mais recente previsão da Airbus observa
uma necessidade de mais de 22 mil aeronaves novas no valor de US$ 2,1
trilhões nos próximos 20 anos, um aumento de 2.000 unidades em
comparação com a previsão anterior, representando 70% de todas as
unidades novas e 45% do valor de todas as entregas.
A demanda por aeronaves de um corredor continuará alta em mercados como
Europa e América do Norte, recebendo cerca de 22% e 21% dos aviões desse
modelo, respectivamente. Entretanto, as duas regiões serão superadas
pela aceleração na demanda de aeronaves de um corredor na Ásia. Isso,
segundo a Airbus, será conduzido principalmente pelos mercados
domésticos na China e na Índia, além do crescente segmento de baixo
custo no Sudeste Asiático, com cerca de 37% de todas as entregas de um
corredor indo para a região da Ásia-Pacífico.
O crescimento do tráfego levou a um aumento no tamanho médio das
aeronaves de 40% desde a década de 1980, com companhias aéreas
selecionando modelos maiores ou aumentando os backlogs existentes.
Aviões maiores como o A380, combinados com fatores de carga mais altos,
usam os slots limitados com mais eficiência e contribuem para o aumento
no número de passageiros sem voos adicionais como anunciado pelo
aeroporto de Heathrow, em Londres.
O foco no crescimento sustentável permitiu reduções na queima de
combustível e ruídos de pelo menos 70% nos últimos 40 anos e essa
tendência continua com inovações como o A320neo, o A330neo, o A380 e o
A350 XWB.
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