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ANAC vai cobrar qualidade de serviço de aeroportos estatais
Aeroportos privatizados já são avaliados pela agência

02/04/2015 - 22h25
(Da assessoria da ANAC)
- A ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) informou hoje, dia 2 de abril, que os aeroportos públicos serão avaliados segundo indicadores de nível de serviço, tal como acontece com aqueles operados pelas concessionárias.

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Rodrigo Zanette - 30/11/2010

AVIAÇÃOPAULISTA.COM

Passageiros subindo pela escada rolante para embarcar no aeroporto de Congonhas, em São Paulo (SP).
 

A proposta de norma foi aprovada pela diretoria da agência no dia 17 de março e está em audiência pública para receber contribuições até 6 de maio.

Pela minuta, o desempenho desses indicadores terá impacto nas tarifas aeroportuárias dos aeroportos públicos que movimentam mais de cinco milhões de passageiros por ano.

As tarifas de embarque cobradas dos passageiros poderão variar conforme o serviço prestado, ou seja, quanto melhor o serviço, maior o reajuste a ser autorizado e, quanto pior, menor o percentual aprovado.

Segundo a ANAC, o objetivo da agência com as novas regras é contribuir para melhorar a qualidade de serviço prestado por esses aeroportos aos usuários.

Os indicadores observados dividem-se em operacionais (disponibilidade do sistema de restituição de bagagens; disponibilidade de pontos de embarque; atendimento a passageiros com necessidade de atendimento especial em pontes de embarque; disponibilidade de elevadores, escadas e esteiras rolantes e atendimento a passageiros em pontes de embarque) e dimensionais (serviços e instalações de bagagem, banheiros, check-in, controle de fronteira, estacionamento, informação de voo e sinalização, salas de embarque e segurança).

O impacto nas tarifas poderá ser de redução de até 2,5% ou bônus de até 1%, de acordo com o desempenho dos indicadores de cada aeroporto observado. Esse impacto tarifário será aplicado a partir de 2018.

Os aeroportos não privatizados com movimento superior a 5 milhões de passageiros por ano atualmente são os de Congonhas (17,3 milhões), Santos Dumont (9,3 milhões), Salvador (8,8 milhões), Porto Alegre (7,9 milhões), Curitiba (7,8 milhões), Recife (6,8 milhões) e Fortaleza (5,9 milhões).

Para a implementação da proposta, a agência está propondo outros regulamentos que vão compor um marco mais abrangente para a gestão aeroportuária, não restrito apenas aos aeroportos concedidos, e que aproxime, à medida do possível, o modelo que vem sendo empregado nas concessões aos aeroportos administrados pela Infraero.

Um desses regulamentos, também submetido à audiência pública, prevê regras uniformes para prestação de informações contábeis e societárias individualizadas dos aeroportos (concedidos ou não), com movimento superior a 2 milhões de passageiros por ano.

O cumprimento dessa futura norma permitirá à agência conhecer a realidade de cada aeroporto, contribuindo para que venham a ser cobrados por seu desempenho e, consequentemente, fiscalizados com mais eficácia.

Outra proposta de norma institui modelo de apresentação de dados de movimentação aeroportuária individualizada dos aeroportos (concedidos ou não) com movimento superior a 2 milhões de passageiros por ano.

O objetivo é padronizar as informações que chegarão à ANAC acerca de passageiros, aeronaves e cargas para melhorar o acompanhamento e fiscalização das exigências e dos indicadores eventualmente estabelecidos para cada um deles.

A padronização dessas informações e a exigência por novos dados pelos operadores proporcionará mais conhecimento sobre o setor, mais controle social e transparência, permitindo que a ANAC atue de forma mais efetiva na execução de suas atividades regulatórias.

"Nosso empenho por uma regulação mais abrangente visa induzir nos aeroportos concedidos e não concedidos a busca contínua pela prestação de melhores serviços para a população e incentivar cada vez mais a concorrência entre eles", explica o diretor-presidente da ANAC, Marcelo Guaranys.

Para fortalecer a gestão centralizada de regulação dos aeroportos, a agência alterou sua estrutura interna com a criação de uma nova unidade organizacional: Superintendência de Regulação Econômica de Aeroportos (SRA).

Essa nova unidade vai centralizar a gestão da exploração de infraestrutura aeroportuária, tanto dos contratos de concessão quanto dos aeroportos públicos que, a partir da harmonização de normas, também serão fiscalizados pela qualidade do serviço prestado e pela adequada oferta de infraestrutura.

      

 
 
 
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