Evento debateu os desafios do ground
handling no Brasil
Workshop sobre Gestão de Frota
abordou a questão da manutenção dos equipamentos e a qualidade dos
serviços
22/04/2015 -
18h53
(Da assessoria da ABESATA)
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No primeiro workshop sobre Gestão de Frota GSE (Ground Support Equipment),
realizado na última quinta-feira, dia 16 de abril, em São Paulo,
estiveram reunidos companhias aéreas, fabricantes de equipamentos e
prestadores de serviços auxiliares.
O objetivo foi a troca de experiência e a busca de maneiras para atender
cada vez melhor o volume crescente de passageiros da aviação civil
brasileira.
O evento foi realizado pela ABESATA (Associação Brasileira das Empresas
de Serviços Auxiliares de Transporte Aéreo).
A proposta de discutir a manutenção dos equipamentos de ground handling
surgiu há algumas semanas, em um debate entre Rodrigo Simões, gerente
nacional de gestão de frota GSE da TAM, e Ricardo Aparecido Miguel,
presidente da Abesata.
"Vimos que havia muito para discutir, trocar experiências e criar
padrões", disse Miguel. Simões apresentou durante o workshop sobre
Gestão de Frota GSE (Ground Support Equipment) o sistema que implantou
na área de GSE da TAM, trazendo conceitos da manutenção aeronáutica em
que atua há 17 anos.
Para Jorge Leal, presidente da ABRASET (Associação Brasileira de
Fornecedores de Serviços, Equipamentos e Tecnologia para Aeroportos), a
demanda vai continuar a crescer e os aeroportos vão precisar aumentar a
capacidade, seja com melhores processos e mais instalações e
equipamentos.
"Se tem fila para controle de passaporte, fica mais barato instalar
leitor de passaporte", explica Leal. O executivo ressalta que será
necessário um trabalho de convencimento das autoridades aeroportuária
para melhorar os processos e aumentar a capacidade sem altos
investimentos.
O workshop sobre Gestão de Frota GSE (Ground Support Equipment) também
abriu espaço para os fabricantes de equipamentos falarem de manutenção.
Para Jéssica Simões, da TLD, fabricante chinês de equipamentos, presente
há 13 anos no mercado, é fundamental observar que a manutenção
preventiva feita com peças de reposição indicadas aumenta a vida útil do
equipamento.
Já Dennis Misrahi, gerente comercial da Rucker, fabricante brasileiro
com 44 anos de mercado, fez uma análise histórica do conceito de
manutenção dos equipamentos de ground handling, mostrando que nem todas
as companhias já adotaram o conceito moderno de engenharia de
manutenção.
A americana JBT, através do gerente de qualidade, Silvio Bergamaschi,
apresentou um case de manutenção, explicando como funciona o software
desenvolvido pela empresa e os índices de desempenho.
"Com eventos como este queremos mostrar para as autoridades aeronáuticas
e diversos clientes como podemos funcionar melhor e até como podemos ser
fiscalizados", disse o presidente da ABESATA.
No fim do evento, gestores de companhias aéreas, empresas auxiliares e
fabricantes trocaram ideias e debateram outros problemas que já possuem
em comum e que podem buscar soluções conjuntamente.
No Brasil, as chamadas ESATAs (Empresas de Serviços Auxiliares de
Transporte Aéreo) estão presentes em 70% das operações da aviação
comercial, seja na realização de serviços operacionais (abastecimento de
água, catering, carregamento de bagagem, etc.), serviços de proteção,
serviços de emergência e serviços comerciais. Os dados fazem parte do
levantamento do 1° Anuário Brasileiro de Serviços Auxiliares de
Transportes Aéreos, lançado no fim do ano passado.
Ao todo existem hoje 211 empresas de ESATAs no Brasil, sendo que a maior
parte está em São Paulo, 70 companhias, seguido de Minas Gerais, com 45,
Rio de Janeiro, 36, e Rio Grande do Sul, com 31 empresas do setor. A
maioria se concentra na prestação de serviços operacionais para as
empresas aéreas regulares, 147 empresas, mas muitas estão envolvidas com
outros serviços, tais como atendimento de aeronaves (60), limpeza de
aeronaves (50), movimentação de carga (50), atendimento e controle de
embarque de passageiros (38), entre outros.
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