Recessão no Brasil é destaque em
relatório da IATA
Enquanto demanda global cresceu
7,5%, país registrou queda de quase 6% segundo a ABEAR
03/12/2015 - 17h28
(Da assessoria da ABEAR)
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A piora do cenário econômico brasileiro foi o destaque negativo em
relatório divulgado hoje, dia 3 de dezembro, pela Associação
Internacional do Transporte Aéreo (da sigla em inglês IATA), com dados
operacionais do setor.
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Rodrigo Zanette - 21/04/2013 |
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Caudas de aeronaves estacionadas no
aeroporto
de Cumbica, em Guarulhos (SP).
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Nele, a entidade informa um crescimento de
7,5% na demanda global por viagens aéreas domésticas e internacionais em
outubro, em relação a igual mês de 2014. Em contrapartida, no Brasil
esse índice recuou 6% na mesma base de comparação.
"A história da indústria de viagens aéreas é geralmente boa, mas há
alguns pontos fracos. O transporte aéreo brasileiro, por exemplo, foi
pego por uma perfeita tempestade de aprofundamento de sua recessão,
altos custos e moeda fraca. Na maior parte do mundo, contudo, nós vemos
uma forte demanda por viagens aéreas, superior ao crescimento da
capacidade", afirmou o diretor-geral e CEO da IATA, Tony Tyler.
O resultado brasileiro foi o pior em todo o mundo, segundo a IATA. Só a
Austrália também teve índice negativo de demanda, de 0,7%. No último dia
26 de novembro, a ABEAR (Associação Brasileira das Empresas Aéreas)
divulgou os resultados operacionais de suas associadas.
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Demanda aérea doméstica caiu quase 6% em outubro
A oferta global de assentos teve alta de 5,7% em outubro, em relação ao
mesmo mês do ano passado. A taxa média de ocupação dos aviões ficou em
80,5%. A queda no preço médio global das passagens aéreas, em torno de
5% nos acumulado dos oito primeiros meses de 2015, tem contribuído para
o bom desempenho mundial do setor, de acordo com a IATA.
De janeiro a outubro, a demanda por viagens aéreas acumula alta de 6,8%,
ante igual período de 2014. A capacidade das aeronaves mostrou
crescimento de 6% na mesma base de comparação, com taxa média de
aproveitamento dos aviões de 80,7%.
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