Aumenta o interesse por condomínios
aeronáuticos no Brasil
Brasileiros já usam o avião como
meio de transporte de casa para o trabalho
11/02/2015 -
18h29
(Da assessoria da Maia Arquitetura)
-
Cada vez mais, os brasileiros estão descobrindo que possuir um aeronave
não é um luxo, mas sim uma forma de otimizar o tempo e facilitar os
deslocamentos, principalmente para o trabalho. Tanto assim, que os
condomínios aeronáuticos estão em alta e tem várias pessoas que já
optaram por construir a casa onde podem ter uma aeronave na garagem.
__
|
Divulgação - TAM AE |
|
|
|
Condomínio Aeronáutico Costa Esmeralda, localizado em Porto Belo (SC).
|
"A distância entre os destinos muda de
perspectiva para quem conta com um avião", explica o arquiteto Ernani
Maia, especializado em projetos aeronáuticos.
Segundo ele, uma pessoa pode morar a uma hora de voo de casa e ir e vir
todos os dias sem muito sofrimento. De carro, viajar 500 ou 600
quilômetros seria inviável.
Na visão do especialista, no passado as cidades cresciam perto dos
portos, depois das ferrovias, das rodovias, agora, em torno dos
aeroportos.
"Por isso nada mais natural que as pessoas queiram morar perto de pistas
de pouso, assim estão a poucos metros de qualquer lugar do mundo, basta
ligar os motores e decolar", diz Maia.
Do ponto de vista da arquitetura aeronáutica, quem escolhe viver nos
chamados condomínios aeronáuticos constrói uma casa voltada para a
aeronave. Os projetos colocam o avião em destaque, com garagens
integradas com a sala e acesso direto à pista.
De acordo com Maia, esta demanda não vem necessariamente dos
proprietários de aeronaves de maior alcance ou de jatos mais
sofisticados. Mas sim de um perfil de dono de aeronave que começa com um
modelo experimental, depois parte para o monomotor e vai trocando de
avião para ganhar mais conforto e maior autonomia.
Os dados do Anuário Brasileiro de Aviação Geral, editado pela ABAG
(Associação Brasileira de Aviação Geral), reforçam a avaliação de Maia.
De 2012 para 2013, aumentou 29% o número de aeronaves turboélice
monomotoras, pulando de 248 para 320 unidades registradas no país. Os
anfíbios, que são aeronaves experimentais, cresceram 200%. Os dados mais
recentes são de 2013, uma nova edição, com os números de 2014, sairá em
agosto deste ano. Em 2013, a frota brasileira da aviação geral cresceu
4,9%, chegando a 14.648
aeronaves.
|