Empresas de handling querem expandir na
aviação executiva
Com crescimento de 6% em média ao ano, a
aviação executiva já é um nicho atraente para as chamadas ESATAS
27/02/2015 -
11h45
(Da assessoria da ESATAS)
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De olho no crescimento da aviação executiva no Brasil, as ESATAS,
empresas auxiliares do transporte aéreo, querem expandir a atuação neste
nicho. O país já é hoje dono da segunda maior frota de aeronaves
executivas do mundo e não para de crescer.
"O segmento é muito importante para a
nossa indústria porque precisa não apenas do atendimento na pista, mas
requer catering, atendimento nas lounges e outros serviços como suporte
em terra para as aeronaves e passageiros em trânsito", diz Ricardo
Aparecido Miguel, presidente da ABESATA (Associação Brasileira das
Empresas de Serviços Auxiliares de Transporte Aéreo).
Ele lembra que um executivo que vem do exterior em seu próprio jato, por
exemplo, por regulamento, precisa já ter contratado uma ESATA para poder
pousar aqui no Brasil. É esta mesma empresa que se encarregará de todo
suporte de imigração, transporte terrestre e toda segurança e preparação
da aeronave para decolar novamente para o país de origem
Miguel chama a atenção para o crescimento dos investimentos da
iniciativa privada em aeroportos voltados para aviação geral e da
proposta de transformar alguns aeroportos em exclusivos, como o de
Sorocaba, no interior de São Paulo. "A aviação executiva é hoje
claramente um vetor de desenvolvimento de um país continental como o
nosso e o segmento de ground handling está aqui pronto para suportar
este crescimento acelerado", ressaltou.
De maneira geral, mesmo em um ano com expectativas de crescimento
econômico tão baixas, o segmento de ground handling projeta uma expansão
de 3,4% nos negócios em 2015. Em termos de geração de emprego, devem ser
criados 1.400 novos postos de trabalho e um aumento de 4,6% nos empregos
diretos.
No fim do ano passado, o setor contava com pouco mais de 30 mil
trabalhadores diretos. As chamadas ESATAS (Empresas de Serviços
Auxiliares de Transporte Aéreo) estão presentes em 70% das operações da
aviação comercial, seja na realização de serviços operacionais
(abastecimento de água, catering, carregamento de bagagem etc.),
serviços de proteção, serviços de emergência e serviços comerciais.
Os dados fazem parte do levantamento do 1° Anuário Brasileiro de
Serviços Auxiliares de Transportes Aéreos, lançado no fim do ano
passado. Ao todo existem hoje 211 empresas de Esatas no Brasil, sendo
que a maior parte está em São Paulo, 70 companhias, seguido de Minas
Gerais, com 45, Rio de Janeiro, 36, e Rio Grande do Sul, com 31 empresas
do setor.
A maioria se concentra na prestação de serviços operacionais para as
empresas aéreas regulares, 147 empresas, mas muitas estão envolvidas com
outros serviços, tais como atendimento de aeronaves (60), limpeza de
aeronaves (50), movimentação de carga (50), atendimento e controle de
embarque de passageiros (38), entre outros.
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