Pontualidade média de voos domésticos
no Brasil é de 85%
No estudo, ABEAR considerou
partidas realizadas em até no máximo 15 minutos depois do horário
programado
31/07/2015 -
19h34
(Da assessoria da ABEAR)
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Em 2014, as companhias aéreas brasileiras obtiveram pontualidade de 85%
em voos domésticos, considerando partidas realizadas em até no máximo 15
minutos depois do horário programado, segundo estudo da ABEAR
(Associação Brasileira das Empresas Aéreas).
A
faixa é a mais utilizada mundialmente pelo mercado de aviação para a
apuração do cumprimento dos horários previstos.
O resultado mostra uma discreta melhora em relação ao ano anterior,
quando o índice registrado foi de 84%.
Em comparação, de acordo com o mesmo critério, as companhias aéreas
brasileiras tiveram desempenho superior ao das empresas norte-americanas
nos voos domésticos realizados nos Estados Unidos, que registraram
pontualidade de 78% em 2014.
A análise faz parte do Panorama 2014, estudo anual da ABEAR. O
levantamento de pontualidade consolida os indicadores operacionais de
TAM, GOL, Azul e Avianca Brasil, membros da entidade, e tem com base os
registros da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) e do DOT
(Departamento de Transportes), dos Estados Unidos.
Além do critério de 15 minutos, o estudo da ABEAR identifica as
decolagens realizadas dentro de 30 (correspondente ao índice oficial da
ANAC) e 60 minutos depois do horário previsto. Nessas margens, as
companhias brasileiras atingiram pontualidade de 92% e 97%,
respectivamente.
"Entre as iniciativas tomadas pelas companhias para garantir os altos
índices de pontualidade iniciadas a partir da Copa do Mundo e que foram
incorporadas no dia a dia da aviação comercial estão o trabalho
colaborativo com o CGNA (Centro de Gerenciamento de Navegação Aérea), o
aperfeiçoamento dos processos de embarque de passageiros, além das ações
preventivas tomadas pelas empresas para os períodos de maior fluxo de
passageiros nos aeroportos como carnaval, feriados prolongados e fim de
ano, que compreendem disponibilização de voos extras, remanejamento de
funcionários para aeroportos mais demandados e antecipação de manutenção
de aeronaves”, afirma o diretor de Segurança e Operações de Voo da ABEAR,
Ronaldo Jenkins.
Para o consultor técnico da ABEAR, Maurício Emboaba, o índice é positivo
e demonstra os esforços do setor no Brasil, companhias aéreas,
aeroportos e gestores de tráfego aéreo, na melhoria dos serviços
prestados e na busca pela excelência no atendimento aos passageiros.
Na comparação com o desempenho das aéreas americanas, ele comenta que,
se por um lado a infraestrutura aeronáutica nos Estados Unidos é muito
mais desenvolvida e favorece a pontualidade, por outro, a influência da
meteorologia nas operações aéreas brasileiras é bastante inferior,
contribuindo positivamente da mesma forma.
Em 2014, o mau tempo foi razão para 31% dos atrasos registrados nos voos
domésticos nos Estados Unidos, enquanto, no Brasil, o índice foi de 16%.
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