A-29 da Esquadrilha cruzam os Andes
pela primeira vez
EDA fará demonstrações em
Santiago, no Chile, e Córdoba, na Argentina
01/04/2016 -
19h07
(Da assessoria da FAB)
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Uma missão histórica pede um cenário de peso. Depois de quase 2.800 km
voados, três paradas técnicas para reabastecimento e repouso dos pilotos
e centenas de documentos apresentados e checados pelos órgãos oficiais
internacionais, o EDA (Esquadrão de Demonstração Aérea), da FAB (Força
Aérea Brasileira), popularmente conhecido como Esquadrilha da Fumaça
finalmente pousou em Santiago, no Chile. Mas a jornada, que começou na
última terça-feira, dia 29, e terminou ontem, passou por um último
desafio: a Cordilheira dos Andes.
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Divulgação - FAB |
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Esquadrilha da Fumaça sobrevoa a
Cordilheira dos Andes pela primeira vez.
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A maior cadeia de montanhas do mundo
recebeu pela primeira vez as aeronaves A-29 Super Tucano do EDA,
implantadas em 2015, e o C-130 Hércules, do Primeiro Grupo de Transporte
de Tropa, aeronave de apoio da missão.
Por cerca de oito mil quilômetros com picos de mais de seis mil metros
de altura, as aeronaves brasileiras pintaram de verde e amarelo uma
geografia dominada pelo branco dos picos nevados.
Um dos pontos de destaque na travessia é o visual do Pico do Aconcágua,
que atinge 6.962 metros de altitude e está coberto com camadas de neve.
"Para mim foi um prazer enorme fazer esse voo. Cruzar os Andes pela
primeira vez, com a Esquadrilha da Fumaça, e no dia do meu aniversário.
Estou vibrando. Cenário fantástico", resumiu o capitão aviador Glauber
Lage M. Claver Silva, o número #4.
Os picos altos e irregulares da cordilheira representam mais um desafio
para os aviadores e por isso exigem atenção redobrada.
"Pelas características únicas da região, nossa preocupação maior está no
planejamento bem feito. Temos que avaliar todas as possibilidades e
definir quais seriam as possíveis reações. Realizamos, por exemplo,
treinamentos de como realizaríamos as separações entre as aeronaves em
caso de mal tempo", explica o número #2, capitão aviador Cléryson Wander
Teixeira.
Segundo ele, a precisão do Super Tucano é fundamental para a navegação.
"Com mais tecnologia e novos equipamentos, não só o conforto do piloto,
mas a confiabilidade, a precisão da aeronave cresceu muito. É outro
nível de desempenho", conclui o capitão.
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