Emissões de aviação poderão ganhar
mecanismo de mercado
Observatório do Clima encaminha carta ao
governo brasileiro solicitando apoio ao instrumento que prevê
neutralização de gases-estufa emitidos pelo setor a partir de 2020
06/04/2016 -
19h50
(Da assessoria da WWF no Brasil)
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O Observatório do Clima encaminhou, nesta quarta-feira, ao governo
brasileiro, uma solicitação de apoio à criação de uma estratégia para
atacar um dos setores mais difíceis de combate às emissões dos gases que
causam o aquecimento global: a aviação civil internacional.
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Rodrigo Zanette - 19/12/2015 |
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Cauda de aviões da TAM, Delta Air Lines e Air Canada.
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Um
encontro nesta quinta e sexta-feira (dias 7 e 8 de abril), no México,
discutirá a proposta de um mecanismo de mercado por meio do qual as
emissões de CO2 da aviação só poderiam crescer sem abatimento
até 2020. A partir daí, toda a poluição climática teria de ser
compensada por créditos de carbono.
Embora tímida, a medida poderá produzir um freio ao crescimento das
emissões da aviação. Hoje, cerca de 2% das emissões globais de gases de
efeito estufa vêm do transporte aéreo, cifra que deve triplicar em 2050
na ausência de esforços adicionais. Devido ao crescimento do mercado,
principalmente em países em desenvolvimento nas últimas décadas, a
aviação civil é o setor no qual as emissões crescem mais depressa.
Como se trata de emissões internacionais, que não podem ser atribuídas a
este ou àquele país, o setor acabou ficando de fora dos compromissos
nacionais do Acordo de Paris sobre a mudança climática. Empresas aéreas
já assumiram um compromisso voluntário de crescimento neutro em carbono
a partir de 2020, mas, para ser efetiva, a meta precisa ser incorporada
por todos os países membros da OACI.
A reunião desta semana integra os GLADs (Diálogos Globais sobre
Aviação), nos quais os países discutirão propostas e posições para o
mecanismo para ser adotado pela Assembleia da OACI, em outubro deste
ano, que deverá lançar o mecanismo de mercado.
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