Viracopos implanta "canal verde" para madeira
3% das cargas importadas
pelo aeroporto, o que corresponde a 230.000 volumes anuais, contêm
madeira bruta
22/12/2016 -
22h35
(Da
assessoria da Aeroportos Brasil Viracopos)
-
Responsável pela movimentação de quase 40% de toda a carga importada no
país pelo modal aéreo, o Terminal de Cargas do Aeroporto Internacional
de Viracopos, em Campinas (SP) passar a ser o pioneiro na implementação,
ainda em caráter experimental, de um "canal verde" específico para
embalagens, suportes, paletes ou peças que sejam feitas de madeira.
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Divulgação - Aeroportos Brasil
Viracopos |
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Paletes de madeira são usados como suporte de cargas no
aeroporto de Viracopos, em
Campinas (SP).
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O projeto é desenvolvido por meio de uma
parceria entre a concessionária Aeroportos Brasil Viracopos S/A e o
CEPEA/ESALQ/USP (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), sob
a supervisão da VIGIAGRO/Viracopos (Serviço de Vigilância Agropecuária
Internacional), órgão ligada à Secretaria de Defesa Agropecuária do MAPA
(Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento).
Para a autorização do projeto, a VIGIAGRO realizou uma ampla análise de
risco que permitiu apontar preliminarmente 18 empresas com grande
movimentação de cargas, mas que apresentaram baixos índices de
condenação em suas cargas com embalagens ou paletes de madeira.
A concessionária Aeroportos Brasil Viracopos estima que cerca de 23% das
cargas importadas (230.000 volumes anuais) contêm madeira bruta. Hoje,
todas estas cargas são direcionadas para a inspeção dos Auditores
Fiscais Federais Agropecuários.
A nova medida pode reduzir em 20% o volume de cargas com embalagens de
madeira ou paletes que são fiscalizadas pelos auditores do VIGIAGRO em
Viracopos. Em média, 6% das embalagens e suportes de madeira
fiscalizadas são condenadas por estarem em desacordo com a legislação.
Desse total, 1,9% são condenadas por sinal de infestação.
A VIGIAGRO de Viracopos estabeleceu como critério de seleção para o
"canal verde" as empresas que possuem em seu histórico um índice 50%
abaixo da média, ou seja, de apenas 3% de embalagens e suportes
condenados ao longo de suas operações no aeroporto.
A fiscalização das madeiras acontece nos aeroportos para o controle de
entrada de pragas de madeira que ainda não existem no Brasil, tais como
vírus, fungos, algas, líquens, entre outros que podem atacar, além das
madeiras que compõem as embalagens, árvores vivas, constituindo-se em
ameaças para a diversidade florestal brasileira.
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