Aéreas e aeroportos brasileiros
registram alta pontualidade
Conclusão vem do relatório "Liga
da Pontualidade 2015" divulgado nessa semana
07/01/2016 - 19h38
(Da assessoria da ABEAR)
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A aviação brasileira, na análise da pontualidade das companhias aéreas e
dos principais aeroportos ao longo do ano passado, figura em posição de
prestígio no cenário mundial do setor. A conclusão vem do relatório
"Liga da Pontualidade 2015" divulgado nessa semana pela consultoria
britânica OAG, especializada em inteligência de mercado de aviação.
Todas as companhias nacionais integrantes
da ABEAR (Associação Brasileira das Empresas Aéreas) obtiveram
excelentes índices no relatório quando comparadas às concorrentes
estrangeiras.
Dados do Panorama ABEAR 2014, divulgado em meados do ano passado, já
haviam mostrado como as aéreas brasileiras são comparativamente mais
pontuais que as concorrentes americanas.
Os aeroportos brasileiros de Guarulhos e Congonhas (SP), Porto Alegre
(RS), Curitiba (PR), Brasília (DF) e Galeão (RJ) também tiveram ótimo
desempenho no cenário global. Em geral, a OAG ressalta que a aviação
mundial tem visto uma melhoria continuada na pontualidade graças a
aprimoramentos tecnológicos, de procedimentos e pela evolução técnica e
profissional de companhias e operadores aeroportuários.
"É uma satisfação para nós", disse o diretor de Segurança e Operações da
ABEAR, Ronaldo Jenkins. "Isso mostra que o esforço que já vem sendo
empreendido há muito tempo começa a ficar mais visível. É fruto de muito
trabalho, aumento da articulação da indústria, incluindo fornecedores,
autoridades, agentes públicos e privados, e também de investimentos
pesados em sistemas, infraestrutura e treinamento, para fornecer o
melhor serviço possível", avaliou.
"Entre os diversos fatores que contribuem, certamente a maior integração
do setor motivada pela recepção da Copa do Mundo em 20014 é um deles",
destacou Jenkins. "Vamos colocar todo nosso empenho para repetir essa
atuação nos Jogos Olímpicos do Rio, apesar das sérias restrições que já
nos foram impostas em relação à operação no aeroporto Santos Dumont",
projetou o especialista da ABEAR.
O Brasil teve duas companhias aéreas listadas na relação geral
(incluindo transportadoras tradicionais e de baixo custo) das 20
empresas mais pontuais do mundo em 2015 (3ª e 7ª colocações).
Considerando apenas as companhias tradicionais, o Brasil continua
representado entre as top 20 mundiais (6ª colocação).
Se avaliadas isoladamente as companhias de baixo custo, sobe para três o
número de empresas brasileiras entre as 20 mais pontuais do mundo (1ª,
3ª e 9ª colocação). No recorte por regiões, todas as quatro grandes
empresas brasileiras aparecem entre as seis transportadoras mais
pontuais da América Latina em 2015.
Para a avaliação das companhias aéreas, são considerados pontuais os
voos que chegam ao destino com no máximo até 15 minutos de variação em
relação ao horário programado. Na categoria definida como pequenos
aeroportos (oferta total anual de assentos inferior a 10 milhões), o
Brasil aparece com dois representantes entre os 20 mais pontuais do
mundo (17ª e 20ª colocações).
Na lista dos 20 aeroportos mais pontuais de tamanho médio (entre 10 e 20
milhões de assentos ofertados no ano) figuram três aeroportos
brasileiros (6ª, 13ª e 20ª colocações). Já a relação dos aeroportos de
grande capacidade (oferta de assentos superior a 20 milhões/ano) conta
com um terminal brasileiro (3ª colocação). Para os aeroportos, são
consideradas pontuais as operações realizadas com até 15 minutos de
variação em relação ao horário previsto.
"Na ABEAR nós preferimos não nos prendermos aos rankings, que costumam
trazer visões simplificadas. Nesse caso, mais do que o desempenho de uma
ou outra companhia ou de um ou outro aeroporto, o que fica evidente para
nós é o resultado consolidado", explicou Jenkins.
"As circunstâncias que afetam a pontualidade podem variar para cada
companhia em razão do tipo de serviço, composição da frota, meteorologia
das bases de atuação, tráfego nas rotas operadas, capacidade e qualidade
dos aeroportos envolvidos. Mas quando olhamos para o conjunto das
informações e vemos tantas companhias brasileiras e aeroportos nacionais
em posições de destaque na comparação com concorrentes fortes e
tradicionais, isso nos mostra que o trabalho tem caminhado no sentido
correto, apesar das dificuldades que temos que lidar. Nosso desafio
agora é manter essa trajetória mesmo quando a aviação brasileira vive
perspectivas de crescimento diferentes das que vigoram no mercado
interacional", concluiu.
As dificuldades mencionadas pelo diretor da ABEAR dizem respeito ao
cenário político-econômico nacional, que a afeta a demanda por
transporte aéreo doméstico e internacional, trava a atividade
legislativa e regulatória e interfere no ritmo de investimentos
necessários à melhoria da infraestrutura aeroportuária e aeronáutica
nacional.
Depois de pouco mais de uma década de crescimento, o setor deve fechar
2015 sem crescimento expressivo enquanto vê custos dispararem as
receitas evoluírem pouco. Essa é a segunda edição do relatório "Liga da
Pontualidade OAG".
O estudo considera uma base de dados de 50 milhões de voos realizados
por mais de 900 empresas em mais de 4 mil aeroportos. Entram nas
análises companhias aéreas e aeroportos que tenham fornecido à OAG ao
menos 80% das estatísticas referentes às operações realizadas em 2015.
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