Brasília volta a operar pistas simultâneas
independentes
Aeroporto do Distrito Federal é o único brasileiro com os requisitos
necessários para a operação
18/07/2016 - 18h38
(Da assessoria da Inframerica)
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Hoje, dia 18 de julho, o aeroporto de Brasília voltou a realizar as
operações paralelas simultâneas independentes das suas duas pistas. Em
março deste ano o procedimento havia sido interrompido.
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Divulgação - Inframerica |
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Aeroporto de Brasília opera 60 pousos e decolagens por hora, a maior
quantidade de um aeroporto brasileiro, mas o número de operações não foi
afetado pela suspensão de decolagens simultâneas.
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"Após estudar os relatos dos voos,
refizemos todas as análises de risco necessárias para ativarmos as
operações paralelas simultâneas independentes. Uma das mudanças foi que
cada pista do aeroporto agora possui uma carta de procedimento diferente
para eliminarmos qualquer erro de programação, explica o Brigadeiro do
Ar, Gustavo Adolfo Camargo de Oliveira, comandante do Primeiro Centro
Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo.
Outra alteração que se mantém preferencialmente, mas não como regra
única, é a orientação das pistas: voos com destinos ao Sul e Sudeste
utilizarão a pista da direita, voos para as regiões Norte e Nordeste
utilizarão a pista da esquerda.
Segundo o DECEA (Departamento de Controle do Espaço Aéreo), órgão ligado
à Aeronáutica, a operação simultânea das pistas é totalmente segura.
Hoje a Torre de Controle do Terminal se dividiu em duas, como se dois
aeroportos estivessem sendo controlados ao mesmo tempo. Uma equipe é
responsável pela pista Norte e outra pela pista Sul, o que melhora a
dinâmica de trabalho e a responsabilidade.
"O procedimento é seguro e realizado em diversos países e traz vantagens
tanto para as companhias aéreas quanto para passageiros, os mais
beneficiados com a operação. Nosso objetivo é trazer mais eficiência
operacional ao aeroporto que é um dos maiores hubs (ponto de conexão) do
Brasil. A operação simultânea evita formação de filas de aeronaves nas
taxiways, diminui o tempo de espera do voo, o que reduz o gasto de
combustível, e contribui para a pontualidade", esclarece o brigadeiro.
O terminal brasiliense é o único do país que possui pistas paralelas com
uma distância segura para realizar pousos ou decolagens simultâneas
independentes. As pistas têm 3.300 m x 45 m e 3.200 m x 45 m com uma
separação entre elas de 1,8 km, 500 metros a mais do que o exigido pela
OACI (Organização Internacional de Aviação Civil).
O Aeroporto de Brasília é o segundo maior terminal do país em
movimentação de passageiros, com uma média de 500 movimentos aéreos por
dia. Atualmente, o aeroporto tem capacidade para realizar um pouso ou
decolagem por minuto, com a operação independente essa capacidade pode
ser ampliada para até 80 movimentos aéreos por hora, aumentando ainda
mais a produtividade do aeroporto.
Para Daniel Ketchibachian, presidente da Inframerica, concessionária que
administra o aeroporto do Distrito Federal, a operação que dá
independência às duas pistas abre oportunidades de novos negócios e
possibilidades de mais rotas e destinos para os passageiros.
"Nos horários mais concorridos das 8h às 11h e de 17h às 21h, os
passageiros poderão ter uma variedade maior de voos. Além disso, o
aeroporto ganha em eficiência no processamento de aeronaves, e em
pontualidade, o que gera uma economia para as companhias aéreas e
consequentemente um ganho para os usuários", comenta Ketchibachian.
"A construção do segundo viaduto de aeronaves e as adequações da
infraestrutura para pousos com equipamentos de precisão, chamados de ILS,
pela Inframerica foi crucial para começarmos a investir na nova
operação. Sem ela, mesmo com as pistas tendo a disposição adequada para
o procedimento, não seria possível a realização. O investimento feito
pela concessionária foi essencial para o crescimento e modernização do
Aeroporto", afirma o brigadeiro.
Com um investimento de mais de R$ 1,5 bilhão, a Inframerica duplicou o
tamanho do aeroporto, possibilitando a entrada de mais voos para o
terminal e trazendo mais conforto e variedade para os passageiros.
"Fizemos um grande investimento na área operacional do aeroporto (onde
ficam as aeronaves) área que o passageiro não tem muito contato, não vê,
mas que foi essencial para melhorarmos o rendimento operacional do
aeródromo. Desenvolvemos novas saídas de taxiamento para as aeronaves,
novas vagas de estacionamento para os aviões, além da modernização dos
equipamentos de monitoramento", afirma o presidente da Inframerica.
A partir de hoje se iniciam as operações de decolagens simultâneas
independentes no aeroporto de Brasília. O procedimento ficará em
observação por 30 dias.
Há três anos o DECEA vem trabalhando para que o aeroporto de Brasília
começasse as operações paralelas simultâneas independentes das pistas.
Depois de muito estudo em 12 de novembro de 2015, a operação de
decolagens simultâneas independentes entrou em vigor no Aeroporto
Internacional Juscelino Kubitschek e foi suspensa no último dia 4 de
março.
Para a retomada das operações simultâneas independentes no dia 18 de
julho, os controladores passaram por uma reciclagem e os controladores
de tráfego aéreo foram treinados em simuladores. Houve também a
divulgação da circular de informações aeronáuticas, redesenho e
publicação das cartas de aproximação e partida do aeroporto.
As operações simultâneas em pistas paralelas acontecem em alguns
aeroportos do mundo. A maioria deles é conhecido por ser um grande hub,
como é o caso do aeroporto de Hartsfield-Jackson, em Atlanta, nos
Estados Unidos, um dos aeródromos mais movimentados do mundo. O terminal
possui cinco pistas, sendo que três delas operam simultaneamente. Quase
100 milhões de pessoas passaram pelo aeroporto em 2015. Receber tantos
passageiros só é possível devido a essa operação. Além do terminal
americano, outros aeroportos como o de Beijing, na China, Heathrow, na
Inglaterra, Indira Gandhi, na índia, também trabalham com operações
simultâneas.
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