Avião da EgyptAir desaparece entre
Paris e Cairo
Aeronave foi detectada pela última vez a 37 mil pés sobre o Mediterrâneo
19/05/2016 -
8h45
(Valdemar Júnior)
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Um Airbus A320-232, prefixo SU-GCC, da EgyptAir, que operava o voo
MS804, desapareceu por volta das 21h45 (horário de Brasília) de ontem,
dia 18 de maio, sobre o Mar Mediterrâneo, quando voava entre Paris e o
Cairo, a 280 quilômetros da costa egípcia. O último contato com os
controladores de voo foi feito 10 minutos antes, com a torre de Atenas,
na Grécia.
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Divulgação - EgyptAir |
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Airbus A320 da EgyptAir.
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Na aeronave estavam 56 passageiros, sendo
30 egípcios, 15 franceses, dois iraquianos, um belga, um britânico, um
kuaitiano, um saudita, um sudanês, um chadiano, um português, um
argelino e um canadense, além de dez tripulantes.
O local exato do desaparecimento é a região da ilha de Karpathos, ao sul
do mar Egeu, já no espaço aéreo egípcio, onde um um capitão de um navio
disse ter visto uma chama no céu (130 milhas náuticas ao sul da ilha).
O governo francês informou que a aeronave caiu e não descartou a
hipótese de atentado terrorista (agências de notícias especulam que o
A320 foi sequestrado e que o comandante da aeronave pediu socorro no
último contato feito com controladores de voo, mas o Egito nega as
informações).
Segundo o ministro grego Panos Kammenos, pouco antes do desaparecimento,
imediatamente após a entrada no espaço aéreo egípcio, a aeronave fez
guinadas e desceu 90 graus para a esquerda e 360 graus para a direita.
Segundo a Grécia, o A320 teria descido rapidamente de 37 mil para 15 mil
pés, quando sumiu dos radares. Isso mostra que o avião pode ter sofrido
despressurização e a tripulação teria tido problemas no procedimento de
descida, desintegrando o avião em pleno ar, o que também pode ter sido
feito propositadamente por um terrorista. Outras hipóteses serão
investigadas, segundo o governo francês.
Em março, uma aeronave da EgyptAir, que voava de Alexandria para o
Cairo, no Egito, foi sequestrada por um passageiro, com bombas falsas
presas ao corpo, que obrigou o comandante a pousar no Chipre.
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