Com 9 meses de retração, demanda recua
a níveis de 2012
Mercado internacional registra baixa pelo
segundo mês consecutivo
23/05/2016 -
19h11
(Da assessoria da ABEAR)
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O desaquecimento do mercado de transporte aéreo no Brasil continuou se
agravando em abril. A demanda consolidada por viagens domésticas recuou
12,2% ante o mesmo mês do ano passado.
A
estatística mostra aceleração em relação à queda apurada em março
(-7,3%) e completa um período de nove baixas seguidas. Em termos
absolutos, esse foi o pior desempenho mensal da demanda doméstica desde
fevereiro de 2013 e o pior desempenho do indicador para um mês de abril
desde 2012.
O encolhimento da oferta, reduzida em 10,3% em abril, voltou a acontecer
em patamar inferior ao da queda da demanda. Isso levou à piora de 1,73
ponto percentual no fator de aproveitamento das operações, resultando
numa ocupação de assentos de 79,30% no mês.
Em abril foram registradas 6,8 milhões de viagens domésticas, total 12%
abaixo do mesmo mês de 2015. Assim como verificado com a demanda, em
termos absolutos, esse foi o pior resultado mensal desde fevereiro de
2013 e o mais fraco volume de passageiros para um mês de abril desde
2012. Os números são a compilação das estatísticas de Avianca Brasil,
Azul, GOL e LATAM Brasil, integrantes da ABEAR (Associação Brasileira das
Empresas Aéreas) e responsáveis por 99% do mercado doméstico.
A participação do mercado doméstico entre estas empresas em abril ficou
distribuída da seguinte forma: LATAM Brasil com 36,85%, GOL com 33,88%, Azul
com 17,49% e Avianca Brasil com 11,77%.
Na comparação das estatísticas acumuladas nos quatro primeiros meses de
2016 ante igual período de 2015, a demanda tem baixa de 6,5%, para uma
oferta reduzida em 5,3%. O fator de aproveitamento recua 1,09 ponto
percentual, para uma ocupação de 79,83%. O total de 29,7 milhões de
passageiros transportados em voos dentro do Brasil é 7,3% inferior ao
registrado no ano passado.
Internacional
O transporte aéreo internacional (do qual as estatísticas apuradas pela
ABEAR alcançam apenas a parcela detida pelas companhias brasileiras, que
corresponde a aproximadamente 25% do mercado) também mostra contágio
pelo ciclo de desaquecimento econômico que afeta a atividade doméstica.
Ante abril de 2015, a demanda internacional teve queda de 3,6%, o
segundo resultado mensal negativo consecutivo no segmento. Nesse caso os
números absolutos são os mais baixos para um mês qualquer desde junho de
2014, também os piores para abril desde o mesmo ano.
Com baixa de 6,8% no mês, a oferta teve redução mais expressiva do que a
demanda, levando o fator de aproveitamento a um aprimoramento de 2,7
pontos percentuais, para uma ocupação de assentos de 81,41%. Foram
transportados 546 mil passageiros entre o Brasil e o exterior, uma baixa
de 1,7%. Essa foi a menor quantidade de passageiros internacionais
transportados em um mês desde novembro de 2013 e o pior resultado para
abril desde 2014.
A parcela do mercado internacional detida pelas empresas brasileiras
dividiu-se entre elas da seguinte forma em abril: LATAM Brasil com 80,38%, GOL
com 16,63%, Azul com 6,91% e Avianca Brasil com 0,08%.
Amparada ainda nos resultados de janeiro e fevereiro, a demanda
internacional acumula alta de 2% nos quatro primeiros meses do ano. No
período, a oferta mostra pequena elevação de 0,3%. O comportamento do
mercado se refletiu no aprimoramento de 1,35 ponto percentual do fator
de aproveitamento, para uma ocupação de 81,41%. O total de 2,5 milhões
de passageiros transportados no quadrimestre mostra uma alta de 4,1% no
indicador.
Cargas
Os números do transporte de cargas divulgados pela ABEAR incluem as
operações de Avianca Brasil Cargo, Azul Cargo, Gollog, LATAM CARGO. No
segmento doméstico, o volume de carga aérea movimentada pelas companhias
somou 26,4 mil toneladas de cargas, número 6,3% abaixo do mesmo mês do
ano passado. Nas operações internacionais o comportamento tem sido o
inverso, com aumento de 14,3% na movimentação, que chegou a 16 mil
toneladas de cargas transportadas no mês.
Em diferente intensidade, o fenômeno é observado nos resultados
acumulados do transporte cargueiro dos quatro primeiros meses de 2016.
Enquanto no segmento doméstico as 97,4 mil toneladas de cargas
movimentadas representam uma baixa 12% na atividade, no segmento
internacional as 61,3 mil toneladas de bens transportados revelam
expansão de 6,8% na movimentação.
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