GOL explica como o mau tempo pode
fechar um aeroporto
Empresa explica quais são os
critérios e as ações tomadas pela companhia aérea nesses casos
31/03/2016 - 20h02
(Da assessoria da GOL)
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A GOL divulgou hoje, dia 31 de março, uma nota à imprensa explicando
como as empresas de aviação e os aeroportos se preparam para enfrentar o
mau tempo e garantir a sua segurança.
As condições climáticas nos aeroportos são
avaliadas de hora em hora por um meteorologista do órgão regulador, que
a cada observação elabora um boletim com informações sobre visibilidade,
teto (a distância entre o solo e a base das nuvens), velocidade e
direção do vento, além da presença de chuva ou de nuvens pesadas.
Para o avião pousar sem o auxílio de equipamentos, a legislação
brasileira estabelece um mínimo de cinco mil metros de visibilidade e
450 metros de teto.
Já em pousos por instrumentos, os números são menores e variam com três
fatores: a carta de aproximação usada, que determina o percurso que o
avião realiza antes da aterrissagem e estabelece os valores mínimos de
teto e visibilidade; o tipo de equipamento de auxílio à navegação e os
recursos do avião.
Em aeroportos e aviões mais modernos, existe um tipo de procedimento
para aproximação que reduz ainda mais os valores mínimos de teto e
visibilidade: o RNP-AR (sigla em inglês para Performance de Navegação
Requerida).
A GOL foi a primeira companhia certificada para utilizar esse tipo de
procedimento, disponível no Brasil apenas no aeroporto de Santos Dumont,
no Rio de Janeiro, que permite fazer trajetos com menos curvas e
manobras, além de utilizar um avançado sistema via satélite para
orientar o pouso da aeronave com segurança e precisão.
Hoje, a GOL tem 50 aeronaves equipadas com a tecnologia RNP-AR e todos
os pilotos e copilotos que operam na ponte aérea Rio-São Paulo são
treinados e capacitados para voar com o sistema.
Quando o teto ou a visibilidade está abaixo do mínimo previsto nas
cartas de aproximação, o meteorologista informa a torre de controle, que
fecha as pistas e suspende pousos e decolagens. Com o tempo fechado, as
observações meteorológicas tornam-se mais frequentes e os boletins são
emitidos em intervalos menores – a cada 15 minutos, por exemplo.
Ao receber orientação de não pousar, o piloto precisa mudar a rota para
outro aeroporto previamente indicado no plano de voo. O aeroporto
alternativo é decidido com o objetivo de manter a segurança da operação,
mesmo que ele seja distante do destino final. Também há casos em que a
melhor alternativa pode ser voltar ao aeroporto de onde a aeronave
decolou para distribuir os passageiros em outros voos.
Quando o voo pousar em um aeroporto diferente do previsto, a companhia
tem como premissa levar o passageiro ao destino escolhido, mesmo que
esse aeroporto esteja fechado. Dentro das alternativas, a companhia pode
aguardar a abertura do aeroporto de chegada para fazer nova decolagem e
seguir viagem, realocar os passageiros em outros voos da companhia ou em
outras empresas aéreas e, até mesmo, fazer o trajeto de ônibus.
Em caso de atrasos, a companhia segue as normas da ANAC (Agência
Nacional de Aviação Civil), que estabelece: a partir de uma hora
comunicar e orientar o passageiro pela internet ou por telefone; a
partir de duas horas oferecer alimentação e acessos a telefone e
internet; a partir de quatro horas os clientes têm direito a hospedagem
e transporte até o local da acomodação.
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