GOL anuncia lucro de R$ 1,1 bilhão em
2016
Companhia registrou prejuízo
de R$ 30,2 milhões no quarto trimestre
17/02/2017 -
16h45
(Da
assessoria da GOL)
-
A GOL anunciou hoje, dia 17 de fevereiro, que teve prejuízo líquido no
quarto trimestre de 2016 de R$ 30,2 milhões (US$ 8,7 milhões),
representando uma margem líquida de 1,1% negativo. O lucro por ação (LPA)
foi de R$ 0,09 e o lucro por ADS foi de US$ 0,003. O lucro líquido
registrado para o ano de 2016 foi de R$ 1,1 bilhão (US$ 316,1 milhões),
sobre uma receita de R$ 9,9 bilhões, representando uma margem líquida de
11,2%. O lucro por ação reportado para o ano de 2016 foi de R$ 3,17 (US$
0,09 por ADS).
O resultado operacional (EBIT) no quarto
trimestre de 2016 foi de R$ 198,2 milhões, representando uma margem EBIT
de 7,4%. O EBIT do ano de 2016 atingiu R$ 696,5 milhões, representando
uma margem de 7,1%.
O fluxo de caixa líquido no quarto trimestre de 2016 foi de R$ 93,8
milhões. Caixa, equivalentes de caixa, investimentos de curto prazo e
contas a receber totalizaram R$ 1.922,4 milhões, um aumento de R$ 93,7
milhões em relação ao terceiro trimestre de 2016.
O custo operacional por ASK (CASK), excluindo as despesas
não-operacionais, teve uma redução de 10,1%, passando de 21,94 centavos
(R$) no quarto trimestre de 2015 para 19,73 centavos (R$) no quarto
trimestre de 2016. O CASK ex-combustível, excluindo as despesas
não-operacionais, teve uma redução de 6,8%, chegando a 13,97 centavos
(R$), principalmente devido ao menor nível de arrendamento de aeronaves
por ASK.
Os RPKs reduziram 3%, passando de 9.440 milhões no quarto trimestre de
2015 para 9.161 milhões no quarto trimestre de 2016. Os ASKs tiveram uma
redução de 5,7%, passando de 12.518 milhões no quarto trimestre de 2015
para 11.800 milhões no quarto trimestre de 2016. A taxa de ocupação
média aumentou 2,2 pontos percentuais, chegando a 77,6%, e o yield médio
por passageiro aumentou 3,8%, chegando a 25,57 centavos (R$), resultando
em um RASK de 22,58 centavos (R$), um aumento de 6,6% em relação ao
quarto trimestre de 2015. A tarifa média foi de R$ 289.
A receita líquida atingiu R$2,7 bilhões, representando um crescimento de
0,5%. A receita por aeronave, de US$ 6,3 milhões, representou um alto
nível de produtividade. As receitas auxiliares e de cargas tiveram uma
redução de 1,3% no quarto trimestre de 2016, chegando a R$ 321,7
milhões, representando 12,1% da receita líquida total. As receitas
auxiliares e de cargas no ano de 2016 somaram R$ 1,2 bilhão.
A GOL transportou um total de 8,1 milhões de passageiros no quarto
trimestre de 2016, uma queda de 15,4% em relação ao quarto trimestre de
2015, e a participação de mercado da GOL no setor de transporte aéreo
regular doméstico e internacional no fim do quarto trimestre de 2016 foi
de 36,3% e 10,6%, respectivamente, um aumento quando comparado aos 35,8%
e 12,3% no fim do quarto trimestre de 2015.
A média da pontualidade dos pousos e finalização das decolagens dos voos
foi de, respectivamente, 94,0% e 98,3% (dados da ANAC) durante o quarto
trimestre de 2016. Em 2016, a GOL foi a companhia brasileira mais
pontual segundo o OAG (Official Airline Guide). O número de reclamações
de passageiros e de bagagens perdidas para cada mil passageiros foi de
1,7329 e 2,15, respectivamente.
Cinco Boeing 737 foram devolvidos para os lessores durante o quarto
trimestre de 2016, reduzindo a frota total operacional para 121
aeronaves. Sete 737 serão devolvidos ao longo do primeiro trimestre de
2017. A dívida total, incluindo arrendamentos capitalizados, foi
reduzida em R$ 2,9 bilhões durante 2016, chegando a R$ 6.379,2 bilhões.
As ADRs da GOL tiveram um volume médio diário de negociação de US$ 3,7
milhões no quarto trimestre de 2016, em comparação aos US$ 493 mil no
quarto trimestre de 2015. As PNs tiveram um volume médio diário de
negociação de R$19,5 milhões no quarto trimestre de 2016, em comparação
aos R$ 4,4 milhões no quarto trimestre de 2015.
Perspectivas
A GOL esperamos reduzir seu custo ex-combustível por assento-quilômetro
disponível (CASK) conforme reduzir a idade da frota, operar uma frota
com consumo ainda mais eficiente de combustível, se beneficiar da
redução de custos associados com suas instalações de manutenção de
aeronaves e melhorar seus canais de distribuição com bom
custo-benefício.
A companhia prevê um primeiro trimestre sólido, graças ao esforço e
dedicação de seus colaboradores para melhorar a produtividade em toda a
empresa. Para o primeiro trimestre de 2017, espera taxas de ocupação na
faixa de 80%, com yields de passageiros na faixa de R$ 0,24.
Em janeiro, a GOL teve taxa de ocupação de 83%, e fortes reservas
futuras para fevereiro e março. Para o primeiro trimestre, esperamos um
CASK ex-combustível na faixa de R$ 0,14 centavos. Espera um aumento dos
preços de combustível para aeronaves que deve aumentar seus custos com
combustível por ASK em 7,5% no primeiro trimestre de 2017.
As projeções financeiras para 2017 se baseiam no plano de capacidade da
GOL e na demanda esperada por seus serviços de transporte de
passageiros, impulsionadas pelo fraco ambiente econômico brasileiro.
Em 2017, a GOL espera reduzir a capacidade em 0-2%. Os yields de
passageiros deverão aumentar em cerca de 6%, principalmente devido ao
aumento na tarifa média, parcialmente compensado pelo aumento na
distância média de voo, e o RASK deve ter um aumento na faixa de 7%.
Para o ano, o CASK ex-combustível deve ficar em cerca de R$ 0,14,
representando um nível praticamente estável em relação ao ano de 2016.
Os custos com combustíveis por ASK devem aumentar em aproximadamente 18%
no ano, devido ao aumento dos preços do petróleo.
Bagagens
A GOL informou que terá uma classe tarifária mais barata para os
passageiros que não forem despachar bagagens e oferecerá separadamente a
opção de adquirir uma franquia, que será calculada por unidade, seguindo
as dimensões e peso estipulados. A partir de 14 de março passa a valer a
determinação da ANAC sobre a cobrança de bagagens. LATAM e Azul devem
seguir o mesmo caminho.
Segundo a GOL, o desconto será progressivo: A primeira mala será mais
barata que a segunda, que será mais barata do que a terceira, e assim
por diante. Passageiros que fazem parte do Smiles ou passagens com
classes tarifárias mais altas terão desconto ou isenção no embarque de
malas.
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