IATA critica rankings de segurança da
aviação comercial
Informações são geralmente extraídas de
fontes publicamente disponíveis
12/01/2017 -
15h45
(Da
assessoria da ABEAR)
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A Associação Internacional do Transporte Aéreo (da sigla em inglês IATA),
representante de 265 companhias aéreas ao redor do mundo, ou o
equivalente a 83% do tráfego aéreo global, criticou rankings de
segurança que envolvem companhias aéreas.
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Rodrigo Zanette - 21/04/2013 |
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Caudas de aeronaves estacionadas no
aeroporto
de Cumbica, em Guarulhos (SP).
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Algumas empresas produzem relatórios com a
pretensão de classificar/ranquear as empresas aéreas de acordo com seu
nível de segurança operacional. Como não existem métricas ou critérios
objetivos que permitam fazer isso, essas organizações usam uma variedade
de "critérios" subjetivos para comparar as empresas aéreas.
Estes incluem tipicamente o número de acidentes e/ou incidentes sérios
experimentados por uma empresa aérea durante um período especificado. As
informações são geralmente extraídas de fontes publicamente disponíveis,
como os meios de comunicação. As fórmulas exatas para determinar os
rankings podem ou não estar disponíveis para exame e análise.
Posicionamento
A IATA não considera que as classificações de segurança operacional das
empresas aéreas sejam uma medida válida do desempenho de segurança de
uma organização individual. Além disso, a IATA não acredita que a
segurança da aviação deva se tornar uma questão competitiva, pois
violaria a posição da indústria de que a segurança é a mais alta
prioridade de todos os envolvidos na aviação. O extraordinário
desempenho em matéria de segurança do transporte aéreo comercial
deve-se, em grande medida, ao forte espírito de cooperação em matéria de
segurança entre as empresas aéreas, fabricantes, reguladores
governamentais e outras partes interessadas.
Fatores específicos que tornam os rankings das empresas aéreas um
exercício altamente especulativo que não oferece qualquer valor aos
passageiros incluem o seguinte:
Pequenas amostras de dados resultam em grandes oscilações na taxa de
acidentes
Acidentes aéreos, especialmente acidentes fatais, são extremamente
raros. Grandes variações nas taxas podem resultar de um único evento.
A responsabilização por um acidente não é clara
Fatores externos e eventos envolvendo participantes fora das empresas
aéreas (por exemplo, fabricantes de aeronaves, aeroportos, provedores de
serviços de navegação aérea, empresas de serviço no solo, etc.) podem
contribuir para um acidente ou incidente.
Um ranking simples não pode dar uma imagem de segurança completa
A gravidade do acidente tem de ser julgada e levada em conta em um
sistema de classificação, mas a gravidade de um acidente é muitas vezes
afetada por condições e eventos externos.
É muito difícil oferecer uma ponderação precisa dos resultados por
escala de tempo e tamanho da empresa aérea, notando especialmente que as
empresas aéreas mudam frotas operacionais, destinos e muitas outras
características de forma contínua.
Uma abordagem de classificação atribui a responsabilidade por acidentes
e incidentes exclusivamente a uma empresa aérea, independentemente de
outros fatores contribuintes. Isso viola um princípio chave da pesquisa
sobre segurança, que reconhece que a maioria dos acidentes envolve uma
cadeia de eventos que podem envolver múltiplos participantes. Por essas
razões, os rankings de segurança das empresas aéreas são inerentemente
falhos.
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