Ferramenta
auxilia navegação aérea em condições adversas
"Estimador Panorâmico de
Visibilidade de Aeródromo" facilita o treinamento de novos operadores,
aumenta a qualidade do serviço e melhora a segurança operacional do
tráfego aéreo
12/01/2017 -
16h31
(Da
assessoria da SAC)
-
Diariamente o setor da aviação se depara com desafios operacionais e um
deles é a condição meteorológica adversa para pousos e decolagens. O
engenheiro de produção (UFRGS) Edson Morales e o colega Danilo
Bittencourt, formado em Ciência da Computação (UNIVALI) criaram uma
ferramenta com o objetivo de dar mais praticidade e agilidade ao
trabalho de técnicos, meteorologistas e controladores de tráfego aéreo
quando as condições de visibilidade são difíceis. O recurso chama-se
Estimador Panorâmico de Visibilidade de Aeródromo (EPVA).
O EPVA é uma ferramenta de auxílio à
navegação aérea, que ajuda a estimar a visibilidade horizontal a ser
utilizada nos boletins meteorológicos e a definir as condições
operacionais dos aeroportos. Utiliza imagens panorâmicas para resolver
se o terminal está aberto ou fechado para pousos e decolagens e se opera
no visual ou por instrumentos. (Operar por instrumentos significa que a
visibilidade da pista de aeronaves está baixa e é necessário que
equipamentos de bordo e solo sejam acionados; operação é visual quando a
visibilidade é boa).
Segundo Edson Morales, o EPVA mostrou superior rapidez (em comparação
com os atuais equipamentos e sistemas utilizados pela aviação civil) na
identificação dos pontos de visibilidade do piloto, facilitou a
interpretação e deu mais precisão às estimativas de voo.
"Além disso, o projeto facilita o treinamento de novos operadores e
aumenta a qualidade do serviço prestado, o que melhora a segurança
operacional", explicou o engenheiro. A ferramenta foi confeccionada para
versão digital (celulares, tablets ou telas de computador) e também
versão impressa.
Edson Morales e Danilo Bittencourt conquistaram o primeiro lugar no
"Prêmio Aviação – Conhecimento e Inovação" na categoria Iniciativas de
Inovação. O projeto dos especialistas em navegação aérea da Infraero
durou um mês e já foi procurado por outras Estações Prestadoras de
Serviços de Telecomunicações de Tráfego Aéreo (EPTA) da Infraero e pelo
CINDACTA (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo),
que pediram mais informações sobre a implantação da ferramenta em outros
aeródromos.
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