Demanda aérea doméstica sobe 2,55% em
maio no Brasil
Estatística tem alta pelo
terceiro mês consecutivo, mas em ritmo decrescente
22/06/2017 -
09h59
(Da
assessoria da ABEAR)
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A demanda por viagens aéreas dentro do país engatou o terceiro mês
consecutivo de crescimento, com alta de 2,55% em maio ante o mesmo mês
do ano passado. A taxa, entretanto, tem se verificado progressivamente
mais baixa considerando-se os resultados de 5,90% e 3,20% em março e
abril, respectivamente.
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Rodrigo Zanette - 02/11/2016 |
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Principais empresas aéreas brasileiras apuraram prejuízo de R$ 1,5
bilhões em 2016,
segundo a ANAC.
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Na mesma base de comparação, a oferta
registrou expansão de 3,24%, superior à evolução da demanda. O
descompasso levou à piora do fator de aproveitamento, que caiu 0,53
ponto percentual, situando-se em 77,92% de ocupação dos assentos
disponíveis no período.
É o primeiro recuo da estatística desde abril do ano passado, o que
indica a permanência de instabilidades no mercado. Foram 7,1 milhões de
viagens domésticas realizadas no mês, alta de 4,12%.
Os dados são referentes às operações das empresas Avianca Brasil, Azul,
GOL e LATAM Brasil, integrantes da ABEAR (Associação Brasileira das
Empresas Aéreas), que respondem juntas por mais de 99% do mercado
doméstico.
Observando os resultados do mês de maio na série histórica, em termos
absolutos, à exceção de maio de 2016 os números da oferta são os mais
baixos desde 2012, enquanto os da demanda, do volume de passageiros e do
fator de aproveitamento são os mais baixos desde 2013.
Como apontado anteriormente, a base estatística de 2016 possui
atipicidades decorrentes das instabilidades do quadro
político-econômico, o que dificulta análises seguras e limita a
realização de projeções. Vale lembrar que apenas em março o setor viu
chegar ao fim o ciclo de repetidas retrações da demanda iniciado em
agosto de 2015. Nos meses de março, abril e maio de 2016 o mercado
registrou as piores variações de todo o ano passado.
A participação do mercado doméstico em maio de 2017 ficou assim: GOL com
35,28%, LATAM Brasil com 32,52%, Azul com 19,02% e Avianca Brasil com
13,18%.
Mercado internacional
No mercado internacional, com crescimento de 11,98% em maio na
comparação com o mesmo mês do ano passado, a demanda das associadas
ABEAR permaneceu em alta pelo oitavo período seguido. Ainda que em
patamar distinto do mercado doméstico, também nesse caso as taxas de
evolução têm sido gradualmente mais baixa ao longo dos últimos três
meses.
Na mesma base temporal, a oferta registrou expansão de 8,90% no mês. Com
a demanda avançando mais fortemente do que a oferta, o fator de
aproveitamento teve melhoria de 2,33 pontos percentuais, situando-se em
84,58% de ocupação dos assentos disponíveis. Somaram 617 mil passageiros
transportados nas rotas internacionais pelas aéreas brasileiras, alta de
8,98% sobre o mesmo mês do ano passado.
Os valores de oferta, demanda, volume de passageiros e fator de
aproveitamento são os mais elevados para o mês de maio na série
histórica. As estatísticas são referentes às operações das empresas
Avianca Brasil, Azul, GOL e LATAM Brasil, que respondem juntas por
aproximadamente 30% do mercado internacional.
A participação do mercado internacional em maio de 2017 (entre as
empresas brasileiras) ficou assim: LATAM Brasil com 80,00%, Azul com
10,18%, GOL com 9,74% e Avianca Brasil com 0,09%.
Em 2017
No acumulado de janeiro a maio desse ano a demanda doméstica tem
crescimento de 0,90% na comparação com igual período de 2016. A oferta,
por outro lado, apresenta ligeiro recuo de 0,04%.
O fator de aproveitamento registra aprimoramento de 0,75 ponto
percentual (80,32% de ocupação). O volume de passageiros avança 0,18%,
somando 36,4 milhões de viagens realizadas.
No mesmo período, no mercado internacional a demanda tem crescimento
acumulado de 11,19%. A oferta cresceu menos, 6,20%, levando a uma
melhoria de 3,83 pontos percentuais do fator de aproveitamento (85,34%
de ocupação).
Foram 3,4 milhões os passageiros internacionais transportados nos cinco
primeiros meses de 2017, o que representa avanço de 10,70% sobre o total
do ano anterior.
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