ABEAR debate uso de combustíveis
sustentáveis na aviação
Seminário abordou a
contribuição do Brasil para conter as mudanças climáticas
25/05/2017 -
17h20
(Da
assessoria da ABEAR)
-
A ABEAR (Associação Brasileira das Empresas Aéreas) participou do
seminário "Biodiesel e Bioquerosene: Sustentabilidade econômica e
ambiental", sobre o papel desse tipo de combustível no desenvolvimento
sustentável do país e na recuperação econômica brasileira, dado o
potencial de geração de novos empregos da atividade.
__ |
Divulgação - Boeing |
|
|
|
Embraer ERJ-170SL (ERJ-170-100 SL), prefixo PP-XJB, do programa
ecoDemonstrador.
|
O evento foi organizado pela União
Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio), nesta quarta-feira
(23), e contou com a presença do Ministério de Minas e Energia, da SAC
(Secretaria de Aviação Civil), da ANAC (Agência Nacional de Aviação
Civil), da EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e do
Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de
Lubrificantes, entre outros.
O seminário abordou a contribuição do Brasil para conter as mudanças
climáticas. O compromisso entrou na agenda do país no dia 21 de setembro
de 2016, quando o governo brasileiro entregou à Organização das Nações
Unidas o instrumento de ratificação do Acordo de Paris sobre a mudança
do clima. O Brasil se comprometeu a reduzir em 37% das emissões de Gases
de Efeito Estufa (GEE) até 2025, e 43%, até 2030. Para alcançar o
objetivo, o intuito é aumentar a participação de bioenergia sustentável.
O setor de aviação internacional representa 2% das emissões globais.
Diante do cenário, a Organização de Aviação Civil Internacional (OACI)
firmou um acordo para neutralizar o crescimento das emissões a partir de
2020. De 2021 em diante, empresas aéreas com voos partindo ou chegando
dos países signatários terão que reduzir ou compensar as emissões que
ultrapassem os níveis do ano anterior.
A ABEAR participou do painel "Bioquerosene: Combustível sustentável de
aviação e o Acordo do Clima de Paris". Rogério Benevides, consultor
técnico da instituição, reiterou que a adoção das medidas que englobam a
inovações tecnológicas, medidas operacionais e uso de combustível
alternativos irão estimular a evolução da aviação civil brasileira.
"É importante lembrar que o setor é muito dependente da variação de
preço. Então, precisamos ter o combustível a preços competitivos para
não termos impacto nos bilhetes aéreos", ressaltou Benevides.
Pedro Scorza, diretor de Biocombustíveis de Aviação da Ubrabio e
assessor para Combustíveis Renováveis da GOL, chamou atenção para a
importância de se criar uma política pública para dar segurança para que
a indústria comece a se desenvolver no país. "O Brasil tem todos os
requisitos para ser um grande produtor de biocombustível, então,
acredito que é um desafio e uma grande oportunidade também", garantiu.
Ricardo Fenelon, diretor da ANAC, também se manifestou a favor da
política nacional para promover a sustentabilidade da aviação. "A ANAC
apoia a criação da política para produção e regulação de combustíveis
renováveis para a aviação civil", disse Fenelon.
|