20 de outubro, Dia Mundial do
Controlador de Tráfego Aéreo
Conheça a história de um dos
controladores que cuidam diariamente da segurança do espaço aéreo
20/10/2017 -
15h34
(Da
assessoria da FAB)
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Imagine-se em um trânsito engarrafado, em que situações imprevistas
ocorrem simultaneamente: passageiro passando mal, em estado grave ou
problemas mecânicos em um carro sem freio. Agora, imagine que esses
problemas possam ocorrer no espaço aéreo.
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Divulgação - Arquivo pessoal |
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Sargento Mário Wilton há mais de sete
anos atua no Controle de Tráfego Aéreo.
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Para
lidar com situações adversas e organizar o tráfego de aeronaves no ar,
existe a função do Controlador de Tráfego Aéreo, essencial para dar
agilidade e permitir o fluxo de aeronaves no País. Na data comemorativa
da profissão, dia 20 de outubro, o Notaer preparou uma homenagem aos
profissionais que atuam diariamente na segurança do espaço aéreo.
Sargento Mário Wilton da Costa Bertolin há mais de sete anos atua no
Controle de Aproximação de Brasília (APP – BR), órgão pertencente ao
Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA
I), de Brasília (DF). Entre as diferentes áreas de atuação, a função do
Sargento Mário é cuidar das aproximações e decolagens do aeroporto de
Brasília e outros aeródromos ao redor da cidade, em uma área de
jurisdição de cerca de 100 km.
Além da responsabilidade de atuação profissional, desde 2013, o Sargento
Mário tem participado da instrução de novos controladores e, mais
recentemente, atuado como supervisor das equipes de controladores de
tráfego aéreo do APP de Brasília.
"Nosso serviço é muito dinâmico, seja por alterações meteorológicas,
seja pela impraticabilidade de algum auxílio à navegação, demanda de
tráfego, aeronave com prioridade para pouso que faz transporte de órgãos
vitais ou emergência médica. Como controladores, atuamos visando a dar
prioridade para esses casos especiais", contou.
Uma das situações que marcou a carreira do Sargento Mário Wilton ocorreu
em 2014, quando auxiliou o pouso forçado da aeronave comercial da
OceanAir, voo ONE6393 que, na época, fazia o transporte de,
aproximadamente, 70 pessoas de Petrolina para Brasília. "Aconteceu numa
sexta-feira à tarde, quando fui chamado para assumir o console
operacional. No contato com a aeronave, o piloto alegou que estava com
pane no steering (espécie de volante da aeronave no solo) e havia
perdido um dos sistemas hidráulicos, o que depois evoluiu para uma
assimetria de flap. Também informou que não tinha indicação de trem de
pouso, o que exigiria um pouso em emergência. Retirei outras aeronaves
que estavam nas proximidades, para atender à situação de urgência. Como
era uma aeronave que não conseguia descartar combustível durante o voo,
o piloto solicitou fazer órbita (circular no ar), para consumir o máximo
de combustível e se preparar para o pouso forçado de barriga, evitando
uma possível explosão no atrito com o solo. Também coordenei o apoio ao
solo, com médicos e bombeiros. O pouso de emergência foi realizado e
ocasionou danos somente ao nariz da aeronave, devido ao recolhimento do
trem de pouso dianteiro (bequilha), já o trem de pouso principal
manteve-se baixado e travado. Felizmente não houve feridos. Me senti bem
em poder ajudar", finalizou.
Essa é uma entre as tantas histórias
desses profissionais resilientes, que atuam diariamente para garantir a
segurança do espaço aéreo e que merecem esta justa homenagem neste dia
comemorativo.
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