Aves de rapina são treinadas pra evitar
bird strike no Galeão
Utilização de aves de rapina
treinadas serão usadas afugentar os demais pássaros no entorno do
aeroporto
14/09/2017 -
16h19
(Da
assessoria da ABEAR)
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O "bird strike", jargão do setor aéreo para colisão entre uma ave e um
avião, é um tipo de incidente que preocupa companhias aéreas e
aeroportos em todo o mundo. Para minimizar esse problema, o aeroporto do
Galeão, no Rio de Janeiro (RJ), adotou, desde 2013, a falcoaria, que é a
utilização de aves de rapina treinadas para afugentar os demais pássaros
no entorno do aeroporto.
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Divulgação - RIOgaleão |
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Aves de rapina são treinadas pra evitar
bird strike no
aeroporto do Galeão no Rio de Janeiro.
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Essa é uma técnica sustentável de controle
biológico: de forma planejada, os animais fazem o que fariam na natureza
e ajudam os humanos a atingir um resultado desejado.
A concessionária do aeroporto carioca, a RIOGaleão, informa que com a
ajuda de falcões e gaviões foi possível obter uma redução de 32% nos
incidentes, passando de 109 ocorrências em 2015, para 74 em 2016.
O diretor de Segurança e Operações de Voos da ABEAR, Ronaldo Jenkins,
disse que essa é uma prática adotada em diversos países, pois é
eficiente e não requer grande investimento, mas que deve fazer parte de
um conjunto maior de procedimentos. "Os aeroportos também têm um cuidado
grande com a destinação dos resíduos de lixo, poda da grama e demais
focos atrativos de animais na área do aeródromo", contou.
As aves de rapina são treinadas para afugentar e capturar pássaros como
urubus, carcarás e garças, comuns no céu do Rio de Janeiro. Essas são
espécies cujos exemplares podem ficar bastante grandes quando adultos,
chegando a pesar vários quilos. A massa destes animais aliada à alta
velocidade das aeronaves pode então resultar em encontros com grande
quantidade de energia. Com isso, os impactos podem acarretar até em
danos na fuselagem e motores dos aviões.
"Algumas vezes esse tipo de colisão pode resultar em um pouso não
programado ou até de emergência, em casos extremos. Também surge a
necessidade enviar o avião para manutenção, o que gera impacto na
operação e prejuízo financeiro para a companhia", concluiu Jenkins.
O aeroporto informa ainda que "os animais utilizados permanecem no sítio
aeroportuário, em uma infraestrutura adaptada para o desenvolvimento da
atividade, o que assegura condições adequadas à saúde e bem-estar dos
bichos".
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